Armando Moraes Delmanto
 
 
 
 
 
 
 

A História Política do Brasil estava esperando por uma releitura que não tivesse o “texto pronto” dos escribas do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda da Ditadura do Estado Novo) e nem a versão dos remanescentes do antigo PRP – Partido Republicano Paulista, derrotados pela Revolução de 1930, mas com os quais Getúlio Vargas se aliou, em 1937, ao implantar o regime ditatorial do Estado Novo, “domesticar” São Paulo e estancar a marcha da construção da Democracia no Brasil.

Nesta releitura, o autor nos traz um relato real do período da normalidade constitucional brasileira de 1934/37. Sem os rebuscos frios das teses acadêmicas, mas com uma análise sociológica, fundamentada cuidadosamente em fatos e em registros da imprensa.

Na obra, o destaque para o cenário mágico da política em 1934, com a mobilização da intelligentzia paulista e o sucesso do moderno governo de Armando de Salles Oliveira que estavam mobilizando o país para a sucessão presidencial.

Com o Golpe do Estado Novo, as Casas Legislativas (Congresso Nacional. Assembléias Estaduais e Câmaras Municipais) foram fechadas, a Constituição Brasileira revogada e o caudilho Vargas passou a governar através de Decretos leis.

O Estado Novo (1937/45) implantou a Ditadura e sufocou a Nação Brasileira.

 
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"REQUERIMENTO N° 255, de 2010
Requer VOTO DE APLAUSO ao advogado, jornalista e escritor ARMANDO MORAES DELMANTO, pelo lançamento de seu livro "História da Vitória Política Paulista – 1934", registro da Revolução Constitucionalista, cujo objetivo era a retomada do estado de direito democrático.
REQUEIRO, nos termos do art. 222, do Regimento Interno, e ouvido o Plenário, que seja consignado, nos anais do Senado, VOTO DE APLAUSO a ARMANDO MORAES DELMANTO, que, em boa linguagem de autêntico memorialista, acaba de lançar o livro "História da Vitória Política Paulista – 1934", da Editora Peabiru, de Botucatu, SP.
Requeiro, ainda, que o Voto de Aplauso seja levado ao conhecimento do homenageado.
JUSTIFICATIVA
Natural de Botucatu, na região da Sorocabana/SP, Armando Moraes, jornalista, advogado formado pelas Arcadas e escritor, em seu novo livro, revela ser dono de texto que, em tudo se assemelha ao de um memorialista. Botucatu está de parabéns pelo brilhante filho. E o País vê enriquecida a história pátria, com uma descrição muito bem conduzida sobre o movimento Constitucionalista de São Paulo. Hoje, com tantas ameaças à democracia, algumas veladas, outras bem explícitas, faz bem a leitura "A História da Vitória Política Paulista de 1934"
A homenagem que ora formulo justifica-se pela boa contribuição de Delmanto às letras e à história pátria.
Sala das Sessões, 23 de março de 2010.
Senador ARTHUR VIRGÍLIO"
Voto de Aplauso - Senador ARTHUR VIRGÍLIO

"Caríssimo Armando Delmanto. Eis que recebo meu presente deste Natal de 2009: um exemplar de seu magnífico livro "História da Vitória Política Paulista". Copiando Jânio Quadros...eu Li, de um só fôlego e me seduziu sobremaneira sua ótica "cirúrgica" do capítulo 7, pág. 151: Cenário Político Paulista em 2010. A hora é Agora! Parece que foi concebido e escrito para sintetizar meus "sentimentos políticos". MAGNÍFICO!!! Parabéns e sobretudo mui grato pela gentil e fidalga deferência do exemplar autografado....Mais um tesouro à minha modesta biblioteca TFA Que a PAZ, a HARMONIA e a CONCÓRDIA sejam tríplice argamassa com que se liguem nossas justas aspirações para o ano novo que vem nascendo logo para uma renhida disputa política nacional. Grato, Saúde e Paz. Clóvis de Almeida Martins. Comandante, Professor/Orientador e ex-Venerável da Loja Guia Regeneradora de Botucatu."
Prof. Clóvis de Almeida Martins

"Caro primo. Parabéns pelo livro que realmente estava faltando...A começar da capa, que ficou linda, e do próprio título.
Obrigado, também, pelas referências a papai e ao meu sogro.
Sugiro que você mande um exemplar ao Dr Luiz Antonio Guimarães Marrey – Secretário da Justiça e neto do Marrey Jr. Abraço. Roberto Delmanto. Advogado Criminalista, Jurista e Escritor do Escritório "Delmanto Advocacia Criminal".
Roberto Delmanto - Advogado Criminalista

“Ao Dr Armando Moraes Delmanto, Grato pelo belo livro, que aprovo. Parabéns! Afetuoso abraço. Ives Gandra Martins. Professor Emérito da Universidade Mackenzie, sendo Professor Titular de Direito Constitucional e de Direito Econômico, Preside o Conselho de Estudos jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo e é Membro Efetivo e ex-presidente da Academia Paulista de Letras.”
Prof. Ives Gandra da Silva Martins

“Ao prezado Armando Delmanto. Agradeço o envio de seu livro com sua gentil dedicatória, que levei para inteirar-me dos meandros de nossa história política! Abraços, Ivette Senise Ferreira. Professora Titular e ex-Diretora da Faculdade de Direito/USP e Presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo.”
Prof. Ivette Senise Ferreira

“Prezado Colega. Agradeço sensibilizado a remessa de sua obra sobre a história da vitória política paulista de 1934. A sua obra, muito importante, porque lembra inclusive os trabalhos da Constituinte Federal daquele ano. Cordialmente. René Ariel Dotti. Advogado, Professor Titular de Direito Penal da Universidade Federal do Paraná, Membro da Comissão de Reforma do Sistema Criminal Brasileiro e Relator e Revisor do Anteprojeto de reforma do procedimento do júri.”
Prof. René Ariel Dotti

“Prezado Dr. Armando Delmanto. Agradeço a remessa de sua belíssima obra sobre a história de São Paulo. Fiquei particularmente sensibilizado pelo capítulo referente ao meu avô. A família Delmanto teve e tem uma longa folha de serviços prestados ao Estado de São Paulo e ao país e o seu trabalho faz juz a essa tradição de seriedade e dedicação à causa pública. Um abraço. Luiz Antonio Guimarães Marrey – Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.”
Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo - Dr. Luiz Antonio Guimarães Marrey

“Caro “quase primo” Armando, Desculpe-me por não haver escrito antes para comentar sobre seu livro. Confesso que li o livro de uma tirada só. Aproveitando um vôo aos Estados Unidos. Gostei muito...achei um trabalho corajoso, você convoca a elite a assumir seu verdadeiro papel na sociedade, visando estender a todos os benefícios da civilização e do verdadeiro desenvolvimento. Por isso sou seu soldado! Será uma luta dura, porque infelizmente o mundo caminha a passos largos para a “idiotização completa”. E é isso que faz luta boa ser lutada!...Um forte abraço. Carlos Antônio Barros Moura. Empresário e Diretor da Associação Comercial do Estado de São Paulo.”
Diretor da Associação Comercial do Estado de São Paulo - Carlos Antônio Barros Moura

“Prezado Armando. Estou encantado com seu livro-resgate sobre a epopéia cívica de 32. Agradeço penhorado a lembrança de meu nome. Continue. Abraços. Antonio Cláudio Mariz de Oliveira. Advogado Criminalista, ex- Secretário da Justiça e da Segurança Pública do Estado de São Paulo e ex-Presidente da OAB/SP.”
Advogado Criminalista - Dr. Antonio Cláudio Mariz de Oliveira

“Caro Dr. Delmanto. Com muita satisfação recebi seu livro, e com orgulho, sua generosa dedicatória .Muito grato. Parece um belo trabalho, justo achar, que terá sim a minha atenção, página rica de nossa história. Com um abraço, com tempero “botucatuense”. Horácio Lafer Piva. Empresário e ex-presidente da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.”
Horácio Lafer Piva. Ex-presidente da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

“Prezado Armando, Sinto-me honrado e muito alegre com sua consideração, ao receber como seu amigo, botucatuense, paulista e brasileiro, a significativa “História da Vitória Política Paulista – 1934”, de sua brilhante autoria, acompanhada de carinhosa dedicatória. Muito obrigado. Parabéns. José Antonio Pinheiro Aranha. Administrador e ex-diretor da Caixa Econômica do Estado de São Paulo”.
José Antonio Pinheiro Aranha

“Prezado Sr. Armando, Agradeço, sensibilizado, o envio do livro que acaba de editar apresentando a “História da Vitória Política Paulista - 1934”. Cumprimento - o pela iniciativa e pelo intenso trabalho de pesquisa desenvolvido. Coloco-me a sua disposição na Presidência do Conselho de Estudos Avançados - CONSEA da FIESP ou na Presidência do Conselho de Administração do CIEE. Abraços, Ruy Martins Altenfelder Silva.”
Ruy Martins Altenfelder Silva - FIESP

“Com muito orgulho, acabo de receber do meu primo Armando, um novo livro de sua brilhante autoria, desta vez contando um pouco da história da brava Gente Paulista, na luta contra a ditadura e em defesa da Democracia e da Constituição. Agradeço ao Armando, pela abnegada e incansável missão de manter viva a história, de Botucatu, de São Paulo, e especialmente da nossa família, verdadeiro berço de bravos patriotas e de exemplos de cidadania. Romualdo Del Manto (advogado) da “Del Manto, Kauffman & Menezes – Sociedade de Advogados”.
Romualdo Del Manto - Advogado

“Delmanto. Sinto-me lisonjeada com sua atenção ao dedicar-me um exemplar de seu livro. Um belo trabalho onde fatos históricos servem de parâmetro e aceno para o futuro, afim de que não se repitam arbitrariedades cometidas no passado. Louvo a importância de sua família na participação desses fatos históricos. Com meus agradecimento, o meu abraço , Jesumina Domene Dal Farra. Professora e escritora.”
Profa. Jesumina Domene Dal Farra

Repercutiu positivamente o lançamento do livro “História da Vitória Política Paulista – 1934”, do advogado botucatuense Armando Moraes Delmanto, lançado no início de 2010. Registrando a história política paulista no período da normalidade constitucional do Brasil, de 1934 a 1937, o livro mostra a realidade vivida pelo país e mostra, principalmente, a realidade vivida pelos paulistas após a Revolução Constitucionalista de 1932. Com uma grande venda de exemplares, alcançou a repercussão esperada. O livro não foi comercializado em livrarias, tendo sido vendido via internet. O autor recebeu inúmeros agradecimentos e mensagens de autoridades, professores, juristas, políticos e amigos:
Livro de Delmanto faz sucesso

“Muito agradeço o gentil encaminhamento de sua obra “História da Vitória Política Paulista – 1934”, cuja leitura ser-me-á de grande interesse e proveito intelectual. Com as saudações acadêmicas de estilo, que compõem a tradição das ARCADAS, nossa “ALMA MATER”, despeço-me cordialmente. Ministro Celso de Mello - Superior Tribunal Federal.”
Ministro Celso de Mello - Superior Tribunal Federal.

