Armando Moraes Delmanto
 
 
 
 
 
 
 

A História Política do Brasil estava esperando por uma releitura que não tivesse o “texto pronto” dos escribas do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda da Ditadura do Estado Novo) e nem a versão dos remanescentes do antigo PRP – Partido Republicano Paulista, derrotados pela Revolução de 1930, mas com os quais Getúlio Vargas se aliou, em 1937, ao implantar o regime ditatorial do Estado Novo, “domesticar” São Paulo e estancar a marcha da construção da Democracia no Brasil.

Nesta releitura, o autor nos traz um relato real do período da normalidade constitucional brasileira de 1934/37. Sem os rebuscos frios das teses acadêmicas, mas com uma análise sociológica, fundamentada cuidadosamente em fatos e em registros da imprensa.

Na obra, o destaque para o cenário mágico da política em 1934, com a mobilização da intelligentzia paulista e o sucesso do moderno governo de Armando de Salles Oliveira que estavam mobilizando o país para a sucessão presidencial.

Com o Golpe do Estado Novo, as Casas Legislativas (Congresso Nacional. Assembléias Estaduais e Câmaras Municipais) foram fechadas, a Constituição Brasileira revogada e o caudilho Vargas passou a governar através de Decretos leis.

O Estado Novo (1937/45) implantou a Ditadura e sufocou a Nação Brasileira.

 
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"REQUERIMENTO N° 255, de 2010
Requer VOTO DE APLAUSO ao advogado, jornalista e escritor ARMANDO MORAES DELMANTO, pelo lançamento de seu livro "História da Vitória Política Paulista – 1934", registro da Revolução Constitucionalista, cujo objetivo era a retomada do estado de direito democrático.
REQUEIRO, nos termos do art. 222, do Regimento Interno, e ouvido o Plenário, que seja consignado, nos anais do Senado, VOTO DE APLAUSO a ARMANDO MORAES DELMANTO, que, em boa linguagem de autêntico memorialista, acaba de lançar o livro "História da Vitória Política Paulista – 1934", da Editora Peabiru, de Botucatu, SP.
Requeiro, ainda, que o Voto de Aplauso seja levado ao conhecimento do homenageado.
JUSTIFICATIVA
Natural de Botucatu, na região da Sorocabana/SP, Armando Moraes, jornalista, advogado formado pelas Arcadas e escritor, em seu novo livro, revela ser dono de texto que, em tudo se assemelha ao de um memorialista. Botucatu está de parabéns pelo brilhante filho. E o País vê enriquecida a história pátria, com uma descrição muito bem conduzida sobre o movimento Constitucionalista de São Paulo. Hoje, com tantas ameaças à democracia, algumas veladas, outras bem explícitas, faz bem a leitura "A História da Vitória Política Paulista de 1934"
A homenagem que ora formulo justifica-se pela boa contribuição de Delmanto às letras e à história pátria.
Sala das Sessões, 23 de março de 2010.
Senador ARTHUR VIRGÍLIO"
Voto de Aplauso - Senador ARTHUR VIRGÍLIO

"Caríssimo Armando Delmanto. Eis que recebo meu presente deste Natal de 2009: um exemplar de seu magnífico livro "História da Vitória Política Paulista". Copiando Jânio Quadros...eu Li, de um só fôlego e me seduziu sobremaneira sua ótica "cirúrgica" do capítulo 7, pág. 151: Cenário Político Paulista em 2010. A hora é Agora! Parece que foi concebido e escrito para sintetizar meus "sentimentos políticos". MAGNÍFICO!!! Parabéns e sobretudo mui grato pela gentil e fidalga deferência do exemplar autografado....Mais um tesouro à minha modesta biblioteca TFA Que a PAZ, a HARMONIA e a CONCÓRDIA sejam tríplice argamassa com que se liguem nossas justas aspirações para o ano novo que vem nascendo logo para uma renhida disputa política nacional. Grato, Saúde e Paz. Clóvis de Almeida Martins. Comandante, Professor/Orientador e ex-Venerável da Loja Guia Regeneradora de Botucatu."
Prof. Clóvis de Almeida Martins

"Caro primo. Parabéns pelo livro que realmente estava faltando...A começar da capa, que ficou linda, e do próprio título.
Obrigado, também, pelas referências a papai e ao meu sogro.
Sugiro que você mande um exemplar ao Dr Luiz Antonio Guimarães Marrey – Secretário da Justiça e neto do Marrey Jr. Abraço. Roberto Delmanto. Advogado Criminalista, Jurista e Escritor do Escritório "Delmanto Advocacia Criminal".
Roberto Delmanto - Advogado Criminalista

“Ao Dr Armando Moraes Delmanto, Grato pelo belo livro, que aprovo. Parabéns! Afetuoso abraço. Ives Gandra Martins. Professor Emérito da Universidade Mackenzie, sendo Professor Titular de Direito Constitucional e de Direito Econômico, Preside o Conselho de Estudos jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo e é Membro Efetivo e ex-presidente da Academia Paulista de Letras.”
Prof. Ives Gandra da Silva Martins

“Ao prezado Armando Delmanto. Agradeço o envio de seu livro com sua gentil dedicatória, que levei para inteirar-me dos meandros de nossa história política! Abraços, Ivette Senise Ferreira. Professora Titular e ex-Diretora da Faculdade de Direito/USP e Presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo.”
Prof. Ivette Senise Ferreira

“Prezado Colega. Agradeço sensibilizado a remessa de sua obra sobre a história da vitória política paulista de 1934. A sua obra, muito importante, porque lembra inclusive os trabalhos da Constituinte Federal daquele ano. Cordialmente. René Ariel Dotti. Advogado, Professor Titular de Direito Penal da Universidade Federal do Paraná, Membro da Comissão de Reforma do Sistema Criminal Brasileiro e Relator e Revisor do Anteprojeto de reforma do procedimento do júri.”
Prof. René Ariel Dotti

“Prezado Dr. Armando Delmanto. Agradeço a remessa de sua belíssima obra sobre a história de São Paulo. Fiquei particularmente sensibilizado pelo capítulo referente ao meu avô. A família Delmanto teve e tem uma longa folha de serviços prestados ao Estado de São Paulo e ao país e o seu trabalho faz juz a essa tradição de seriedade e dedicação à causa pública. Um abraço. Luiz Antonio Guimarães Marrey – Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.”
Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo - Dr. Luiz Antonio Guimarães Marrey

“Caro “quase primo” Armando, Desculpe-me por não haver escrito antes para comentar sobre seu livro. Confesso que li o livro de uma tirada só. Aproveitando um vôo aos Estados Unidos. Gostei muito...achei um trabalho corajoso, você convoca a elite a assumir seu verdadeiro papel na sociedade, visando estender a todos os benefícios da civilização e do verdadeiro desenvolvimento. Por isso sou seu soldado! Será uma luta dura, porque infelizmente o mundo caminha a passos largos para a “idiotização completa”. E é isso que faz luta boa ser lutada!...Um forte abraço. Carlos Antônio Barros Moura. Empresário e Diretor da Associação Comercial do Estado de São Paulo.”
Diretor da Associação Comercial do Estado de São Paulo - Carlos Antônio Barros Moura

“Prezado Armando. Estou encantado com seu livro-resgate sobre a epopéia cívica de 32. Agradeço penhorado a lembrança de meu nome. Continue. Abraços. Antonio Cláudio Mariz de Oliveira. Advogado Criminalista, ex- Secretário da Justiça e da Segurança Pública do Estado de São Paulo e ex-Presidente da OAB/SP.”
Advogado Criminalista - Dr. Antonio Cláudio Mariz de Oliveira

“Caro Dr. Delmanto. Com muita satisfação recebi seu livro, e com orgulho, sua generosa dedicatória .Muito grato. Parece um belo trabalho, justo achar, que terá sim a minha atenção, página rica de nossa história. Com um abraço, com tempero “botucatuense”. Horácio Lafer Piva. Empresário e ex-presidente da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.”
Horácio Lafer Piva. Ex-presidente da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

“Prezado Armando, Sinto-me honrado e muito alegre com sua consideração, ao receber como seu amigo, botucatuense, paulista e brasileiro, a significativa “História da Vitória Política Paulista – 1934”, de sua brilhante autoria, acompanhada de carinhosa dedicatória. Muito obrigado. Parabéns. José Antonio Pinheiro Aranha. Administrador e ex-diretor da Caixa Econômica do Estado de São Paulo”.
José Antonio Pinheiro Aranha

“Prezado Sr. Armando, Agradeço, sensibilizado, o envio do livro que acaba de editar apresentando a “História da Vitória Política Paulista - 1934”. Cumprimento - o pela iniciativa e pelo intenso trabalho de pesquisa desenvolvido. Coloco-me a sua disposição na Presidência do Conselho de Estudos Avançados - CONSEA da FIESP ou na Presidência do Conselho de Administração do CIEE. Abraços, Ruy Martins Altenfelder Silva.”
Ruy Martins Altenfelder Silva - FIESP

“Com muito orgulho, acabo de receber do meu primo Armando, um novo livro de sua brilhante autoria, desta vez contando um pouco da história da brava Gente Paulista, na luta contra a ditadura e em defesa da Democracia e da Constituição. Agradeço ao Armando, pela abnegada e incansável missão de manter viva a história, de Botucatu, de São Paulo, e especialmente da nossa família, verdadeiro berço de bravos patriotas e de exemplos de cidadania. Romualdo Del Manto (advogado) da “Del Manto, Kauffman & Menezes – Sociedade de Advogados”.
Romualdo Del Manto - Advogado

“Delmanto. Sinto-me lisonjeada com sua atenção ao dedicar-me um exemplar de seu livro. Um belo trabalho onde fatos históricos servem de parâmetro e aceno para o futuro, afim de que não se repitam arbitrariedades cometidas no passado. Louvo a importância de sua família na participação desses fatos históricos. Com meus agradecimento, o meu abraço , Jesumina Domene Dal Farra. Professora e escritora.”
Profa. Jesumina Domene Dal Farra

Repercutiu positivamente o lançamento do livro “História da Vitória Política Paulista – 1934”, do advogado botucatuense Armando Moraes Delmanto, lançado no início de 2010. Registrando a história política paulista no período da normalidade constitucional do Brasil, de 1934 a 1937, o livro mostra a realidade vivida pelo país e mostra, principalmente, a realidade vivida pelos paulistas após a Revolução Constitucionalista de 1932. Com uma grande venda de exemplares, alcançou a repercussão esperada. O livro não foi comercializado em livrarias, tendo sido vendido via internet. O autor recebeu inúmeros agradecimentos e mensagens de autoridades, professores, juristas, políticos e amigos:
Livro de Delmanto faz sucesso

“Muito agradeço o gentil encaminhamento de sua obra “História da Vitória Política Paulista – 1934”, cuja leitura ser-me-á de grande interesse e proveito intelectual. Com as saudações acadêmicas de estilo, que compõem a tradição das ARCADAS, nossa “ALMA MATER”, despeço-me cordialmente. Ministro Celso de Mello - Superior Tribunal Federal.”
Ministro Celso de Mello - Superior Tribunal Federal.