“Prezado Dr. Delmanto. Muito agradeço a cortesia de me haver enviado o livro “História da Vitória Política Paulista”. Já havendo tido tempo de um primeiro exame da obra, aproveito para manifestar a minha apreciação. Parabéns pela qualidade do trabalho e pelo espírito patriótico que o move .Com a manifestação de minha estima e consideração, subscrevo-me, Cordialmente. Manoel Gonçalves Ferreira Filho. Professor Titular (aposentado) de Direito Constitucional da Faculdade de Direito/USP, ex-Diretor da Faculdade de Direito/USP e ex-Vice-Governador do Estado de São Paulo.”
Prof. Manoel Gonçalves Ferreira Filho

“Caro Delmanto. Após seu amável e-mail recebi com grande satisfação o seu livro “História da Vitória Política Paulista – 1934”. Além da excelência do importante conteúdo histórico a sua preocupação com a construção da democracia brasileira é extremamente reconfortante por vir a saber que ainda existem paulistas com essa preocupação. Comungo desses pensamentos mas muitas vezes me sinto meio quixotesco. Nas minhas andanças por aí percebo que existem várias pessoas que teriam muito a contribuir porém não o fazem. A necessária e imprescindível organização da sociedade civil para auxiliar os governos a conduzir o processo de desenvolvimento, visto que eles ainda são absolutamente necessários porém não mais suficientes. Uma primeira dificuldade é que não estamos produzindo mais estadistas; a visão dos nossos políticos não vai além de quatro anos. A outra reside no fato que daqueles que poderiam e deveriam participar, metade é funcionário público e a outra metade vive às custas do governo: sobram muitos poucos com a independência necessária para esse mister. Da minha parte continuo acreditando e sempre que possível coloco o meu modesto tijolo nessa imensa construção.Aceite o meu abraço. Júlio Cerqueira César Neto. Professor de Hidráulica (aposentado) da Escola Politécnica da USP, Presidente da Fundação Agência Bacia Hidrográfica do Alto Tietê-Região Metropolitana de São Paulo, ex-Coordenador de Serviços Hídricos do Estado (1976), Diretor Planejamento do DAEE (1983, Membro do Conselho Superior de Meio Ambiente da FIESP.”
Prof. Júlio Cerqueira César Neto

“Caro Confrade Armando Moraes Delmanto. Recebi o “História da Vitória” horas atrás. Já li. Tão interessante, rico de informações, atual e histórico é o que percebi. Tomei várias notas para enriquecer o “Achegas” se houver – comigo- reedições. Fazer História é isso: Coletar a semeadura geral. Por exemplo: os episódios da indústria/loja/Hospital dos Delmanto, votações, cardosismo aí e na área nacional, ensino (Escola Profissional) ganharam espaço nas notas. Mas, confesso, o exemplar que me veio trouxe um exagero que o faz proibido de exibição: a dedicatória. Parabéns a São Paulo, ao ideal democrático, a tantos vultos ilustres e ao ilustre autor. Abraço forte e grato. Hernâni Donato. Escritor, Membro da Academia Paulista de Letras – APL e ex-presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.” Caro confrade Armando Delmanto. Muito obrigado pelo sábado (dia 20) que me proporcionou. É que reli todo seu livro sobre a “vitória paulista” em 32 e até... o futuro. A pesquisa e a exata, convincente e leve exposição da mesma, entusiasma e agrada. Rendeu-me várias anotações (além daquelas feitas na 1ª leitura). É livro que merece mais que a minha estante. Peço-lhe licença para ofertá-lo à Biblioteca do Centro Sobrigador da Revolução Constitucionalista que leva o meu nome no setor Lapa do MMDC. Parabéns, Hernâni Donato” (22/03/2010).
Hernâni Donato - Membro da Academia Paulista de Letras – APL

“De há muito não nos vemos nem nos falamos, por circunstâncias, quem sabe, fortuitas. Recebi seu belo livro “História da Vitória Política Paulista – 1934” e vou lê-lo com as recordações da infância, sobre a Revolução Paulista de 1932. Minha mãe era de Itapetininga e seus pais, vizinhos de Fernando Prestes, de quem eram compadres. Durante a revolução, grande parte da família se envolveu na luta pela nova Constituição. Meus pais doaram as alianças matrimoniais de ouro e passaram a usá-las de metal prateado. Meu tio, médico cirurgião e professor catedrático da Veterinária da USP, foi médico particular de Júlio Prestes. Em casa, aprendi a ser democrata e antigetulista. E, 1937, meu pai era vereador em Conchas e foi cassado pelo Getúlio. Muito lhe agradeço o envio do livro e dos números da revista Peabiru, estas no decorrer de 2009. Tenho certeza de que, com essa publicação, você vai contribuir e muito para esclarecimentos quiçá obscuros, de um período grandioso da gente paulista. Parabéns e obrigado mais uma vez. José Celso Soares Vieira. Professor, Musicista e Presidente Emérito da Academia Botucatuense de Letras – ABL”.
José Celso Soares Vieira - Presidente Emérito da Academia Botucatuense de Letras – ABL

“Caro Armando, Recebi seu “História da Vitória Política Paulista – 1934”. Ainda não li, mas pretendo fazê-lo brevemente pois, além de tudo, trata-se de assunto que muito me toca. Não conheço obra similar; todas abordam o assunto no contexto de outros eventos, como a própria revolução constitucionalista de 32 ou até como intróito à Constituição de 34. Cumprimento-o pela obra, agradeço-lhe pelo gentil envio e pela bondosa dedicatória. Forte abraço. Walter Paschoalick Catherino. Advogado ex-vereador de Botucatu e Executivo da Administração Indireta do Estado.”
Walter Paschoalick Catherino - Advogado

"Ao jovem amigo Armando M. Delmanto cumprimento cordialmente, agradeço a remessa de "A Juventude: participação ou omissão" e formulo meus melhores votos para o prosseguimento de sua carreira de jornalista e de escritor preocupado com os problemas dos jovens de nosso país. Lucas Nogueira Garcez — Ex-Governador do Estado de São Paulo e Presidente do Diretório Regional da Arena. S.P. 22/08/70".
Lucas Nogueira Garcez — Ex-Governador do Estado de São Paulo

“Amigo Armando. Recebi sua última obra literária “História da Vitória Política Paulista”, gentilmente a mim enviada por você. Parabéns pelo lançamento, aliás muito oportuno, nesta fase política que vive nosso Brasil. Atravessamos uma época negra para a política, pois não há mais respeito às coisas públicas, excesso e desmandos nos gastos públicos, com um único objetivo: permanência no cargo e a manutenção do poder, desprezando os interesses coletivos, usando dos mais torpes golpes morais e econômicos. Essas atitudes fazem com que os jovens fiquem descrentes da política, se afastando cada vez mais do acompanhamento das atitudes de nossos representantes, que abusam dos poderes que lhes foram outorgados, usando de seus mandatos para interesses pessoais, não existindo mais o interesse pelo bem da nação, respeito a filosofia e diretrizes dos partidos, com trocas de legendas, como se tenha sido eleito baseado unicamente pelos seus valores pessoais e não em parte pelos ideais pregados pelos seus partidos. Ao ler o seu livro, resgata-se o idealismo, a luta pela democracia, e o interesse de todos para a manutenção da ordem pública e respeito a legislação. Parabéns mais uma vez, e tenho esperança que os brasileiros acordem, e voltem a lutar pela real democracia, com brasilidade e respeito a coisa pública. Atenciosamente. Fulvio José Chiaradia. Economista, Empresário e Escritor.”
Fulvio José Chiaradia - Empresário

“Antes de tudo, um forte abraço. Sem encontro no tempo, desencontrados no espaço, felizmente presentes na tela mágica da memória. Admirei-me de sua rica produção intelectual, centrada na objetividade da história da nossa Botucatu. Antes que me esqueça: os Partidos Rivais (PRP e PD) festejaram a Chapa Única com grande comício na antiga praça do Espéria (de antigo cinema da rede Peduti, desativado em razão de incêndio). Em nome da juventude discursou Rivaldo Assis Cintra, então cursando o 2º ano do Ginásio Diocesano N.S. de Lourdes. Ficaria muito contente se esse importante (para mim) acontecimento figurasse em sua mais recente obra...” Rivaldo de Assis Cintra. Advogado.”
Rivaldo de Assis Cintra - Advogado

“Caro amigo Delmanto, Recebi e agradeço muito o envio do seu livro HISTÓRIA DA VITÓRIA POLÍTICA PAULISTA 1934. Já o incorporei a minha biblioteca paulista. Parabéns pelo trabalho. Do amigo sempre às ordens. Gilberto Fernando Tenor. Presidente de Honra do Club Philatelico Sorocabano, Secretário da Federação das Entidades Filatélicas do Estado de São Paulo e Membro da Academia Sorocabana de Letras”.
Gilberto Fernando Tenor - Academia Sorocabana de Letras

“A Juventude: participação ou omissão”: Com 118 páginas, o livro traz os principais artigos publicados na coluna diária “A Juventude”, no prestigioso jornal da Capital, “Diário Comércio & Indústria”. Foi durante o ano de 1969 essa experiência jornalística de escrever diariamente temas do dia a dia, reivindicações dos jovens, busca de espaço político, análise dos grandes acontecimentos políticos do mundo, etc. Ao publicar os principais artigos escritos, sempre se busca os temas referenciais, ou seja, busca-se colocar a atividade jornalística como uma formadora de opiniões, uma delineadora de rumos, uma crítica construtiva a favor do aperfeiçoamento da cidadania... Com o livro “A Juventude: participação ou omissão”, foi assim. Nos dizeres escritos na contra-capa, todo o perfil do livro: “A juventude, hoje e urgentemente, tem que se compenetrar de que é a equação e a solução de toda uma problemática. Somente a juventude pode, sem o niilismo da esquerda e a inércia da direita, realizar a missão de soerguimento moral e estrutural da Nação Brasileira, até agora preterido pela ausência e inconseqüência da própria juventude...”AD. Na apresentação do livro, o Prof. Francisco Carlos Sodero, professor de português do Colégio Dante Alighieri, escreu: “O jovem Armando Moraes Delmanto reúne, em livro, uma série de artigos publicados na imprensa paulistana, através do “Diário Comércio & Indústria”. Todos eles pertencem à seqüência “A Juventude”, o que já de início revela suas tendências, suas preocupações, sua problemática. Desarvorada, em grande parte, no mundo todo; guiada por falsos líderes, repetidores de “slogans” insignificativos, a juventude de nossos dias revoluteia pelas praças públicas, à procura de algo que lhe sacie a sede e a fome de verdade e de substância. Suas mais generosas energias, desperdiçam-nas em passeatas reivindicatórias de ninharias, de nugas anódinas. Armando Moraes Delmanto, desde 1963, fundando o “Tribuna do Estudante”, em Botucatu, vislumbrava a necessidade de uma orientação sadia, no sentido de democraticamente satisfatória, para os jovens de sua geração, e, desde essa oportunidade, não esmoreceu. Pelo contrário, ano a ano vem desenvolvendo suas atividades no sentido de procurar a solução dos problemas da juventude, sem o que não haveria base para a estruturação de um pensamento...” E no prefácio, escrito pelo jornalista Paulo Zingg, Presidente da API - Associação Paulista de Imprensa, o retrato da mensagem jovem do livro: “Neste livro, coletânea de artigos escritos em jornais, Armando Moraes Delmanto apresenta o seu depoimento de jovem sobre a juventude. Autêntico, vivido, real, sincero e brasileiro. Não é um alienado, adotando teorias que não encontram guarida nos seus países de origem, nem aceitando valores estranhos para a solução de nossos problemas. Porta-voz de uma geração, homem do interior com vivência política, universitário, Delmanto é, acima de tudo, um revolucionário capaz de mudar de atitude em face dos problemas, como diria Alberto Tôrres, para equacionar os desafios nacionais nas grandes linhas da modernização, da revolução tecnológica e da indispensável democratização da sociedade. E de apontar à juventude os grandes rumos, de desfraldar as grandes bandeiras e de rasgar os grandes horizontes...”
"A JUVENTUDE: PARTICIPAÇÃO OU OMISSÃO" – edição de 1970:

"A Juventude: participação ou omissão”. Querido Armando — Obrigado. Parabéns — Parece um sonho. Mas é uma realidade. O menino de ontem, o jovem de hoje, o homem de amanhã! Parabéns! Continue. Gratíssimo. O Senhor o ilumine e lhe dê coragem sempre. Seu velho amigo arcebispo. Frei Henrique Golland Trindade. Btu. 29/09/70”.
Dom Frei Henrique Golland Trindade - Arcebispo Metropolitano de Botucatu

"Prezado Armando. Ao meu ex-aluno e hoje amigo agradeço as provas de consideração e respeito que tem me dado enviando-me regularmente o "Vanguarda" e agora o seu livro "A Juventude: participação ou omissão". Como professora sinto-me plenamente realizada diante do que você está fazendo pelos jovens, pelo Brasil e pela humanidade. Embora tenha contribuído com multo pouco para sua formação, um ano somente, muito me envaideço de tê-lo na conta de meus ex-alunos Que este entusiasmo jovem e sadio contagie os bons e os leve a grandes empreendimentos para o bem da humanidade, grandeza de nossa Pátria e orgulho de nós, os velhos, que participamos dos seus ideais. Com toda admiração, os meus agradecimentos. Profa.Jair Conti. Btu. 21/06/70".
Profa.Jair Conti