“Prezado Dr. Delmanto. Muito agradeço a cortesia de me haver enviado o livro “História da Vitória Política Paulista”. Já havendo tido tempo de um primeiro exame da obra, aproveito para manifestar a minha apreciação. Parabéns pela qualidade do trabalho e pelo espírito patriótico que o move .Com a manifestação de minha estima e consideração, subscrevo-me, Cordialmente. Manoel Gonçalves Ferreira Filho. Professor Titular (aposentado) de Direito Constitucional da Faculdade de Direito/USP, ex-Diretor da Faculdade de Direito/USP e ex-Vice-Governador do Estado de São Paulo.”
Prof. Manoel Gonçalves Ferreira Filho

“Caro Delmanto. Após seu amável e-mail recebi com grande satisfação o seu livro “História da Vitória Política Paulista – 1934”. Além da excelência do importante conteúdo histórico a sua preocupação com a construção da democracia brasileira é extremamente reconfortante por vir a saber que ainda existem paulistas com essa preocupação. Comungo desses pensamentos mas muitas vezes me sinto meio quixotesco. Nas minhas andanças por aí percebo que existem várias pessoas que teriam muito a contribuir porém não o fazem. A necessária e imprescindível organização da sociedade civil para auxiliar os governos a conduzir o processo de desenvolvimento, visto que eles ainda são absolutamente necessários porém não mais suficientes. Uma primeira dificuldade é que não estamos produzindo mais estadistas; a visão dos nossos políticos não vai além de quatro anos. A outra reside no fato que daqueles que poderiam e deveriam participar, metade é funcionário público e a outra metade vive às custas do governo: sobram muitos poucos com a independência necessária para esse mister. Da minha parte continuo acreditando e sempre que possível coloco o meu modesto tijolo nessa imensa construção.Aceite o meu abraço. Júlio Cerqueira César Neto. Professor de Hidráulica (aposentado) da Escola Politécnica da USP, Presidente da Fundação Agência Bacia Hidrográfica do Alto Tietê-Região Metropolitana de São Paulo, ex-Coordenador de Serviços Hídricos do Estado (1976), Diretor Planejamento do DAEE (1983, Membro do Conselho Superior de Meio Ambiente da FIESP.”
Prof. Júlio Cerqueira César Neto

“Caro Confrade Armando Moraes Delmanto. Recebi o “História da Vitória” horas atrás. Já li. Tão interessante, rico de informações, atual e histórico é o que percebi. Tomei várias notas para enriquecer o “Achegas” se houver – comigo- reedições. Fazer História é isso: Coletar a semeadura geral. Por exemplo: os episódios da indústria/loja/Hospital dos Delmanto, votações, cardosismo aí e na área nacional, ensino (Escola Profissional) ganharam espaço nas notas. Mas, confesso, o exemplar que me veio trouxe um exagero que o faz proibido de exibição: a dedicatória. Parabéns a São Paulo, ao ideal democrático, a tantos vultos ilustres e ao ilustre autor. Abraço forte e grato. Hernâni Donato. Escritor, Membro da Academia Paulista de Letras – APL e ex-presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.” Caro confrade Armando Delmanto. Muito obrigado pelo sábado (dia 20) que me proporcionou. É que reli todo seu livro sobre a “vitória paulista” em 32 e até... o futuro. A pesquisa e a exata, convincente e leve exposição da mesma, entusiasma e agrada. Rendeu-me várias anotações (além daquelas feitas na 1ª leitura). É livro que merece mais que a minha estante. Peço-lhe licença para ofertá-lo à Biblioteca do Centro Sobrigador da Revolução Constitucionalista que leva o meu nome no setor Lapa do MMDC. Parabéns, Hernâni Donato” (22/03/2010).
Hernâni Donato - Membro da Academia Paulista de Letras – APL

“De há muito não nos vemos nem nos falamos, por circunstâncias, quem sabe, fortuitas. Recebi seu belo livro “História da Vitória Política Paulista – 1934” e vou lê-lo com as recordações da infância, sobre a Revolução Paulista de 1932. Minha mãe era de Itapetininga e seus pais, vizinhos de Fernando Prestes, de quem eram compadres. Durante a revolução, grande parte da família se envolveu na luta pela nova Constituição. Meus pais doaram as alianças matrimoniais de ouro e passaram a usá-las de metal prateado. Meu tio, médico cirurgião e professor catedrático da Veterinária da USP, foi médico particular de Júlio Prestes. Em casa, aprendi a ser democrata e antigetulista. E, 1937, meu pai era vereador em Conchas e foi cassado pelo Getúlio. Muito lhe agradeço o envio do livro e dos números da revista Peabiru, estas no decorrer de 2009. Tenho certeza de que, com essa publicação, você vai contribuir e muito para esclarecimentos quiçá obscuros, de um período grandioso da gente paulista. Parabéns e obrigado mais uma vez. José Celso Soares Vieira. Professor, Musicista e Presidente Emérito da Academia Botucatuense de Letras – ABL”.
José Celso Soares Vieira - Presidente Emérito da Academia Botucatuense de Letras – ABL

“Caro Armando, Recebi seu “História da Vitória Política Paulista – 1934”. Ainda não li, mas pretendo fazê-lo brevemente pois, além de tudo, trata-se de assunto que muito me toca. Não conheço obra similar; todas abordam o assunto no contexto de outros eventos, como a própria revolução constitucionalista de 32 ou até como intróito à Constituição de 34. Cumprimento-o pela obra, agradeço-lhe pelo gentil envio e pela bondosa dedicatória. Forte abraço. Walter Paschoalick Catherino. Advogado ex-vereador de Botucatu e Executivo da Administração Indireta do Estado.”
Walter Paschoalick Catherino - Advogado

"Ao jovem amigo Armando M. Delmanto cumprimento cordialmente, agradeço a remessa de "A Juventude: participação ou omissão" e formulo meus melhores votos para o prosseguimento de sua carreira de jornalista e de escritor preocupado com os problemas dos jovens de nosso país. Lucas Nogueira Garcez — Ex-Governador do Estado de São Paulo e Presidente do Diretório Regional da Arena. S.P. 22/08/70".
Lucas Nogueira Garcez — Ex-Governador do Estado de São Paulo

“Amigo Armando. Recebi sua última obra literária “História da Vitória Política Paulista”, gentilmente a mim enviada por você. Parabéns pelo lançamento, aliás muito oportuno, nesta fase política que vive nosso Brasil. Atravessamos uma época negra para a política, pois não há mais respeito às coisas públicas, excesso e desmandos nos gastos públicos, com um único objetivo: permanência no cargo e a manutenção do poder, desprezando os interesses coletivos, usando dos mais torpes golpes morais e econômicos. Essas atitudes fazem com que os jovens fiquem descrentes da política, se afastando cada vez mais do acompanhamento das atitudes de nossos representantes, que abusam dos poderes que lhes foram outorgados, usando de seus mandatos para interesses pessoais, não existindo mais o interesse pelo bem da nação, respeito a filosofia e diretrizes dos partidos, com trocas de legendas, como se tenha sido eleito baseado unicamente pelos seus valores pessoais e não em parte pelos ideais pregados pelos seus partidos. Ao ler o seu livro, resgata-se o idealismo, a luta pela democracia, e o interesse de todos para a manutenção da ordem pública e respeito a legislação. Parabéns mais uma vez, e tenho esperança que os brasileiros acordem, e voltem a lutar pela real democracia, com brasilidade e respeito a coisa pública. Atenciosamente. Fulvio José Chiaradia. Economista, Empresário e Escritor.”
Fulvio José Chiaradia - Empresário

“Antes de tudo, um forte abraço. Sem encontro no tempo, desencontrados no espaço, felizmente presentes na tela mágica da memória. Admirei-me de sua rica produção intelectual, centrada na objetividade da história da nossa Botucatu. Antes que me esqueça: os Partidos Rivais (PRP e PD) festejaram a Chapa Única com grande comício na antiga praça do Espéria (de antigo cinema da rede Peduti, desativado em razão de incêndio). Em nome da juventude discursou Rivaldo Assis Cintra, então cursando o 2º ano do Ginásio Diocesano N.S. de Lourdes. Ficaria muito contente se esse importante (para mim) acontecimento figurasse em sua mais recente obra...” Rivaldo de Assis Cintra. Advogado.”
Rivaldo de Assis Cintra - Advogado

“Caro amigo Delmanto, Recebi e agradeço muito o envio do seu livro HISTÓRIA DA VITÓRIA POLÍTICA PAULISTA 1934. Já o incorporei a minha biblioteca paulista. Parabéns pelo trabalho. Do amigo sempre às ordens. Gilberto Fernando Tenor. Presidente de Honra do Club Philatelico Sorocabano, Secretário da Federação das Entidades Filatélicas do Estado de São Paulo e Membro da Academia Sorocabana de Letras”.
Gilberto Fernando Tenor - Academia Sorocabana de Letras

“A Juventude: participação ou omissão”: Com 118 páginas, o livro traz os principais artigos publicados na coluna diária “A Juventude”, no prestigioso jornal da Capital, “Diário Comércio & Indústria”. Foi durante o ano de 1969 essa experiência jornalística de escrever diariamente temas do dia a dia, reivindicações dos jovens, busca de espaço político, análise dos grandes acontecimentos políticos do mundo, etc. Ao publicar os principais artigos escritos, sempre se busca os temas referenciais, ou seja, busca-se colocar a atividade jornalística como uma formadora de opiniões, uma delineadora de rumos, uma crítica construtiva a favor do aperfeiçoamento da cidadania... Com o livro “A Juventude: participação ou omissão”, foi assim. Nos dizeres escritos na contra-capa, todo o perfil do livro: “A juventude, hoje e urgentemente, tem que se compenetrar de que é a equação e a solução de toda uma problemática. Somente a juventude pode, sem o niilismo da esquerda e a inércia da direita, realizar a missão de soerguimento moral e estrutural da Nação Brasileira, até agora preterido pela ausência e inconseqüência da própria juventude...”AD. Na apresentação do livro, o Prof. Francisco Carlos Sodero, professor de português do Colégio Dante Alighieri, escreu: “O jovem Armando Moraes Delmanto reúne, em livro, uma série de artigos publicados na imprensa paulistana, através do “Diário Comércio & Indústria”. Todos eles pertencem à seqüência “A Juventude”, o que já de início revela suas tendências, suas preocupações, sua problemática. Desarvorada, em grande parte, no mundo todo; guiada por falsos líderes, repetidores de “slogans” insignificativos, a juventude de nossos dias revoluteia pelas praças públicas, à procura de algo que lhe sacie a sede e a fome de verdade e de substância. Suas mais generosas energias, desperdiçam-nas em passeatas reivindicatórias de ninharias, de nugas anódinas. Armando Moraes Delmanto, desde 1963, fundando o “Tribuna do Estudante”, em Botucatu, vislumbrava a necessidade de uma orientação sadia, no sentido de democraticamente satisfatória, para os jovens de sua geração, e, desde essa oportunidade, não esmoreceu. Pelo contrário, ano a ano vem desenvolvendo suas atividades no sentido de procurar a solução dos problemas da juventude, sem o que não haveria base para a estruturação de um pensamento...” E no prefácio, escrito pelo jornalista Paulo Zingg, Presidente da API - Associação Paulista de Imprensa, o retrato da mensagem jovem do livro: “Neste livro, coletânea de artigos escritos em jornais, Armando Moraes Delmanto apresenta o seu depoimento de jovem sobre a juventude. Autêntico, vivido, real, sincero e brasileiro. Não é um alienado, adotando teorias que não encontram guarida nos seus países de origem, nem aceitando valores estranhos para a solução de nossos problemas. Porta-voz de uma geração, homem do interior com vivência política, universitário, Delmanto é, acima de tudo, um revolucionário capaz de mudar de atitude em face dos problemas, como diria Alberto Tôrres, para equacionar os desafios nacionais nas grandes linhas da modernização, da revolução tecnológica e da indispensável democratização da sociedade. E de apontar à juventude os grandes rumos, de desfraldar as grandes bandeiras e de rasgar os grandes horizontes...”
"A JUVENTUDE: PARTICIPAÇÃO OU OMISSÃO" – edição de 1970:

"A Juventude: participação ou omissão”. Querido Armando — Obrigado. Parabéns — Parece um sonho. Mas é uma realidade. O menino de ontem, o jovem de hoje, o homem de amanhã! Parabéns! Continue. Gratíssimo. O Senhor o ilumine e lhe dê coragem sempre. Seu velho amigo arcebispo. Frei Henrique Golland Trindade. Btu. 29/09/70”.
Dom Frei Henrique Golland Trindade - Arcebispo Metropolitano de Botucatu