“O botucatuense e acadêmico Dr. Armando Delmanto é um sincero e fiel minerador da nossa crônica histórica. Este terceiro volume de sua obra inteiramente dedicada a Botucatu é uma coletânea de “Memórias” que ele reuniu através da pesquisa nos arquivos os mais remotos à atualidade mais recente, fazendo do aparente anacronismo destas páginas um canto de amor telúrico, momento aprazível ao Leitor também apaixonado desta terra e de sua gente. Desfilam aqui, como num retrospecto saudosista figuras, fatos, conquistas, acontecimentos passados, contemporâneos, atuais que reavivam na memória de todos, lances verdadeiramente heróicos que muito dizem de nosso povo, da nossa riqueza, da nossa cultura, enfim, da nossa história. ´É um esforço nobre do Autor que através das personagens, dos fatos relatados, das épocas citadas nos oferece um pouco da nossa vida social, da Política, do nosso Desenvolvimento, da Educação e do nosso Progresso...” (Prefácio/Elda Moscogliato/1990)
Comentários sobre os outros livros de Delmanto - "TRILOGIAS DAS MEMÓRIAS DE BOTUCATU" (3 volumes) - "Memórias de Botucatu I"- 1ª. edição-19

“É verdade que tenha sido bastante citado em razão do livro “Achegas para a História de Botucatu”. De agora em diante terei que citar, em certas oportunidades, o Armando Delmanto de “Memórias de Botucatu”. Valiosas as suas pesquisas. Quero confiar que elas não se limitem ao agora publicado mas que se ampliem em assuntos e se aprofundem na meticulosidade apresentada. Quanto à forma, há muito é sabido ser você um – senão o – mais correto manipulador do nosso castigado idioma. Fui a uma reunião do CEHIS – Centro de Estudos Históricos e o presidente fez a apresentação do seu livro. Fui à reunião da Academia Paulista de Letras e o Diretor Bibliotecário fez o mesmo. Já se vê que também a distribuição está funcionando bem. Leve, por favor, meus cumprimentos ao capista.” (escritor Hernâni Donato-Membro da Academia Paulista de Letras e ex-Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo/Jornal de Botucatu/22/06/1990).
Hernâni Donato - Academia Paulista de Letras

“É sempre grato lermos algo que nos conduza ao passado e ao presente de nossa terra natal. Tudo isso alicerça o futuro e a nós cumpre alertar as gerações que estão nos sucedendo, que devem receber o bastão a fim de que a memória de nossa terra – muitas vezes omissa e distorcida – possa ser preservada para todo o sempre. Você está contribuindo com seu livro para esse trabalho. Nossos parabéns.” (Prof. Oswaldo Minicucci/Jornal de Botucatu/22/06/1990).
Prof. Oswaldo Minicucci

“Ignorava as origens, as raízes de Botucatu e o alentado depoimento esclareceu-me muitas dúvidas sobre os ciclos que o destino traçou. Não obstante eu não ser filho desta cidade, aqui radicado muito a estimo. Não se pode ficar indiferente ao solo em que vivemos, pois dele recebemos os haustos que retemperam a vida. Analisei todos os seus detalhes e francamente apenas um gigante e dinâmico trabalhador poderia produzir tão fecunda obra. O entusiástico abraço deste octogenário que ainda contempla o céu deste rincão, achando que a vida, apesar de seus percalços, traz intensas alegrias...” (Paschoal Laurival De Luca(Nenê De Luca)/Jornal de Botucatu/22/06/1990).
Paschoal Laurival De Luca (Nenê De Luca)

“Memórias de Botucatu 2”- edição de 1993: “Li “Memórias de Botucatu 2” de ponta a ponta, com muito prazer e proveito. Sou dos que gostam do gênero desses seus trabalhos. No caso particular, por se tratar de Botucatu e envolver instituições e pessoas que me mereceram sempre a maior consideração. Muitos personagens destas suas memórias foram ou ainda são de meu relacionamento e estima pessoal. Cumprimento-o por mais este serviço prestado à memória de Botucatu, que diz respeito à memória de São Paulo e do Brasil, com o mérito de fazer justiça, mantendo no coração do povo personalidade, vida e obra de cidadãos prestantes, a serviço do bem comum. Agradeço-lhe as citações de meu nome, como Secretário de Estado da Educação, no Governo Carvalho Pinto, ligado, assim, através da criação da Faculdade de Medicina, à sua terra e à sua gente, na qual contei, desde a adolescência, como conto ainda, com amigos de sempre. Fraterno abraço solidário do, Sólon Borges dos Reis (Vice-Prefeito de São Paulo e Secretário Municipal da Educação, tendo sido Secretário Estadual da Educação na criação da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu – FCMBB/Jornal de Botucatu/06/10/1993).).
Prof. Sólon Borges dos Reis (Vice-Prefeito de São Paulo)

“Recebi sua publicação sobre a nossa terra e agradeço-lhe a lembrança. A bi-memória de Botucatu, original e estética sem se descuidar dos aspectos tecnocientíficos, revela o seu talento literário, marcado desde os anos escolares, dos quais fomos participantes, como professor. Botucatu é uma cidade sui-generis, atípica, na concepção freudiana, pois ela cativa, atrai, envolve, prende, vela, enfaixa e protege seus filhos, sem abafá-los. Você teve o condão de esquadrilhar a sua história nos escaninhos da antropologia social e vivência humana. Está você compondo o tabuleiro rico e colorido, emotivo e emoldurado, das estórias da nossa História. Parabéns e esperamos o tri.” (Prof. Agostinho Minicucci, educador e escritor/Jornal de Botucatu/06/10/1993)).
Prof. Agostinho Minicucci

“Recebi o seu delicioso “Memórias de Botucatu II” e devoreio-o em uma sentada. Nada mais posso dizer além do que já foi dito, faltariam-me adjetivos. Espero, para deleite de todos nós, que você não pare por aí. Parabéns! Afetuoso abraço.” (Dr. Sebastião de Almeida Pinto Filho/Jornal de Botucatu/06/10/1993).
Dr. Sebastião de Almeida Pinto Filho

“Muito obrigado pelo exemplar do “Memórias de Botucatu 2”. Estava ansioso para lê-lo mais uma vez convocando esses vultos memoráveis. Um poder – e grande – aos que cultivam a História é o de poder fazer justiça...ao que estava esquecido. Principalmente aos que praticam essa História-cronicada em que você se desenvolve muito bem. Que fartura de informações, quantas ilações nos pequenos anúncios no “Jornal de Notícias” e na “Folha de Botucatu” que você reproduziu às págs. 78-1 e 78-2. Deu-se conta? Leio na crônica da Elda, na “A Gazeta” que me chega hoje, a morte de duas notáveis (e minhas professoras): dona Ziza e dona Eunice. Merecerão figurar no seu “Memórias 3”... Pág. 45: “Porquê a cidade, etc...”A verdade é que os líderes políticos e sociais, no 1º momento, gelaram o pedido da Faculdade de Medicina. Não acreditaram...Se a cidade queria uma Faculdade, pleiteariam a de Direito. Fácil, sem instalações, etc. Houve reunião no Gabinete do Emílio. Estudantes ( não guardei os nomes, 2 ou 3, o Faraldo, eu). Seria medicina ou nada...O Jânio ajudou e muito. Quando a idéia enraizou, os políticos acorreram. Isso é fato. Ainda vejo o Faraldo aos gritos! Falaremos mais. Obrigado. (Hernâni Donato - Membro da Academia Paulista de Letras e ex-Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo/Jornal de Botucatu/06/10/1993).
Hernâni Donato - Academia Paulista de Letras

“Recebi o exemplar do livro “Memórias de Botucatu 2”, de sua autoria, com sua gentil dedicatória. Quero agradecer a amabilidade de sua oferta, cumprimentá-lo pelo referido trabalho. À oportunidade peço que aceite minhas cordiais saudações.” (Antonio Ermírio de Moraes - Superintendente do Grupo Votorantim/Jornal de Botucatu/06/10/1993).
Antonio Ermírio de Moraes - Empresário

“Recebi o exemplar do livro “Memórias de Botucatu 2” que teve a gentileza de me enviar, bem como sua amável referência ao meu avô Comendador Pereira Ignácio. Grato por sua atenção, aceite meus cumprimentos e votos de muito sucesso. Atenciosamente. José Ermírio de Moraes Filho (Presidente do Grupo Votorantim).
José Ermírio de Moraes Filho - Empresário

“Muito agradecido por sua carta e pelos 2 volumes de Memórias de Botucatu. Vou ler esta obra com interesse...Estou lhe remetendo, em anexo, o livro “Contribuição para a História da Ciência no Brasil”, no qual reuni vários artigos, a maioria publicados em “O Estado de S. Paulo”. Agradecendo as referências de especial apreço a meu pai em sua carta e em seus livros, subscrevo-me atenciosamente, Osvaldo Vital Brazil (filho de Vital Brazil).
Osvaldo Vital Brazil - Cientista

“Estou encantado com o convívio de suas Memórias de Botucatu. Guardo de sua cidade a melhor das lembranças quando fui hóspede de Paganini e de Agnelo. Botucatu de Alcides Ferrari, Rafael Ferraz de Sampaio, Alceu Maynard de Araújo, Ibiapaba Martins, Francisco Marins, Hernâni Donato, Armando Delmanto e tantos outros amigos, é hoje poesia no coração do poeta. Ainda há pouco, recordava com Laudo Natel o encanto das noites de sua cidade e o carinho de sua gente. Um abraço muito grato do seu irmão em Arruda Camargo e Ibrahim Nobre. Paulo Bomfim (da Academia Paulista de Letras, considerado o Príncipe dos Poetas Brasileiros).
Paulo Bomfim - Academia Paulista de Letras

“Armando.Permita-me chamá-lo assim, porque você tem idade para ser meu filho. Gostei muito do livro “Memórias de Botucatu”. Lembrei-me de várias coisas e pessoas que você citou com tanta nitidez. A homenagem a meu pai, prestada nesse livro, deixou-me comovida e saudosa. Ele adorava Botucatu, não permitia que se falasse uma palavra que a prejudicasse. Tenho um neto estudando aí, Zootecnia. Parabéns pelo seu trabalho. Lourdes Ferrari Porchat (filha do Des. Alcides de Almeida Ferrari, Patrono do Fórum de Botucatu e ex.Presidente do Tribunal de Justiça do Estado).
Lourdes Ferrari Porchat

MOÇÃO DE CONGRATULAÇÕES “Apresentamos à Mesa, ouvido o Colendo Plenário “MOÇÃO DE CONGRATULAÇÕES E APLAUSOS” para com o escritor e advogado ARMANDO MORAES DELMANTO, pelo lançamento glorioso do livro “Memórias de Botucatu 2”, resgatando, mais uma vez, a memória de nossa cidade e eternizando a história de nosso povo. No livro “Memórias de Botucatu ” – volume 1 – Armando Moraes Delmanto aborda com profundidade e conhecimento a parte institucional de nossa cidade, porém, no volume 2, lançado no último dia 23 de julho, o talentoso escritor relata com riqueza de detalhes a história da Medicina de Botucatu, que é a grande responsável pelo desenvolvimento cultural e industrial do Município.” “de autoria do Presidente da Câmara Municipal de Botucatu, Vereador Fernando Carmoni e aprovado por unanimidade dos Senhores Vereadores/Jornal de Botucatu/06/10/1993).
MOÇÃO DE CONGRATULAÇÕES - Câmara Municipal de Botucatu

“...No primeiro volume das “Memórias”, o escritor abordou mais a parte institucional da cidade, como a origem do nome, do povo e das imigrações. O volume II é uma continuidade e procura abordar com riqueza de detalhes a história da medicina em Botucatu. ...O autor tenta mostrar que a medicina está diretamente ligada a Botucatu em cada etapa, em cada fase de sua história. Cita a UNESP, a Misericórdia Botucatuense, os principais Centros de Saúde e, principalmente, suas dificuldades para viabilizar sua implantação no município. Ele coloca essas instituições como sendo as grandes responsáveis pelo desenvolvimento cultural e industrial da cidade; e não se esquece de lembrar os nomes daqueles que trabalharam por essas conquistas. ...Para elaborar as mais de 200 páginas que são ilustradas com 34 fotos, Delmanto pesquisou durante três anos a medicina de Botucatu... ...O escritor, que faz das suas obras um universo de pesquisas, afirma que ainda há muito o que falar desta terra: “Muitos fatos marcantes ficaram sem registro, esquecidos no tempo. Isso dificulta as pesquisas. Por isso seria interessante que se criasse um arquivo histórico da cidade de Botucatu”, sugere.” (da reportagem especial do “Correio da Serra” (hoje, Diário da Serra), de autoria do jornalista Quico Cuter/Correio da Serra/18/07/1993.
Quico Cuter - Correio da Serra