"Prezado Armando. Ao meu ex-aluno e hoje amigo agradeço as provas de consideração e respeito que tem me dado enviando-me regularmente o "Vanguarda" e agora o seu livro "A Juventude: participação ou omissão". Como professora sinto-me plenamente realizada diante do que você está fazendo pelos jovens, pelo Brasil e pela humanidade. Embora tenha contribuído com multo pouco para sua formação, um ano somente, muito me envaideço de tê-lo na conta de meus ex-alunos Que este entusiasmo jovem e sadio contagie os bons e os leve a grandes empreendimentos para o bem da humanidade, grandeza de nossa Pátria e orgulho de nós, os velhos, que participamos dos seus ideais. Com toda admiração, os meus agradecimentos. Profa.Jair Conti. Btu. 21/06/70".
Profa.Jair Conti

“O botucatuense e acadêmico Dr. Armando Delmanto é um sincero e fiel minerador da nossa crônica histórica. Este terceiro volume de sua obra inteiramente dedicada a Botucatu é uma coletânea de “Memórias” que ele reuniu através da pesquisa nos arquivos os mais remotos à atualidade mais recente, fazendo do aparente anacronismo destas páginas um canto de amor telúrico, momento aprazível ao Leitor também apaixonado desta terra e de sua gente. Desfilam aqui, como num retrospecto saudosista figuras, fatos, conquistas, acontecimentos passados, contemporâneos, atuais que reavivam na memória de todos, lances verdadeiramente heróicos que muito dizem de nosso povo, da nossa riqueza, da nossa cultura, enfim, da nossa história. ´É um esforço nobre do Autor que através das personagens, dos fatos relatados, das épocas citadas nos oferece um pouco da nossa vida social, da Política, do nosso Desenvolvimento, da Educação e do nosso Progresso...” (Prefácio/Elda Moscogliato/1990)
Comentários sobre os outros livros de Delmanto - "TRILOGIAS DAS MEMÓRIAS DE BOTUCATU" (3 volumes) - "Memórias de Botucatu I"- 1ª. edição-19

“É verdade que tenha sido bastante citado em razão do livro “Achegas para a História de Botucatu”. De agora em diante terei que citar, em certas oportunidades, o Armando Delmanto de “Memórias de Botucatu”. Valiosas as suas pesquisas. Quero confiar que elas não se limitem ao agora publicado mas que se ampliem em assuntos e se aprofundem na meticulosidade apresentada. Quanto à forma, há muito é sabido ser você um – senão o – mais correto manipulador do nosso castigado idioma. Fui a uma reunião do CEHIS – Centro de Estudos Históricos e o presidente fez a apresentação do seu livro. Fui à reunião da Academia Paulista de Letras e o Diretor Bibliotecário fez o mesmo. Já se vê que também a distribuição está funcionando bem. Leve, por favor, meus cumprimentos ao capista.” (escritor Hernâni Donato-Membro da Academia Paulista de Letras e ex-Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo/Jornal de Botucatu/22/06/1990).
Hernâni Donato - Academia Paulista de Letras

“É sempre grato lermos algo que nos conduza ao passado e ao presente de nossa terra natal. Tudo isso alicerça o futuro e a nós cumpre alertar as gerações que estão nos sucedendo, que devem receber o bastão a fim de que a memória de nossa terra – muitas vezes omissa e distorcida – possa ser preservada para todo o sempre. Você está contribuindo com seu livro para esse trabalho. Nossos parabéns.” (Prof. Oswaldo Minicucci/Jornal de Botucatu/22/06/1990).
Prof. Oswaldo Minicucci

“Ignorava as origens, as raízes de Botucatu e o alentado depoimento esclareceu-me muitas dúvidas sobre os ciclos que o destino traçou. Não obstante eu não ser filho desta cidade, aqui radicado muito a estimo. Não se pode ficar indiferente ao solo em que vivemos, pois dele recebemos os haustos que retemperam a vida. Analisei todos os seus detalhes e francamente apenas um gigante e dinâmico trabalhador poderia produzir tão fecunda obra. O entusiástico abraço deste octogenário que ainda contempla o céu deste rincão, achando que a vida, apesar de seus percalços, traz intensas alegrias...” (Paschoal Laurival De Luca(Nenê De Luca)/Jornal de Botucatu/22/06/1990).
Paschoal Laurival De Luca (Nenê De Luca)

“Memórias de Botucatu 2”- edição de 1993: “Li “Memórias de Botucatu 2” de ponta a ponta, com muito prazer e proveito. Sou dos que gostam do gênero desses seus trabalhos. No caso particular, por se tratar de Botucatu e envolver instituições e pessoas que me mereceram sempre a maior consideração. Muitos personagens destas suas memórias foram ou ainda são de meu relacionamento e estima pessoal. Cumprimento-o por mais este serviço prestado à memória de Botucatu, que diz respeito à memória de São Paulo e do Brasil, com o mérito de fazer justiça, mantendo no coração do povo personalidade, vida e obra de cidadãos prestantes, a serviço do bem comum. Agradeço-lhe as citações de meu nome, como Secretário de Estado da Educação, no Governo Carvalho Pinto, ligado, assim, através da criação da Faculdade de Medicina, à sua terra e à sua gente, na qual contei, desde a adolescência, como conto ainda, com amigos de sempre. Fraterno abraço solidário do, Sólon Borges dos Reis (Vice-Prefeito de São Paulo e Secretário Municipal da Educação, tendo sido Secretário Estadual da Educação na criação da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu – FCMBB/Jornal de Botucatu/06/10/1993).).
Prof. Sólon Borges dos Reis (Vice-Prefeito de São Paulo)

“Recebi sua publicação sobre a nossa terra e agradeço-lhe a lembrança. A bi-memória de Botucatu, original e estética sem se descuidar dos aspectos tecnocientíficos, revela o seu talento literário, marcado desde os anos escolares, dos quais fomos participantes, como professor. Botucatu é uma cidade sui-generis, atípica, na concepção freudiana, pois ela cativa, atrai, envolve, prende, vela, enfaixa e protege seus filhos, sem abafá-los. Você teve o condão de esquadrilhar a sua história nos escaninhos da antropologia social e vivência humana. Está você compondo o tabuleiro rico e colorido, emotivo e emoldurado, das estórias da nossa História. Parabéns e esperamos o tri.” (Prof. Agostinho Minicucci, educador e escritor/Jornal de Botucatu/06/10/1993)).
Prof. Agostinho Minicucci

“Recebi o seu delicioso “Memórias de Botucatu II” e devoreio-o em uma sentada. Nada mais posso dizer além do que já foi dito, faltariam-me adjetivos. Espero, para deleite de todos nós, que você não pare por aí. Parabéns! Afetuoso abraço.” (Dr. Sebastião de Almeida Pinto Filho/Jornal de Botucatu/06/10/1993).
Dr. Sebastião de Almeida Pinto Filho

“Muito obrigado pelo exemplar do “Memórias de Botucatu 2”. Estava ansioso para lê-lo mais uma vez convocando esses vultos memoráveis. Um poder – e grande – aos que cultivam a História é o de poder fazer justiça...ao que estava esquecido. Principalmente aos que praticam essa História-cronicada em que você se desenvolve muito bem. Que fartura de informações, quantas ilações nos pequenos anúncios no “Jornal de Notícias” e na “Folha de Botucatu” que você reproduziu às págs. 78-1 e 78-2. Deu-se conta? Leio na crônica da Elda, na “A Gazeta” que me chega hoje, a morte de duas notáveis (e minhas professoras): dona Ziza e dona Eunice. Merecerão figurar no seu “Memórias 3”... Pág. 45: “Porquê a cidade, etc...”A verdade é que os líderes políticos e sociais, no 1º momento, gelaram o pedido da Faculdade de Medicina. Não acreditaram...Se a cidade queria uma Faculdade, pleiteariam a de Direito. Fácil, sem instalações, etc. Houve reunião no Gabinete do Emílio. Estudantes ( não guardei os nomes, 2 ou 3, o Faraldo, eu). Seria medicina ou nada...O Jânio ajudou e muito. Quando a idéia enraizou, os políticos acorreram. Isso é fato. Ainda vejo o Faraldo aos gritos! Falaremos mais. Obrigado. (Hernâni Donato - Membro da Academia Paulista de Letras e ex-Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo/Jornal de Botucatu/06/10/1993).
Hernâni Donato - Academia Paulista de Letras

“Recebi o exemplar do livro “Memórias de Botucatu 2”, de sua autoria, com sua gentil dedicatória. Quero agradecer a amabilidade de sua oferta, cumprimentá-lo pelo referido trabalho. À oportunidade peço que aceite minhas cordiais saudações.” (Antonio Ermírio de Moraes - Superintendente do Grupo Votorantim/Jornal de Botucatu/06/10/1993).
Antonio Ermírio de Moraes - Empresário

“Recebi o exemplar do livro “Memórias de Botucatu 2” que teve a gentileza de me enviar, bem como sua amável referência ao meu avô Comendador Pereira Ignácio. Grato por sua atenção, aceite meus cumprimentos e votos de muito sucesso. Atenciosamente. José Ermírio de Moraes Filho (Presidente do Grupo Votorantim).
José Ermírio de Moraes Filho - Empresário

“Muito agradecido por sua carta e pelos 2 volumes de Memórias de Botucatu. Vou ler esta obra com interesse...Estou lhe remetendo, em anexo, o livro “Contribuição para a História da Ciência no Brasil”, no qual reuni vários artigos, a maioria publicados em “O Estado de S. Paulo”. Agradecendo as referências de especial apreço a meu pai em sua carta e em seus livros, subscrevo-me atenciosamente, Osvaldo Vital Brazil (filho de Vital Brazil).
Osvaldo Vital Brazil - Cientista

“Estou encantado com o convívio de suas Memórias de Botucatu. Guardo de sua cidade a melhor das lembranças quando fui hóspede de Paganini e de Agnelo. Botucatu de Alcides Ferrari, Rafael Ferraz de Sampaio, Alceu Maynard de Araújo, Ibiapaba Martins, Francisco Marins, Hernâni Donato, Armando Delmanto e tantos outros amigos, é hoje poesia no coração do poeta. Ainda há pouco, recordava com Laudo Natel o encanto das noites de sua cidade e o carinho de sua gente. Um abraço muito grato do seu irmão em Arruda Camargo e Ibrahim Nobre. Paulo Bomfim (da Academia Paulista de Letras, considerado o Príncipe dos Poetas Brasileiros).
Paulo Bomfim - Academia Paulista de Letras

“Armando.Permita-me chamá-lo assim, porque você tem idade para ser meu filho. Gostei muito do livro “Memórias de Botucatu”. Lembrei-me de várias coisas e pessoas que você citou com tanta nitidez. A homenagem a meu pai, prestada nesse livro, deixou-me comovida e saudosa. Ele adorava Botucatu, não permitia que se falasse uma palavra que a prejudicasse. Tenho um neto estudando aí, Zootecnia. Parabéns pelo seu trabalho. Lourdes Ferrari Porchat (filha do Des. Alcides de Almeida Ferrari, Patrono do Fórum de Botucatu e ex.Presidente do Tribunal de Justiça do Estado).
Lourdes Ferrari Porchat

MOÇÃO DE CONGRATULAÇÕES “Apresentamos à Mesa, ouvido o Colendo Plenário “MOÇÃO DE CONGRATULAÇÕES E APLAUSOS” para com o escritor e advogado ARMANDO MORAES DELMANTO, pelo lançamento glorioso do livro “Memórias de Botucatu 2”, resgatando, mais uma vez, a memória de nossa cidade e eternizando a história de nosso povo. No livro “Memórias de Botucatu ” – volume 1 – Armando Moraes Delmanto aborda com profundidade e conhecimento a parte institucional de nossa cidade, porém, no volume 2, lançado no último dia 23 de julho, o talentoso escritor relata com riqueza de detalhes a história da Medicina de Botucatu, que é a grande responsável pelo desenvolvimento cultural e industrial do Município.” “de autoria do Presidente da Câmara Municipal de Botucatu, Vereador Fernando Carmoni e aprovado por unanimidade dos Senhores Vereadores/Jornal de Botucatu/06/10/1993).
MOÇÃO DE CONGRATULAÇÕES - Câmara Municipal de Botucatu