“As razões sempre foram as mesmas: amor e prazer no que faz. Assim, há muitos anos que escrever virou uma das paixões obsessivas de Armando Moraes Delmanto. O primeiro livro aconteceu em 1970 – “A Juventude: participação ou omissão”. Vieram: “Crônicas da Minha Cidade”, em 1976, “Constituinte”, em 1981, “O Sonho não Acabou”, em 1988 e “Memórias de Botucatu” em 1990. No próximo dia 23, às 20 horas, no Centro Cultural, mais um: “Memórias de Botucatu 2”... Definitivamente o autor segue a vocação de Hernâni Donato, com o “Achegas para a História de Botucatu” e do saudoso Sebastião de Almeida Pinto, com “No Velho Botucatu”, que são verdadeiros cultos ao torrão natal...” (Renato Vieira de Melo, cronista e professor/Correio da Serra/18/07/1993).
Prof. Renato Vieira de Melo

“O tempo, na sua inexorável infinitude, marca a vida humana num compassar ininterrupto, e o homem, na sua complexa inteligência, tenta mensurá-lo, para sentir-lhe o perspassar contínuo. Situar-se perante ele, pois, é o sentir-se com envaidecida plenitude no mundo. Armando Delmanto, brilhante historiador das coisas do tempo de Botucatu, vem procurando resgatar fatos históricos de nomeada importância para a nossa vida cultural e, ao lançar, “Memórias de Botucatu 2”, transporta-nos para um passado de nossa gente que ajudou a construir o presente desta terra querida, numa perspectiva realística do futuro.” Prof. José Celso Soares Vieira – Presidente da Academia Botucatuense de Letras/Correio da Serra/18/07/1993.
José Celso Soares Vieira – Presidente da Academia Botucatuense de Letras

“O Armando Delmanto sempre se preocupou com as coisas de Botucatu. Desde o seu tempo de Ginásio Diocesano (hoje, La Salle), quando lançou a “Tribuna do Estudante”. Depois disso, muito tem feito para que o passado de Botucatu não se perca no esquecimento. Faz muito bem. É preciso que os que vierem saibam de nossa história. E é uma história rica de personagens e fatos. É uma história de heróis. Não de heróis que colocaram armas nas mãos, mas de heróis que enriqueceram nossa cultura e fizeram Botucatu respeitada e admirada. Parabéns, Armando! Botucatu precisa de gente como você. Botucatu precisa de pessoas que amem esta terra e não queiram vê-la esquecida. Que a rica memória de Botucatu fique mais enriquecida com suas palavras.” Bahige Fadel, educador, escritor e Membro da Academia Botucatuense de Letras/Correio da Serra/18/07/1993.
Prof. Bahige Fadel

“Armando Moraes Delmanto volta à carga com seu livro “Memórias de Botucatu 2”, para resgatar a história da gente botucatuense. Ao lado dos grandes nomes literários desta terra preocupados com o mister, Armando se destaca por sua vivacidade e leveza de estilo que a todos agrada. Oxalá sua obra atinja não apenas o público adulto – que já lhe é fiel – mas também a nossa juventude, tão carente de conhecimentos sobre sua própria terra. Que o sucesso desse lançamento lhe sirva de estímulo para outros tantos são meus sinceros votos.” José G. L. Lopes, educador, poeta e Membro da Academia Botucatuense de Letras/Correio da Serra/18/07/1993.
Prof. José Geraldo Luiz Lopes

“Sempre fui favorável ao ensino da história local e institucional em todos os níveis de ensino, pois não há como refletir sobre as experiências do passado, para bem conduzir o presente e prever situações futuras. É de conhecimento geral que o dr. Armando Delmanto irá lançar, em breve, novo e bem documentado estudo histórico local, enfocando episódios interessantes de Botucatu, hoje. Tal notícia não pode deixar de alegrar toda a comunidade botucatuense e de modo singular seus colegas da Academia Botucatuense de Letras, da qual o dr. Delmanto é membro atuante. Ao lhe antecipar meus parabéns, faço votos que o gesto do dr. Armando Delmanto – nova página aberta nos gloriosos capítulos elaborados pelos ilustres historiadores clássicos desta região – seja estímulo para novas pesquisas, descoberta de novos documentos e composição de novos estudos para sempre melhor conhecimento desta Pátria local, tão querida e amada.” Dom Vicente Marchetti Zioni – Arcebispo Emérito de Botucatu e Membro da Academia Botucatuense de Letras/Correio da Serra/18/07/1993.
Dom Vicente Marchetti Zioni – Arcebispo Emérito de Botucatu

“MEMÓRIAS DE BOTUCATU 3” – edição de 2000: “Retornei hoje a São Paulo depois de um descanso necessário. Cheguei no aniversário de São Paulo, com muita saudade de Botucatu. Na correspondência encontrei o presente de uma jóia – “Memórias de Botucatu III”. Corri os olhos ansioso e pude notar numa vista rápida que o livro deveria chamar-se “A Bíblia de Botucatu”. Ele é um misto de alta literatura, científica, histórica, modelo de pesquisa, calendário de projetos, antologia de vultos históricos, sociologia psicológica de um povo, poema de uma cidade, geografia comunitária, um projeto de História da Educação de Botucatu, enciclopédia de vultos históricos e, sem dúvida, o roteiro político da continuidade do progresso de uma cidade que nasceu com perfil de gigante para não ficar eternamente deitado. Você teve o dom de reunir séculos com estórias e histórias. Volto a dizer que o Delmanto é Botucatu, ou melhor, Botucatu é Delmanto. Preciso ler o “Memórias III” com mais vagar e sentimentos e essa leitura só pode ser feita na terra do Peabiru, isto é, a pátria do Delmanto. Agradeço-lhe, como sempre, as suas referências ao meu nome. Um abraço amigo do, Agostinho Minicucci, educador e escritor/ Almanaque Cultural de Botucatu/2000).
Prof. Agostinho Minicucci

“Começo melhor para o ano 2000 no campo histórico-cultural não poderíamos ter em Botucatu. Obrigado pelas “Memórias III”. Modo original de fazer História juntando o documento e a sua análise. Li-o, apenas retirado do envelope. Continue. Parece-me que mudaram o nome do aqüífero para Aqüífero MERCOSUL. É isso? E o “um inglês nascido em Botucatu”? Não se adiantou na pesquisa? O Paulo Henrique conseguiu algo? Na Inglaterra é que está a solução do enigma. Há décadas cheguei a esboçar um romance “A Fazenda” que não sendo a do Conde, seria aquela. O antigo editor Diaulas Riedel, menino-jovem passou ali férias de verão e com entusiasmo e minúcias, descreve-a. A Condessa, idosa, mantinha quiosque no Boi de Bologne no qual, no inverno, oferecia café brasileiro. De certo, da fazenda. Imagine escravos abrindo picada, do Porto Martins à fazenda e transportando ardósias francesas, veludos italianos, mudas de pinho de Riga, piano alemão para a casa sede. Boa tarefa será um volume – elaborado sem pressa – para a tal casa, a mais importante da região. Abraço, obrigado, Hernâni Donato, Membro da Academia Paulista de Letras e ex-Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo/Almanaque de Botucatu/2000.
Hernâni Donato - Academia Paulista de Letras

“Mal recebi e já mergulhei na leitura das “Memórias de Botucatu III”. Como sempre, você consegue aliar à pesquisa uma linguagem coloquial, o que torna a visão de nossa história ainda mais agradável e atraente. Fiquei emocionado com os detalhes da construção do nosso primeiro arranha-serra (bela expressão). As memórias do menino botucatuense misturam-se aos dados fornecidos pelo historiador. Como uma personagem do “Armacord”, também eu sempre imaginei a boate do Peabiru como palco de festas suntuosas e de encontros fortuitos. E, em minha cabeça, padres furibundos barravam o meu sonho felliniano. O Lawrence é material para novela! Que história mais fantástica. E fiquei comovido ao ver a foto da casa da Sra Leandro Dupré. Quero saborear cada página, pois sei que aprenderei muito com essa leitura. Mais uma vez você contribui, de forma incisiva, para que Botucatu não perca a sua identidade, e para que nós tenhamos muito orgulho desta cuesta.” Alcides Nogueira, escritor e dramaturgo/ Almanaque Cultural de Botucatu/2000.
Alcides Nogueira - Dramaturgo

“A Academia Botucatuense de Letras vem, através deste, congratular-se com V.Sa. pelo sucesso no lançamento do livro “Memórias de Botucatu III”, no início deste ano. Manter a história de nossa gente viva na memória dos mais velhos e fazê-la nascer na mente dos jovens é ato digno e louvável perante a Cultura. Continue sendo o elo entre o passado e o presente para manter vivo o futuro.” José Celso Soares Vieira – Presidente da Academia Botucatuense de Letras/ Almanaque Cultural de Botucatu/2000.
José Celso Soares Vieira – Presidente da Academia Botucatuense de Letras

“Agradeço a delicadeza do seu terceiro livro sobre “Memórias de Botucatu”. Meus parabéns. Comecei a lê-lo. Continue a usar sua pena, produzindo obras maravilhosas. Abençô-o.” Dom Antonio Maria Mucciolo – Arcebispo Metropolitano de Botucatu/Almanaque Cultural de Botucatu/2000.
Dom Antonio Maria Mucciolo – Arcebispo Metropolitano de Botucatu

O advogado Armando M. Delmanto lançou a CLT em tamanho menor para mais fácil e melhor manuseio, obtendo grande receptividade no meio jurídico. Organizador da “Consolidação das Leis do Trabalho”, da “Coleção de Leis Rideel” - Série Compacta, edições de 1996/97/98, proporcionou uma excelente e prática edição da CLT aos que militam na área jurídica e aos acadêmicos de direito em geral - 666 págs. - 1996/97/98.
CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – EDIÇÕES DE 1996/97/98

“As Leis Trabalhistas Se é verdade que no cenário jurídico do Brasil despontam valores expressivos, não menos verdade é a carência de livros práticos e objetivos, em que a didática assuma especial relevo, como elemento fundamental ao estudo e sistematização do Direito. Orientando sua intensa atividade intelectiva no sentido de fornecer aos advogados diretrizes que lhes possibilitem assimilação segura, o bacharel Armando Moraes Delmanto brinda-nos, em mais essa oportunidade, com obra inequivocamente valiosa, em que põe em prática seu espírito sensível e sua notável didática. Obra especial, dedicada antes de tudo aos acadêmicos de Direito e aos que militam na área jurídica, o livro CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) haverá, por certo, de alcançar magnífica receptividade, oferecendo inclusive, excelente subsídio a outras áreas como Administração de Empresas e Sindicalismo. O organizador da obra, Armando Delmanto, de tradicional família botucatuense, bacharel em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco da USP, sempre atuou, profissionalmente, na advocacia empresarial, especialmente na área trabalhista, o que motivou a Editora Rideel Ltda. a convidá-lo a organizar o referido trabalho jurídico. Esta obra é uma síntese atualizada de todo o Direito do Trabalho, já que o texto da CLT tem sofrido constantes alterações ao longo de sua existência. Soube o autor de “Memórias de Botucatu”, selecionar cuidadosamente a legislação inovadora. O dinamismo do autor possibilitou organizar um conteúdo jurídico de fácil consulta o que nos leva a crer que é obra fadada a grande sucesso, e que, por isso mesmo, facilitará a vida de universitários e profissionais liberais”. Olavo Pinheiro Godoy – Escritor e Presidente do Centro Cultural de Botucatu/revista Peabiru nº 08, de março/abril de 1998.
Olavo Pinheiro Godoy – Presidente do Centro Cultural de Botucatu

Coletânea de artigos publicados no jornal “Vanguarda de Botucatu” (1970/1980), de vários autores, sob a coordenação de Delmanto. O “Jornal Jovem para a Nova Botucatu”., era o lema do Vanguarda. Teve a colaboração de grandes personalidades de nossa cidade e revelou inúmeros jovens para o jornalismo e a literatura. Alcides Nogueira - conceituado dramaturgo - teve suas primeiras crônicas publicadas no jornal. Prefácio do escritor Francisco Marins - 83 págs. – 1988
"O SONHO NÃO ACABOU" – edição de 1988

“...Vanguarda, o periódico sobre o qual nos incumbe falar, apareceu em 1970, com um programa definido e, como toda obra de moços, a alardear vanguardismo, que nascia do próprio nome e da esperança dos jovens que a criavam. Enfatizou, desde logo, o seu propósito cultural e passou a colher e estimular crônicas, artigos, poesia e matéria literária, dando incentivo, também, a autores iniciantes. Procurava interpretar o espírito de uma geração e apontar caminhos. Feitura gráfica razoável para a época e até com duas cores de impressão. Textos artesanalmente trabalhados. Boa revisão. Alguns avanços de crítica político-social... Tudo isso fez que o milagre da sobrevivência se realizasse por uma década, quando o rol de novas publicações indica vida curtíssima para a maioria dos títulos. Armando Delmanto, idealizador e mola propulsora de Vanguarda, descendente de velho tronco de militantes da nossa imprensa e da vida política de nossa cidade como Dante, Aleixo, Antônio e Osmar, ao avaliar o desempenho daquele órgão, diz hoje, com o mesmo entusiasmo “o sonho não terminou”. Com coragem e fibra, Delmanto reafirma que valeu a pena lutar e que, mesmo sem barretadas à política partidária, é possível ir-se à frente, embora os nomes dos órgãos jornalísticos passem a ser outros. Nós porém, lembramo-nos da sentença latina: “Ad augusta – per angusta...” (do prefácio do livro, de autoria do escritor botucatuense Francisco Marins, Presidente Emérito da Academia Paulista de Letras).
Francisco Marins - Presidente Emérito da Academia Paulista de Letras

A abertura política brasileira começou a desenhar-se no ano de 1977, quando a resistência ao regime militar encontrou, mais uma vez, nas tradicionais Arcadas do Largo de São Francisco (Faculdade de Direito da USP) o seu grito de resistência. O lançamento da “Carta aos Brasileiros”, em agosto/77, cuja elaboração foi coordenada pelo Professor Goffredo da Silva Teles, defendia com intransigência a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte como única forma de sair do impasse político-institucional brasileiro. Esse importante documento foi assinado, em seu primeiro momento, por 93 juristas. Delmanto apos sua assinatura de apoio na sede do Centro Acadêmico XI de Agosto. O lançamento do livro “CONSTITUINTE – O Que Todo Brasileiro Deve Saber Sobre A Assembléia Nacional Constituinte”, em 1981, de autoria do advogado Armando Moraes Delmanto, obteve ampla cobertura da imprensa e representou um marco positivo na divulgação e explicação da CONSTITUINTE. Com prefácio do escritor Fernando Morais e com uma distribuição dirigida às principais lideranças políticas do país, o livro Constituinte foi um sucesso. Em seu prefácio intitulado “A Saída, Onde Está a Saída?”, Fernando Morais destacava: “Em meio à peregrinação que venho fazendo por incontáveis cidades do interior do Estado de São Paulo em defesa da convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, recebo como um prêmio – e como um estímulo – este convite do companheiro Armando Delmanto para prefaciar seu livro sobre o tema. O livro, estou certo, pode ser entendido desde já como mais uma poderosa contribuição à cruzada que os democratas brasileiros vêm sustentando em prol não de uma Constituinte, mas da Assembléia Nacional Constituinte, soberana e livremente eleita pelo povo. A obra se reveste de valor especial quando se sabe de que lavra vem, Armando Delmanto é um combativo político de Botucatu, em São Paulo, um jovem que publicamente se recusou a compactuar com a corrupção que corrói as tripas desta país. Seu livro representa, sem dúvida, um importante esforço para divulgar, de maneira acessível e didática, sem os rebuscos elitistas da retórica, uma concepção coerente, democrática e popular de como reorganizar o Poder em nosso País, de modo a que este seja conduzido por seu legítimo soberano, o povo brasileiro...” No livro, Delmanto incorporou o texto da “Carta aos Brasileiros” para uma maior divulgação dos postulados do Estado de Direito. Da mesma forma e com o objetivo de ampliar os valores defendidos pela Constituinte, o autor também reproduziu, na íntegra, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, importantíssimo documento elaborado pelos representantes das Nações Democráticas, assinado em Paris em 10.12.1948.
"CONSTITUINTE: o que todo brasileiro deve saber sobre a Assembléia Nacional Constituinte"- edição de 1981

“Crítica feita no jornal Folha de São Paulo , de 03/05/81, sob o título “A Constituinte ao Alcance de Todos”, de autoria do jornalista e escritor Ricardo Kotscho: “Constituinte”, de Armando Moraes Delmanto (Edições Populares), mostra a necessidade da convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, livre e soberana, como única forma (pelo menos agora) de sepultar o regime autoritário implantado no Brasil há 17 anos. O principal objetivo do livro é apresentar a questão de forma simples e didática para que todo brasileiro possa discutir “essa tal de constituinte” de que tanto se fala. Delmanto não coloca a Constituinte como a solução para todos os problemas brasileiros , mas dá ênfase à prioridade da sua convocação como instrumento para ampliar a liberdade de organização em todos os níveis. Mostra, também, como seria um poder legitimamente constituído.R.K.”
Ricardo Kotscho - Crítico do jornal "Folha de São Paulo"

“Cumprimentos sua lúcida e erudita obra “Constituinte”. Li atentamente com real proveito. Do admirador reconhecido pelas palavras de estímulo”. Deputado Ulisses Guimarães em 29/05/81 (Presidente Nacional do PMDB e, posteriormente, presidente da Assembléia Nacional Constituinte/88).
Deputado Federal Ulisses Guimarães - Presidente da Assembléia Nacional Constituinte/88

“Por iniciativa do Deputado José Yunes, a Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou, por unanimidade, um requerimento de saudação à Armando Moraes Delmanto. Referindo-se à obra, em certa parte o requerimento destaca: “Com rara felicidade, aponta o autor o contraste existente em nossa sociedade através do distanciamento econômico-social enorme que há entre seus membros, distanciamento este, aliás, que começa a ganhar proporções alarmantes. Apregoa por fim, o diligente vereador de Botucatu, a necessidade da convocação de uma Constituinte para, através da manifestação do Poder Soberano, ser reformulada a Ordem Jurídica, Econômica e Social Brasileira...”
Deputado Estadual José Yunes

“Li, com crescente entusiasmo, a sua obra “Constituinte”, que recebi com sua atenciosa dedicatória. Não posso, por um dever de justiça, deixar de apresentar-lhe meus cumprimentos pelo excelente trabalho, didático, enxuto, mas que traz espelhado o brilho de sua cultura e o vigor de seu idealismo em defesa da causa de toda a Nação Brasileira, que clama pelo restabelecimento pleno de seus direitos e de suas garantias sociais através de uma Assembléia Nacional Constituinte. Esse é o caminho que todos nós buscamos e o seu trabalho representa uma valiosa e patriótica contribuição para a conscientização popular. Parabéns!” Deputado Luiz Máximo- líder da Bancada do PMDB na Assembléia Legislativa. S.P. 29/04/81.( ao depois , no PSDB ,elegeu-se presidente da Assembléia Legislativa Paulista).”
Deputado Estadual Luiz Máximo

“Recebi seu excelente e significativo trabalho sobre Constituinte. Louvo obra e agradeço sua amável dedicatória cumprimentando bravo, coerente e consciente estudioso. Abraços.” Senador Pedro Simon- PMDB (posteriormente, governador do Rio Grande do Sul).”
Senador Pedro Simon

“Agradeço prezado companheiro envio excelente livro “Constituinte”. Muito didático e, creio, contribuirá para a cruzada da Constituinte. Saudações.” Deputado Alceu Collares, líder do PDT.(ao depois, prefeito de Porto Alegre).”
Deputado Federal Alceu Collares

“Ao prezado amigo e colega Dr. Armando Delmanto, acusando o recebimento de seu trabalho intitulado “Constituinte”, agradeço essa lembrança amável, bem como a gentil dedicatória, felicitando por mais esta publicação, prova incontestável da sua inteligência fértil e capaz. Com um abraço do Manoel Pedro Pimentel – Professor Catedrático da Faculdade de Direito da USP (ex-Secretário da Justiça e da Segurança Pública do Estado)”
Prof. Manoel Pedro Pimentel

“Armando. Li, de um só fôlego, o seu “Constituinte”. A identidade de idéias é tal, que me parecia tê-lo escrito. Não sei o que Deus me reserva, mas se chegar ao Governo, irei buscá-lo, sem escusas. No opúsculo está tudo. Síntese magnífica! Disse-lhe - lembra-se ? – que há pouco sobre a matéria. É uma espécie de “O Capital”, do qual todos falam, mas...poucos leram... Assim, é a Constituinte! Parabéns. Você tem em mim um admirador incondicional. Do Jânio Quadros – 08.VI.1981.” “Armando. Nossa idéias se casam, e são fundamentais. E a Constituinte, por exemplo. Você não poderia mandar-me o opúsculo? A sugestão do “jornal” está aceita. Com o seguimento natural da nossa e da política externa. Eloá e eu mandamos um abraço, extensivo à família. Do Jânio Quadros – 12.X.1981”. (ex-Prefeito de São Paulo, ex-Governador de São Paulo e ex-Presidente da República).
Jânio Quadros - ex-Prefeito de São Paulo, ex-Governador de São Paulo e ex-Presidente da República

O livro é uma coletânea de crônicas referentes à cidade de Botucatu: sua gente, suas coisas, seus problemas, suas perspectivas... Publicadas no jornal “Vanguarda de Botucatu”, durante o ano de 1970 - 110 págs. – 1976. Faz uma abordagem das Instituições Sociais da cidade, além de dar destaque às grandes batalhas travadas pelo desenvolvimento e progresso de Botucatu.
"CRÔNICAS DA MINHA CIDADE" – o Livro de Botucatu – 1976

“Caro Delmanto: Foi com satisfação que recebi o livro de sua autoria “Crônicas da Minha Cidade”, Agradeço a sua amável lembrança e cumprimento-o pela feliz idéia. Cordialmente. Prof. Manoel Gonçalves Ferreira Filho – Vice Governador do Estado de São Paulo – (jornal “Vanguarda de Botucatu”/set./1976)”.
Prof. Manoel Gonçalves Ferreira Filho – Vice Governador do Estado de São Paulo

“Armando: - Você comprova a expectativas que eu tinha a seu respeito como estudante: - dinâmico, realizador e democrata até à medula. Você tem o vírus da democracia, célula por célula. É uma herança, sem dúvida. Desde aquela monografia que você fez, no lº Colegial, e o lançamento do jornalzinho, senti, como diria Castro Alves, o despertar de uma vocação. Li o seu livro, reli, li de novo. Magnífico. Fui-me encontrar numa apresentação da qual ignorava a existência. Recompus-me num passado de recordação. Bravos. Pra frente! Prof. Agostinho Minicucci (jornal “Vanguarda de Botucatu/set./1976)".
Prof. Agostinho Minicucci

"Caro Armando Delmanto: Muito grato pela remessa de um exemplar do seu livro "Crônicas da minha Cidade". Afora o valor da obra qual mensagem de jornalismo, encontro nele abundância do ingrediente que sempre me emociona: o amor à terra natal. Principalmente em alguém que a deixou fisicamente mas permanece jungido a ela pelo coração. Grato também por me ter feito participar do seu livro mediante a transcrição de um escrito inteiramente despretencioso e desvalioso. Com os votos de sucesso, o abraço do Hernâni Donato (jornal “Vanguarda de Botucatu/set./1976)".
Hernâni Donato - Academia Paulista de Letras

"Caro Armando. Retornando de viagem, encontrei o seu livro "Crônicas da Minha Cidade". Em meu nome e no de Ruth agradeço a gentileza da dedicatória e faço votos para que você prossiga de vitória em vitória na sua curta, mas já tão expressiva existência como jornalista e homem voltado para a causa pública. Milton Mariano (jornal “Vanguarda de Botucatu/set./1976)".
Milton Mariano

“Ao prezado colega Armando Delmanto, muito agradeço a remessa das saborosas "Crônicas", que estou lendo com crescente interesse, bem como a amabilíssima dedicatória. Prossiga! Abraça-o o Antonio Chaves – Prof. Catedrático de Direito Civil da Faculdade de Direito da ÜSP (jornal “Vanguarda de Botucatu”/set./1976)".
Prof. Antonio Chaves

"Meu Caro Delmanto. Não foi surpresa nenhuma verificar quão agradável é a leitura de suas "Crônicas da Minha Cidade", que me enviou. Já naqueles saudosos tempos em que trabalhavamos juntos pintavam os germes do escritor que agora vejo florescem com galhardia. Tenho a mais absoluta certeza de que logo nos brindará com outros excelentes trabalhos. Queira recomendar-me ao seu caro Pai. Abraços. Prof. Francisco Carlos Sodero. Presidência do Conselho Regional do SENAI - S. P. (jornal “Vanguarda de Botucatu”/set./1976)
Prof. Francisco Carlos Sodero

"Jovem e prezado amigo. Saúde e paz. Muito obrigado pelo envio de "Crônicas da Minha Cidade", que dá seqüência à "Juventude: participação ou omissão". Vejo, com alegria, que você persevera em sua carreira de jornalista e escritor preocupado com os problemas de sua geração e da vida comunitária da sua encantadora e dinâmica Botucatu. Gostei muito da fotografia que você reproduziu na contra-capa: - Antônio e Armando Delmanto, abraçados e sorridentes, companheiros de ideal e de luta no "Vanguarda de Botucatu": - duas gerações dos Delmanto servindo exemplarmente à sua terra e à sua gente. Parabéns, Armando! Prossiga, para contentamento de seus amigos e admiradores, entre os quais se inclui o Lucas Nogueira Garcez (ex-Governador do Estado de São Paulo)- jornal “Vanguarda de Botucatu”/set./1976)"
Lucas Nogueira Garcez - ex-Governador do Estado de São Paulo

 
     
 
 
 
Jornalismo de Vanguarda:

Jornalismo de Vanguarda:

alternativo e moderno!