“...No primeiro volume das “Memórias”, o escritor abordou mais a parte institucional da cidade, como a origem do nome, do povo e das imigrações. O volume II é uma continuidade e procura abordar com riqueza de detalhes a história da medicina em Botucatu. ...O autor tenta mostrar que a medicina está diretamente ligada a Botucatu em cada etapa, em cada fase de sua história. Cita a UNESP, a Misericórdia Botucatuense, os principais Centros de Saúde e, principalmente, suas dificuldades para viabilizar sua implantação no município. Ele coloca essas instituições como sendo as grandes responsáveis pelo desenvolvimento cultural e industrial da cidade; e não se esquece de lembrar os nomes daqueles que trabalharam por essas conquistas. ...Para elaborar as mais de 200 páginas que são ilustradas com 34 fotos, Delmanto pesquisou durante três anos a medicina de Botucatu... ...O escritor, que faz das suas obras um universo de pesquisas, afirma que ainda há muito o que falar desta terra: “Muitos fatos marcantes ficaram sem registro, esquecidos no tempo. Isso dificulta as pesquisas. Por isso seria interessante que se criasse um arquivo histórico da cidade de Botucatu”, sugere.” (da reportagem especial do “Correio da Serra” (hoje, Diário da Serra), de autoria do jornalista Quico Cuter/Correio da Serra/18/07/1993.
Quico Cuter - Correio da Serra

“As razões sempre foram as mesmas: amor e prazer no que faz. Assim, há muitos anos que escrever virou uma das paixões obsessivas de Armando Moraes Delmanto. O primeiro livro aconteceu em 1970 – “A Juventude: participação ou omissão”. Vieram: “Crônicas da Minha Cidade”, em 1976, “Constituinte”, em 1981, “O Sonho não Acabou”, em 1988 e “Memórias de Botucatu” em 1990. No próximo dia 23, às 20 horas, no Centro Cultural, mais um: “Memórias de Botucatu 2”... Definitivamente o autor segue a vocação de Hernâni Donato, com o “Achegas para a História de Botucatu” e do saudoso Sebastião de Almeida Pinto, com “No Velho Botucatu”, que são verdadeiros cultos ao torrão natal...” (Renato Vieira de Melo, cronista e professor/Correio da Serra/18/07/1993).
Prof. Renato Vieira de Melo

“O tempo, na sua inexorável infinitude, marca a vida humana num compassar ininterrupto, e o homem, na sua complexa inteligência, tenta mensurá-lo, para sentir-lhe o perspassar contínuo. Situar-se perante ele, pois, é o sentir-se com envaidecida plenitude no mundo. Armando Delmanto, brilhante historiador das coisas do tempo de Botucatu, vem procurando resgatar fatos históricos de nomeada importância para a nossa vida cultural e, ao lançar, “Memórias de Botucatu 2”, transporta-nos para um passado de nossa gente que ajudou a construir o presente desta terra querida, numa perspectiva realística do futuro.” Prof. José Celso Soares Vieira – Presidente da Academia Botucatuense de Letras/Correio da Serra/18/07/1993.
José Celso Soares Vieira – Presidente da Academia Botucatuense de Letras

“O Armando Delmanto sempre se preocupou com as coisas de Botucatu. Desde o seu tempo de Ginásio Diocesano (hoje, La Salle), quando lançou a “Tribuna do Estudante”. Depois disso, muito tem feito para que o passado de Botucatu não se perca no esquecimento. Faz muito bem. É preciso que os que vierem saibam de nossa história. E é uma história rica de personagens e fatos. É uma história de heróis. Não de heróis que colocaram armas nas mãos, mas de heróis que enriqueceram nossa cultura e fizeram Botucatu respeitada e admirada. Parabéns, Armando! Botucatu precisa de gente como você. Botucatu precisa de pessoas que amem esta terra e não queiram vê-la esquecida. Que a rica memória de Botucatu fique mais enriquecida com suas palavras.” Bahige Fadel, educador, escritor e Membro da Academia Botucatuense de Letras/Correio da Serra/18/07/1993.
Prof. Bahige Fadel

“Armando Moraes Delmanto volta à carga com seu livro “Memórias de Botucatu 2”, para resgatar a história da gente botucatuense. Ao lado dos grandes nomes literários desta terra preocupados com o mister, Armando se destaca por sua vivacidade e leveza de estilo que a todos agrada. Oxalá sua obra atinja não apenas o público adulto – que já lhe é fiel – mas também a nossa juventude, tão carente de conhecimentos sobre sua própria terra. Que o sucesso desse lançamento lhe sirva de estímulo para outros tantos são meus sinceros votos.” José G. L. Lopes, educador, poeta e Membro da Academia Botucatuense de Letras/Correio da Serra/18/07/1993.
Prof. José Geraldo Luiz Lopes

“Sempre fui favorável ao ensino da história local e institucional em todos os níveis de ensino, pois não há como refletir sobre as experiências do passado, para bem conduzir o presente e prever situações futuras. É de conhecimento geral que o dr. Armando Delmanto irá lançar, em breve, novo e bem documentado estudo histórico local, enfocando episódios interessantes de Botucatu, hoje. Tal notícia não pode deixar de alegrar toda a comunidade botucatuense e de modo singular seus colegas da Academia Botucatuense de Letras, da qual o dr. Delmanto é membro atuante. Ao lhe antecipar meus parabéns, faço votos que o gesto do dr. Armando Delmanto – nova página aberta nos gloriosos capítulos elaborados pelos ilustres historiadores clássicos desta região – seja estímulo para novas pesquisas, descoberta de novos documentos e composição de novos estudos para sempre melhor conhecimento desta Pátria local, tão querida e amada.” Dom Vicente Marchetti Zioni – Arcebispo Emérito de Botucatu e Membro da Academia Botucatuense de Letras/Correio da Serra/18/07/1993.
Dom Vicente Marchetti Zioni – Arcebispo Emérito de Botucatu