 Fazer uma releitura sobre a fundação de um jornal sempre é interessante. Quando esse jornal surge em uma cidade de porte médio, no interior, comandado por jovens e trazendo uma proposta forte mudança da sociedade, fica mais interessante ainda. Foi o que ocorreu na cidade de Botucatu/SP, em 1970, quando fundei, com um grupo de amigos, o jornal mensal "Vanguarda de Botucatu", utilizando, no início, apenas o título "VANGUARDA", ladeado pelo símbolo de "paz e amor", que era o símbolo da juventude nos anos 60.

et

ap

Essa iniciativa foi precedida por experiências anteriores. Uma, em 1963, quando lançamos um jornal estudantil, órgão oficial do Colégio Arquidiocesano La Salle, de Botucatu. Esse jornal, impresso em gráfica em papel jornal, tinha o título de "Tribuna do Estudante", claramente inspirado no "Tribuna da Imprensa", aguerrido jornal carioca fundado por Carlos Lacerda e, ao depois, comandado por Hélio Fernandes. E o jornal estudantil levava, em seu frontispício, o mesmo lema: "Quem troca a liberdade por um pouco de segurança, não merece liberdade e nem consegue segurança".

n       

 A outra, em 1966, na Escola de Sociologia e Política, em São Paulo, com o título "A Realidade", propugnava por uma linha independente da esquerda festiva e da direita alienada. E o jornal universitário oficial do Diretório da Sociologia e Política, surgiu antes da famosa revista "Realidade", do Grupo Abril que passou a ser a de maior tiragem do país, moderna e com um jornalismo bem interativo. Os dois jornais estudantis foram duas boas experiências, cheias de entusiasmo juvenil e de sonhos e esperanças.

r   gl     

Vanguarda

Na imprensa interiorana sempre aparecem órgãos que permanecem como divisores de águas, como delineadores de mudanças desejadas... Assim foi com o jornal "Vanguarda de Botucatu", surgido em 1970, e tendo por lema:

 "O Jornal Jovem para a Nova Botucatu".

pa

 Com muita ousadia, inspirou-se no também revolucionário jornal alternativo "O Pasquim", editado no Rio de Janeiro, que trazia uma mensagem de mudança, de combate a favor da democracia e muita, muita criatividade. Um grupo de intelectuais de vanguarda, comandava esse jornal que passou a ser um "guia" para a juventude brasileira, sequiosa de participação e inconformada com o imobilismo do país durante o Regime Militar. Nessa mesma linha, surgiram os tablóides "Opinião" e "Movimento". Esse era o estilo que predominava: tablóide, colorido, com a primeira página sempre com uma diagramação impactante , com fotos em destaque ou ilustrações sugestivas. Era muito, muito diferente dos vetustos e tradicionais jornais da imprensa brasileira...

op 

O Vanguarda surgiu como uma nova proposta de se fazer jornalismo.  Surgiu moderno e participante.  Surgiu meio alternativo mas absolutamente entrosado com o seu tempo e com a geração jovem que buscava caminhos e queria respostas... Tinha duas colunas que polarizavam entre os jovens: a coluna social "Acontecências" que trazia toda a movimentação da juventude botucatuense e a coluna "Dicas Políticas & Outras", abordando a política e os principais acontecimentos da cidade.

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Jornal elaborado jornalisticamente com cuidado artesanal e, ao mesmo tempo, com ousadia gráfica e com intensa criatividade.  Impresso nos primeiros anos na Gráfica Amaral - superava as expectativas ao sair, no início dos anos setenta, em duas cores: preto e vermelho ou preto e azul.

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Por entender que o "Vanguarda de Botucatu" representou o espírito de uma geração que soube assumir o compromisso com seu tempo é que estamos promovendo a divulgação do que foi o Vanguarda, com a reprodução de alguns artigos dos muitos colaboradores que teve.  Artigos que foram um marco, ficaram na história da imprensa botucatuense.

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Valerá como exemplo e como incentivo às novas gerações?  Esperamos que sim.  Desejamos mostrar para os jovens que o sonho não acabou e que vale a pena lutar.  Desejamos mostrar para os mais velhos que o sonho não acabou e que valeu a pena lutar... Em 1988, lançavamos o livro "O Sonho Não Acabou", coletânea de alguns artigos publicados no "Vanguarda" e prefaciado pelo escritor botucatuense, Francisco Marins, à época presidente da APL - Academia Paulista de Letras.

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O "Vanguarda de Botucatu", já o dissemos, não acabou em 1980.  Ele continuou através do "Jornal de Botucatu", fundado em novembro de 1980.  O "Jornal de Botucatu" surgia como um jornal bi-semanário, sem engajamento político, mas com uma linha definida de defesa da comunidade.  Foi o primeiro jornal feito no linotipo em Botucatu à partir dos anos 70.  Até 1980, os nossos jornais eram feitos no tipo, com exceção do Vanguarda, sempre feito fora de Botucatu por problemas de perseguições políticas dos poderosos de então.  Pois bem, em 1980 , trouxemos para Botucatu a Gráfica completa do Ariosto Campiteli, de Bauru, que passou a ser sócio do jornal recém criado.  Hoje, a Revista Peabiru procura manter a mesma linha de atuação, mobilizando a nossa comunidade, convocando a "intelligentzia botucatuense", enfim, construindo a nossa cidadania.

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O "Jornal de Botucatu" teve a sua inspiração gráfica e de diagramação no "Jornal da Tarde", moderno veículo do Grupo do "Estadão". Desde o título até a diagramação foi uma inovação moderna diferente do vetusto jornal "O Estado de S. Paulo".

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Foi um sucesso em Botucatu. Pedimos ao Professor Vinicio Aloise - Mestre da Ilustração - que eternizasse a Igrejinha de Santo Antônio, em Rubião Jr., como logotipo do jornal. Até meados dos anos 90, permaneceu como o melhor jornal e com a maior tiragem da cidade. Circulou até 2005/6.

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O Vanguarda inovou em vários sentidos e representou um espaço certo onde a juventude "botucuda" pode expressar as suas preocupações.  Em seu primeiro número, a palavra abalizada e sempre amiga do escritor botucatuense Hernâni Donato:

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"Um Voto Esperançoso...Mais Um

Rapazes: o diretor do jornal não brinca em serviço.  Chegou e mandou: Vanguarda quer inovar.  Sacuda a nossa moçada.  Dê-lhe um plá dosado para os males de Botucatu.

Bom, não tenho receituário para uso dos moços que insistem em abrir o seu caminho dinamitando a estradinha aberta pelos mais velhos.  Mas concordo em que para Botucatu, o momento, mais do que nunca, é o de balançar a roseira.  Mais do que nunca porque ela goza de privilégio único de receber, de golpe, o enriquecimento do sangue novo de milhares de universitários.  Gente de sangue quente, às vezes descontrolada exatamente por causa do sistemático "pé na tábua"em que vive, mas de cuja generosidade é possível esperar tudo.  Mesmo aquilo que é mais necessário para a cidade: giro de duzentos graus na bússola do comportamento coletivo.

Vou lhes dar 3 diagnósticos para um mal que é típico da gente serraçumana.

1º ato: Cornélio Pires, no palco do Casino, fim dos anos 30: "é difícil entender este povo.  Gosta das minhas piadas porque ri de estourar.  Mas não move as mãos, não aplaude.  É frio!".

2º ato: um humilde botucatuense que nos anos 40 chegou a campeão brasileiro de um certo esporte: "o pessoal, lá na terra, parece que tem vergonha de me cumprimentar.  É onde menos sou festejado!".

3º ato: d. Frei Henrique, anos 50, assistindo a um bem organizado desfile cívico-religioso, ali na Cel. Moura:  "Aplaudam.  Vamos aplaudir, ó povo frio.  Não sabem o trabalho que dá?".

Tradução: se a rapaziada que forma com a Vanguarda ou em torno dela - excluída toda e qualquer conotação político-partidária - tem mensagem ou acredita tê-la e quer fazer algo pela cidade, não espere compreensão, nem aproveitar fundamentos existentes. Comece da base, feche os ouvidos, abra os olhos, veja as nossas lições mais práticas da história local e geral.  E construa o legado da sua geração.  Não espere aplausos.  Haverá exceções, busca de diálogo, oferecimento de ajuda que afinal os voluntariosos estão em toda parte.

Se a bandeira da Vanguarda é fazer e renovar, não atacar ou destruir, tem um  campo largo pela frente.  E merece o apoio de quem sente que é preciso mudar a mentalidade para não ter que mudar de cidade.  Espero que Vanguarda, liberta de ganchos políticos que a limitem e imobilizem, tenha forças para resistir aqueles que vão tentar destruí-la, pela omissão; negá-la, pela tentativa do ridículo; esfriá-la, pela inércia com que gelaram tantos outros empreendimentos igualmente generosos; desviá-la pelo descrédito organizado e sistemático.  E que ajude a repor Botucatu entre as primeiras das nossas cidades.  Se ela perdeu - quem negará que ela tenha perdido lastro, infelizmente? - foi só por culpa da sua gente.  Gente que brinca com o futuro, com o voto, com as lideranças.  Estou exagerando?  Voltem a cabeça e vejam as conquistas e realizações dos últimos 10 ano.  Individualizem os seus idealizadores.  A constatação será melancólica.

Por isso - sem que isto signifique pronunciamento político ou grupal, mas apenas mais um voto de esperança, confio em Vanguarda.  Como em todo movimento de juventude.  Nós já tivemos freios demais.  Precisamos de bons aceleradores.

Toque aqui, Vanguarda !  Prá frentex, gente."

 

O posicionamento de Hernâni Donato não deixa de ser uma aula de sociologia "botucuda".  Era o quadro, sem tirar nem por, de nossa sociedade sedimentada mas com falta de perspectivas para o futuro...

No 10º aniversário do "Vanguarda de Botucatu", em 1980, mais uma vez a palavra amiga e incentivadora de Hernâni:

 

"Pelos Primeiros Dez Anos de o "Vanguarda"

Segundo as agências de propaganda, um jornal atinge a maioridade ao superar a marca do ano de publicação.  Este período está para o jornalismo, assim como o nada saudoso "mal de sete dias"estava para crônica da mortalidade infantil nos velhos tempos.  Mas, quando se trata de jornal interiorano, elas, as agências, exigem três anos de publicação.  Aí sim, passam as folhas caboclas a gozar do "status" de jornal a merecer conceito, às vezes até uma programação que lhe oxigene os pulmões financeiros.

Pois o jornal do Delmanto está quebrando a barreira dos dez anos.  Mesmo quantos não subscrevem a linha política que le imprimiu ou imprime ao "seu" jornal, hão de parabenizá-lo por vir respondendo ao gongo que tiranicamente o convoca para novos assaltos dessa luta sem intervalos que é o fazer imprensa.  Principalmente - isto já é um refrão mas nem por isso é menos verdade - principalmente, imprensa interiorana.

Quantos amem Botucatu e respeitem o jornalismo - uma das formas de manter dignas as comunidades - hão de fazer coro ao nosso voto: o de que, pelos decênios em fora, o Armando saiba fazer bem o seu jornal.  E seja feliz com ele e por ele".

 

No primeiro número do "Vanguarda", mandavamos o nosso recado:

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  "Os Moços e os Fatos

Os fatos estão aí, e os moços também. Os fatos revelam que as oligarquias faliram, as oligarquias políticas, econômicas e sociais. Perderam completamente o contato com a gente, com os cidadãos, com os seres humanos que vivem neste país. E, talvez, coisa muito mais séria - porque causa do primeiro fenômeno, perderam o contato com a realidade brasileira. Velhas elites políticas, carcomidas por vícios e erros que se enraizaram no fundo da terra, de cerne enrijecido, e que não podem vislumbrar o horizonte, nem mesmo a fimbria dos resíduos dos problemas, como diria o velho mestre Bérgson.

De outro lado estão os moços. Em primeiro lugar seu número pesa na demografia brasileira. São mais de 60% de nossa população. Ainda mais, desde a era getulesca, não tiveram oportunidade de realmente se realizarem, numa política estruturalmente organizada. Ou foram levados por caminhos escusos, para a demagogia populista, ou foram marginalizados, para que os velhos pajés da carcomida demagogia eleiçoeira, utilizando-se deles, galgassem os galarins do poder.

Esta é uma hora de renovação. Não apenas de renovação de estruturas políticas, porque estas não se fazem no papel. Mas de renovação de valores humanos, colocando no lugar certo aqueles que podem dar à Nação o trabalho e a revitalização dos costumes políticos. A quem entregaremos os destinos da Nação; a quem entregaremos o comando da política e da administração da coisa pública? Aos que foram responsáveis pelo atual caos político; aos que surgiram (politiqueiros e politiquetas) nos vícios e erros do passado?

Aqui não há dúvidas: ou se confia, agora, nos moços, ou chorar-se-á lágrimas amargas de remorsos indesculpáveis".

 

Hoje, neste artigo, vamos apresentar apenas alguns artigos de colaboradores que marcaram o jornal e algumas de suas principais e criativas capas.  O Alcides Nogueira, já o dissemos, começou a publicar seus trabalhos no Vanguarda e foi um dos destaques da juventude que acompanhou o jornal.  O Nando Cury, a Cláudia e o Olavo Pupo, também.

Havia no Vanguarda, desde o número, a coluna Acontecências (nome bolado pelo Olavo Pupo) e que trazia os principais eventos jovens da cidade.  No início, era feita por um grupo, tendo à frente o Olavo, depois continuou com a Rita Pedroso, depois dela as suas irmãs Cláudia e Totica e, nos últimos anos, pela Andréia Morato e pelo Fernando Amando de Barros.  A primeira publicação das Acontecências, saiu assim:

 

"Orpheu Nogueira Pinto (Alcides Nogueira) batalhando sua nova peça ainda sem título.

O livro de Armando Delmanto está para sair - aguardem.

Zé Mané em estreito contato com Gilberto Gil, que está musicando alguma coisa bem nossa.

Estréia a nova peça de Leilah Assumpção: Jorginho Machão.

Tico Marques escultor e pintor botucatuense no elenco do Crito Nu.

Neuza Moisés charmisíssima em suas rápidas temporadas.

Fátima Bestetti contratando manecos para uma revista nova de São Paulo.

Piu não se contém de saudades da terra, por isso sempre aqui.

Esperados: Gigi Carnier e Fernando Gurgel.

Você viu o cometa Aquarius?

Badaladíssimo o novo disco dos Mutantes!  A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado.

José Roberto Morato prefere Anhembi para suas temporadas.

Olavo Pupo é vidrado em música sertaneja (não espalhem).

Maga Nepomuceno elegantíssima de botas de cano alto compradas na Prata.

Meire num animado fim-de-semana numa fazenda de Pardinho.

Pedro Bala em Itatinga parecendo personagem de bang-bang.

A bossa é chapéu de palha tipo panamá, cá entre nós em Bofete tem lindos.

Mara Pires Correa confessou-se tão gamada pelas alpargatas do trote da Filosofia que nunca mais deixará de usá-las.

O Recanto do Ypê sempre quente-quente-quente.  Tataio Balarim acontecendo com a turma da pesada.

Nilze Aranha sempre feliz desfilando de carro novo.

Mas bom mesmo é rede para balançar ou sonhar.

Os boys fazendeiros continuam fascinando as turistas.

Minha amiga Lourdinha confeccionando mil colares para a Feira do Artesanato que funcionará na Bosque aos domingos.

Talvez para breve a Missa da Juventude aguardamos notícias TLC.

As disnatias botucatuenses estão maravilhosas na nova geração basta ver o Castelinho.

De Bauru circulando Mirian Tebet veio trazer abraços.

De Campinas Reinaldo Boneco.

Totica Cesar Pedroso telefonando para pedir música e Viva o Som.

Lúcia Lacerda escrevendo contos para uma revista.

Micisa Pardini atarefadíssima com o elegante Chá do Coração.

Existe também o bazer do Coração com artesanatos De Luxe cooperem.

O pessoal da Madureza anda em festas com tantas aprovações.

O Balcão continua atraindo multidões, aliás a melhor peça do ano.

Os boys da terra fervendo em Barra Bonita.

Surgem convites para futuras festas esperamos.

XPTO sacudindo a moçada, música quente - Super Star.

E a boite do CAPS, virá? " 

 

É um retrato da Botucatu no início dos anos setenta.  Dá para se ter uma idéia do cenário real de nossa juventude naqueles tempos...  No livro "O Sonho Não Acabou", reproduzimos vários artigos de vários colaboradores.  Agora, apenas reproduziremos os artigos do Alcides Nogueira, do Nando Cury, do Olavo Pupo e do Hélio Donato.  Cada um na sua linha, com seu estilo, mas esses artigos, com certeza, ajudam a que se tenha desenhado o perfil dos nossos jovens de então:

 

"Idealismo Poético

Olavo de Figueiredo Pupo

O idealismo tem que ser poético.  Pedimos ordem e o progresso mas também o amor e a fraternidade.

Que os tratores partam para a Amazônia mas partam sorrindo e passem cantando.

Tudo é bonito - um caminhão que busina: Fé Fé não precisa ter letreiro no parachoque.

Não mais é preciso sair de Botucatu para poder crescer pois agora a cidade cresce  e quem permanece cresce junto.

O plá está aqui mesmo - música sertaneja - chapéu de palha e saber falar CARÇA ARMOÇO.

Ser caboclo é estar por dentro e viver a natureza.

Temos nossos poetas nossa poesia nossa música nosso teatro nossos loucos nossas loucuras.  Alguma coisa no Ar.

Se alguma coisa de novo acontecer terá que ser no Brasil mas não em São Paulo ou Rio mas nas cidades Onipresentes.

Os baianos tem seu movimento nós temos que concretizar o nosso.

O negócio é deixar de lado a sofisticação e fazer alguma coisa.

  ( Vanguarda nº 1, abril/70 )

 

"O Poster Divino

Alcides Nogueira Pinto

Fotografei todo mundo em branco e preto.  Fotografei todo mundo e todo mundo vai comprar as fotografias.  AVE DINASTIAS BOTUCATUENSES.

O cometa de Aquarius passou sobre a cidade.  Fomos para a serra vê-lo.

O Olavo viu o cometa descer transformar-se num carro alegórico e desfilar desde o Cemitério até o Pontilhão com TodoMundo da cidade atrás dele todas as Gentes todas as peças da cidade.

Eu via a estátua do Pedutãoãoãoão passar O BUSTO do Caxias a Santana Derrubada e o Doutor Costa Leite sair da Misericórdia.

Mais atrás vinha o pessoal do Tênis o pessoal do 24 o pessoal da Churrascaria os De Colores a negada do Caps a turminha do BHC e os que fazem footing na Rua Amando.

É muito bonito ver os colóquios amorosos nos carros ao lado do Nelli depois das oito da noite. BOTUCATU ESTÁ CRESCENDO.

Aqui abunda felicidade.

Aonde foi parar o programa do Miguel onde eu pedia a música da janis Joplin Ball and Chain e eles não tinham onde eles tocavam Caetano toda hora  e a gente berrava que Roberto Carlos era várzea.

Roberto Carlos era várzea.

Roberto Carlos é tão várzea!!!

Eu fotografei Todo Mundo e tudo isso e fiz posters.  Vou vender os posters e vocês vão comprar.

Ainda existia a cejotacê que acabou não sei porque e ficou sem ver você.

O Zé Mané vai de vermelho atrás do cometa de Aquarius.

A estátua do Pedutão é tropicália.  Botucatu é tropicália.

Vi.

Vi e fotografei.

No Princípio era o Verbo.

No meio a fotografia a Fotografia a FOTOgrafia.

No final as damas e senhores de 115 anos vão arrastar mantos e viver de estrelas.  Vai haver festa nos salões tradicionais e rouge nos rostos anormais.

E vou virar Sapo se isso não acontecer.

Em Rubião há uma tôrre e há um campo de aterrisagem de naves estrangeiras.  Invasoras.

Somos filhos da serra e filhos dos deuses e os Deuses eram Astrounatas.

Eu fotografei os deuses. Os Deuses e não consegui fazer os posters.

(Vanguarda de Botucatu nº 2, maio/70)

 

"Botucatu - Anos 60

...E o Sonho Não Acabou,

Apenas Adormeceu!

Nando Cury (Luiz Fernando Cury)

 

Beatles e sua ideologia

Reunião de toda a família

Tardes dançantes com Q Suco

Cristaleira, porta-chapéus, o cuco

Dia de aniversário

Empinar papagaio

Namoro nas matinês

O curso de inglês

A paquera no Bosque

Gibi, pé de moleque

O jogo de botão

Lageado e Rubião

O time de futebol

Ver o por do sol

Conjunto de música e festival

Escolas de Samba, blocos de carnaval

As excursões e os pic-nics

Cabra-cega e o jogo de bétis

Carrinho de rolemã

Dia de Reis - romã

Andar de bicicleta

A vida de atleta

A beira da piscina

Gumex e brilhantina

A missa de domingo

O rancho no Rio Bonito

A praça do Correio

O lanche no recreio

"Soldado e Ladrão"

Festa de São João

Chicletes de bola

O uniforme da escola

A fé e a procissão

A primeira televisão

Um antigo perfume

Içá e vagalume

Longas férias afinal

Divertimentos no quintal

A presença dos avós

A engraçada mudança de voz...

A cidade era grande aos nossos olhos, mas a amizade era maior.

As paixões vinham e se sucediam de modo rápido e inesperado.

A saudade se fazia doída e a ansiedade curtida ansiosamente.

A esperança era ainda otimista e o futuro muito sonhado e aguardado.

Entre as verdades dessa infanto-adolescência a maior delas é que éramos todos infantis e adolescentes de verdade.

E as coisas, as pessoas, os fatos, os lugares que fizeram aquela época, continuaram e permanecem aí latentes para influenciar, influir, talvez numa revisão geral de sentimentos.  E mais, pedem urgentemente por uma visão crítica, para julgar e selecionar o que realmente é válido experimentar, curtir e viver hoje, no final dos anos 70."

 

"Crônica à Cidade Amada

Hélio Donato

 

A GUISA DE APRESENTAÇÃO, MUITO PRAZER....

Oi turma, ói nóis aqui!

Puxa amizade, você não sabe como estamos contente em vir aqui para a Vanguarda, escrever estas "maltraçadas" linhas.

Como é bacana fazer parte desta equipe capitaneada pelo amigo Armandinho, rapaz culto e de valor, de muitos méritos, entre os quais, dos mais apreciáveis, dar a Botucatu este jornal que é o fino do jornal, moderno, jovem, bem a altura de uma cidade universitária.

Rapaz bondoso esse que nos concede uma coluna para escrevermos, bem ao nosso estilo, sobre a cidade amada.

Esse "ao nosso estilo", é muito importante e digno de registro ao amigo leitor, posto que escrevemos o que sentimos, na hora em que sentimos, sem nenhuma preocupação literária (qué-qué-isso, minha gente...) por vezes deixando escapar alguns errinhos de português pelos quais, desde já, antecipadamente previno: quem me der a honra da atenção, que me aceite assim, né Armandinho e aqueles-outros, ciosos dos escritos imaculados, que procurem os grandes clássicos grandes gramáticos que andam sendo procurados pelo caboclo Mamado.

Pois é do alto desta colina, digo coluna, que vamos falar sobre as coisas de nossa Botucatu, das gentes, das acontecências, dos seus bons ares e das suas escolas.

E como hoje é dia de festa (para mim, é claro) e ao ensejo que se nos depara agradecemos aos prezados leitores vanguardistas que nos apoiam e também ao moço Armandinho e aos que forem do contra, previnimos "se alguém tiver algo a declarar, que o faça agora ou cale para sempre".  Falei?

Nada mais havendo a se tratar, damos por encerrada a presente e primeira crônica, que depois de lida e achada conforme, vai por mim assinada juntando a ela a promessa para uma nova apresentação, no próximo número, aqui mesmo, e quando o Moacir quiser, né?

Tchau!"

(Vanguarda de Botucatu nº 19, agosto/72)

 

BOTUCATU: BERÇO DA CULTURA! 

Em 1998, o jornal "A GAZETA DE BOTUCATU" - o decano dos jornais locais - comemorava naquele ano seu 40º aniversário. Como fazia todos os anos no aniversário da cidade (14 de abril), publicava sempre um Suplemento Especial.

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Já havia abordado a Industrialização, a Justiça e, dessa vez, fazia matéria sobre a importância da CULTURA para o desenvolvimento da cidade. Com o título "BOTUCATU: BERÇO DA CULTURA", mostrou a importância das conquistas educacionais para a cidade, culminando com a criação da FCMBB - Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (Medicina, Medicina Veterinária, Biologia, Agronomia e Zootecnia e Enfermagem), hoje parte integrante da UNESP.

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O Suplemento Especial mantinha a tradição do jornalismo interiorano ao ilustrar a capa a "bico de pena", pela competência artística do Mestre Vinício (prof. Benedito Vinício Aloise). Em seu trabalho, Vinício procurou desenhar o perfil de 6 escritores botucatuenses, que tinham divulgado a nossa cidade através de suas obras publicadas. Assim, o jornal destacou Sebastião de Almeida Pinto (1), Alcides Nogueira (2), Armando Delmanto (3), Agostinho Minicucci (4), Francisco Marins (5) e Hernâni Donato (6).

 

TV EDUCATIVA DE BOTUCATU

 

Desde 1994, a Fundação Lanhoso de Lima vinha batalhando para colocar no ar um canal que transmitisse e divulgasse a cidade. Conseguindo a concessão para retransmitir a programação da TV Educativa do Rio de Janeiro (Fundação Roquete Pinto, hoje Canal Brasil), passa a ter 3 horas de programação local. A TV DE BOTUCATU passa a ser realidade!

 

Participei, em duas oportunidades, das atividades da TV SERRANA - CANAL 55: em 1997 e em 1999.

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Na primeira vez, produzi e apresentei o telejornal diário "EM CIMA DA HORA", dividindo a apresentação com a jornalista Gisleine Gregório, no horário das 12h00 às 12h30min. Contávamos com a participação do repórter policial Jaime Contessote Jr. E, no quadro "Segurança em Destaque", com a apresentação de Maurício Lanhoso. A direção geral era do Sr. Augusto Lanhoso de Lima.

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Em 1999, fomos âncora do programa diário de entrevistas "NOSSA GENTE - NOSSA CIDADE", de segunda-feira à sexta-feira. Às 19h00.

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No início, contamos com a parceria da Fabiana Godói. Um privilégio ter vivido essa experiência fantástica, entrevistando personalidades da comunidade local, totalizando cerca de 500 entrevistas. Era Botucatu desfilando pela TV SERRANA, divulgando suas potencialidades, suas realizações, seu progresso. Inesquecível.

Outras experiências jornalísticas!

 Duas outras experiências jornalísticas marcaram a nossa atuação em Botucatu. A primeira, em 1988, ao lançarmos o jornal "Folha de Botucatu", projeto jornalístico inspirado na famosa "Folha de Botucatu", que sob a direção de Pedro Chiaradia, circulou por longo tempo na cidade (1935/1966). Procurou-se resgatar um jornal que fora emblemático em termos de bom exercício do jornalismo. A diagramação procurou seguir o mesmo estilo que tanto marcou a passagem daquele jornal na cidade, claro que com todo o avanço tecnológico digital.

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O lançamento da "Folha de Botucatu", em sua 2ª. Fase, mobilizou a opinião pública botucatuense. E fato interessante e muito comum no interior: logo surgiram outras "FOLHAS"... Assim, tivemos circulando na região, em época diversas, além da "Folha de Botucatu", a "Folha de Notícias", a "Folha Regional", a "Folha da Estrada" e a "Folha Serrana". Essa iniciativa perdurou nos anos de 1988/89.

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No ano de 2004, fizemos uma experiência jornalística que pode ser considerada a somatória das experiências anteriores. Foi abrangente, moderna, colorida e com uma diagramação agressiva e revolucionária, em termos gráficos. Foi o "JORNAL DA CUESTA". Totalmente digitalizado, era impresso nas poderosas rotativas do "Jornal da Cidade", conceituado jornal da cidade de Bauru. A diagramação era feita pelo Edil Gomes (Gráfica e Editora Diagrama) e enviado, via internet para Bauru, ficando pronto logo em seguida, quando era mandado de volta para Botucatu. O título era ladeado pela "folha da embaúba" e pelo logotipo do jornal e da Editora Delmanto, composto pela letra "D" estilizada com o símbolo da "Cuesta" separando o "azul" do céu, do "verde" que representa a terra (criação de Marco Antonio Spernega).

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Impactou a mídia imprensa da cidade, forçando uma melhoria em seus respectivos veículos. O seu "Jornalismo Moderno" ficou caracterizado por suas edições, sendo que três delas estão no destaque, acima. O símbolo da Cuesta e a planta típica de Botucatu, a Embaúba, também faziam parte do título do jornal.

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          Do "Tribuna do Estudante", passando pelo "A Realidade", crescendo com o "Vanguarda", evoluindo para o "Jornal de Botucatu", e com a experiência da 2ª. fase da "Folha de Botucatu" chegamos na mais completa das experiências, com o moderno "Jornal da Cuesta". Valeu a experiência. Valeu a caminhada. 

  REGISTRO HISTÓRICO:

 O lançamento do livro "O Sonho Não Acabou", coletânea de artigos publicados no jornal "Vanguarda de Botucatu", contou com a presença do Dr. Francisco Marins que fez o prefácio do livro, abaixo transcrito. O ilustre escritor botucatuense é Membro Efetivo da Academia Paulista de Letras, tendo ocupado por duas vezes a sua presidência sendo, hoje, seu Presidente Emérito. Ele e o escritor Hernâni Donato são Patronos da Academia Botucatuense de Letras.

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SOBRE UM JORNAL E UMA ANTOLOGIA

O estudo da história da imprensa interiorana e da participação de seus principais órgãos é indispensável ao conhecimento da evolução de nossa sociedade e da sua afirmação humana, econômica e político-social.

 Infelizmente, porém, poucos municípios brasileiros guardaram, em seus arquivos, exemplares das publicações jornalísticas que compõem a sua memória local, a serviço da coletividade. São Paulo é, dentre poucos de nossos Estados, aquele que mais cogitou da importância para as futuras operações, da preservação desse enorme acervo, já relatado nos estudos de Lafayete de Toledo, Afonso de Freitas, Carlos Rizzini e Freitas Nobre e, também, quando fundou o Centro Paulista de Pesquisa e Memória da Im­prensa. A este se filiou, por largo empenho, o saudoso conterrâneo - jor­nalista Gastão Thomaz de Almeida, descendente de família botucatuense, com destacada atuação, no passado da imprensa local: Levy, Genésio e João Thomaz de Almeida.

 Por ocasião da mostra - "Imprensa do Interior - 100 anos de his­tória", realizada na Biblioteca Mário de Andrade, escrevia Gastão Tho­maz de Almeida, autor da obra "Imprensa no Interior" (1983), que aquela exposição deveria merecer apoio e estímulo por parte dos estudiosos, leito­res, sociólogos, escritores e poetas, pois o jornalismo, que tivera seu pioneirismo em Sorocaba, desde 1842, mesmo com modestos e despretenciosos jornais, abria espaço para a iniciação literária e para a maior divulgação de inúmeros talentos, que certamente ficariam no anonimato.

 Botucatu, neste aspecto, é também digna de estudo. Um levanta­mento da história de nossa imprensa, tarefa ainda por se realizar, rastreando a trilha já aberta pelas "Achegas" de Hernâni Donato, colocará a cidade, em posição de destaque - pela qualidade do material impresso, multiplicidade dos órgãos jornalísticos, longevidade, postura cultural, va­lor dos artigos e, também, incentivo ao comparecimento de novos traba­lhadores das letras.

 Não iremos nomear quantos foram os periódicos: jornais, revistas, almanaques, que se publicaram - alguns de vida efêmera, outros mais du­radouros e dos colaboradores que, através de suas páginas, granjearam afirmação e, posteriormente, alçaram vôos mais altos, até com projeção nacional.

 Vanguarda, o periódico sobre o qual nos incumbe falar, apareceu em 1970, com um programa definido e, como toda obra de moços, a alardear vanguardismo, que nascia do próprio nome e da esperança dos jovens que a criavam. Enfatizou, desde logo, o seu propósito cultural e passou a acolher e estimular crônicas, artigos, poesia e matéria literária, dando incentivo também, a autores iniciantes. Procurava interpretar o espírito de uma ge­ração e apontar caminhos. Feitura gráfica razoável para a época e até com duas cores de impressão. Textos artesanalmente trabalhados. Boa revisão. Alguns avanços de crítica político-social...

 Tudo isso fez que o milagre da sobrevivência se realizasse por uma década, quando o rol de novas publicações indica vida curtíssima para a maioria dos títulos.

 Armando Delmanto, idealizador e mola propulsora de Vanguarda, descendente de velho tronco de militantes da nossa imprensa e da vida política de nossa cidade como Dante, Aleixo, Antônio e Osmar, ao avaliar o desempenho daquele órgão, diz hoje, com o mesmo entusiasmo "o sonho não terminou". Com coragem e fibra, Delmanto reafirma que valeu a pe­na lutar e que, mesmo sem barretadas à política partidária, é possível ir-se à frente, embora os nomes dos órgãos jornalísticos passem a ser outros. Nós porém, Iembramo-nos da sentença latina: "Ad augusta - per angusta..."

 A sua idéia de reunir em livro material publicado ao longo dos anos de Vanguarda se não é original, pelo menos é incomum: uma antologia dos colaboradores mais ativos. É forma de guardar, de modo mais duradouro, o que se tornou efêmero no dia-a-dia da vida jornalística. A matéria ora coletada é díspar e sem um fio de unidade, como conseqüência das multifaces da publicação. Mas dá pra ver que alguns dos colaboradores foram originais e inovadores, ora dando vazão a anseios pessoais, ou até atirando farpas, com as críticas humanas e sociais. Outros escritores, já donos de um estilo e cultura, como sempre tivemos no jornalismo local, apenas par­ticiparam numa forma de incentivo, à novel publicação.

 Para alguns o princípio, pra outros reafirmação. Juntos, porém, de­ram um testemunho válido, que esperamos seja reavivado com o apareci­mento desta antologia - a qual certamente recordará um belo momento cultural de Botucatu.

 Cumprimentos ao Armando Delmanto e a cada um dos colaborado­res cujos nomes aqui não reproduzimos, mas que estão em destaque no índice do pórtico desta obra.

Percebemos, também, que o "sonho, efetivamente, não terminou" pois há o nascimento de um novo órgão - a Folha de Botucatu - carregan­do um nome que já foi legenda em nossa terra, nos tempos de mestre Pedro Chiaradia e da geração que ele, com tanta sabedoria, soube incentivar. Es­peremos que o idealismo de Vanguarda continue e permaneça!

Francisco Marins

("O Sonho não Acabou"/Agosto/1988)