“MEMÓRIAS DE BOTUCATU 3” – edição de 2000: “Retornei hoje a São Paulo depois de um descanso necessário. Cheguei no aniversário de São Paulo, com muita saudade de Botucatu. Na correspondência encontrei o presente de uma jóia – “Memórias de Botucatu III”. Corri os olhos ansioso e pude notar numa vista rápida que o livro deveria chamar-se “A Bíblia de Botucatu”. Ele é um misto de alta literatura, científica, histórica, modelo de pesquisa, calendário de projetos, antologia de vultos históricos, sociologia psicológica de um povo, poema de uma cidade, geografia comunitária, um projeto de História da Educação de Botucatu, enciclopédia de vultos históricos e, sem dúvida, o roteiro político da continuidade do progresso de uma cidade que nasceu com perfil de gigante para não ficar eternamente deitado. Você teve o dom de reunir séculos com estórias e histórias. Volto a dizer que o Delmanto é Botucatu, ou melhor, Botucatu é Delmanto. Preciso ler o “Memórias III” com mais vagar e sentimentos e essa leitura só pode ser feita na terra do Peabiru, isto é, a pátria do Delmanto. Agradeço-lhe, como sempre, as suas referências ao meu nome. Um abraço amigo do, Agostinho Minicucci, educador e escritor/ Almanaque Cultural de Botucatu/2000).
Prof. Agostinho Minicucci

“Começo melhor para o ano 2000 no campo histórico-cultural não poderíamos ter em Botucatu. Obrigado pelas “Memórias III”. Modo original de fazer História juntando o documento e a sua análise. Li-o, apenas retirado do envelope. Continue. Parece-me que mudaram o nome do aqüífero para Aqüífero MERCOSUL. É isso? E o “um inglês nascido em Botucatu”? Não se adiantou na pesquisa? O Paulo Henrique conseguiu algo? Na Inglaterra é que está a solução do enigma. Há décadas cheguei a esboçar um romance “A Fazenda” que não sendo a do Conde, seria aquela. O antigo editor Diaulas Riedel, menino-jovem passou ali férias de verão e com entusiasmo e minúcias, descreve-a. A Condessa, idosa, mantinha quiosque no Boi de Bologne no qual, no inverno, oferecia café brasileiro. De certo, da fazenda. Imagine escravos abrindo picada, do Porto Martins à fazenda e transportando ardósias francesas, veludos italianos, mudas de pinho de Riga, piano alemão para a casa sede. Boa tarefa será um volume – elaborado sem pressa – para a tal casa, a mais importante da região. Abraço, obrigado, Hernâni Donato, Membro da Academia Paulista de Letras e ex-Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo/Almanaque de Botucatu/2000.
Hernâni Donato - Academia Paulista de Letras

“Mal recebi e já mergulhei na leitura das “Memórias de Botucatu III”. Como sempre, você consegue aliar à pesquisa uma linguagem coloquial, o que torna a visão de nossa história ainda mais agradável e atraente. Fiquei emocionado com os detalhes da construção do nosso primeiro arranha-serra (bela expressão). As memórias do menino botucatuense misturam-se aos dados fornecidos pelo historiador. Como uma personagem do “Armacord”, também eu sempre imaginei a boate do Peabiru como palco de festas suntuosas e de encontros fortuitos. E, em minha cabeça, padres furibundos barravam o meu sonho felliniano. O Lawrence é material para novela! Que história mais fantástica. E fiquei comovido ao ver a foto da casa da Sra Leandro Dupré. Quero saborear cada página, pois sei que aprenderei muito com essa leitura. Mais uma vez você contribui, de forma incisiva, para que Botucatu não perca a sua identidade, e para que nós tenhamos muito orgulho desta cuesta.” Alcides Nogueira, escritor e dramaturgo/ Almanaque Cultural de Botucatu/2000.
Alcides Nogueira - Dramaturgo

“A Academia Botucatuense de Letras vem, através deste, congratular-se com V.Sa. pelo sucesso no lançamento do livro “Memórias de Botucatu III”, no início deste ano. Manter a história de nossa gente viva na memória dos mais velhos e fazê-la nascer na mente dos jovens é ato digno e louvável perante a Cultura. Continue sendo o elo entre o passado e o presente para manter vivo o futuro.” José Celso Soares Vieira – Presidente da Academia Botucatuense de Letras/ Almanaque Cultural de Botucatu/2000.
José Celso Soares Vieira – Presidente da Academia Botucatuense de Letras

“Agradeço a delicadeza do seu terceiro livro sobre “Memórias de Botucatu”. Meus parabéns. Comecei a lê-lo. Continue a usar sua pena, produzindo obras maravilhosas. Abençô-o.” Dom Antonio Maria Mucciolo – Arcebispo Metropolitano de Botucatu/Almanaque Cultural de Botucatu/2000.
Dom Antonio Maria Mucciolo – Arcebispo Metropolitano de Botucatu

O advogado Armando M. Delmanto lançou a CLT em tamanho menor para mais fácil e melhor manuseio, obtendo grande receptividade no meio jurídico. Organizador da “Consolidação das Leis do Trabalho”, da “Coleção de Leis Rideel” - Série Compacta, edições de 1996/97/98, proporcionou uma excelente e prática edição da CLT aos que militam na área jurídica e aos acadêmicos de direito em geral - 666 págs. - 1996/97/98.
CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – EDIÇÕES DE 1996/97/98

“As Leis Trabalhistas Se é verdade que no cenário jurídico do Brasil despontam valores expressivos, não menos verdade é a carência de livros práticos e objetivos, em que a didática assuma especial relevo, como elemento fundamental ao estudo e sistematização do Direito. Orientando sua intensa atividade intelectiva no sentido de fornecer aos advogados diretrizes que lhes possibilitem assimilação segura, o bacharel Armando Moraes Delmanto brinda-nos, em mais essa oportunidade, com obra inequivocamente valiosa, em que põe em prática seu espírito sensível e sua notável didática. Obra especial, dedicada antes de tudo aos acadêmicos de Direito e aos que militam na área jurídica, o livro CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) haverá, por certo, de alcançar magnífica receptividade, oferecendo inclusive, excelente subsídio a outras áreas como Administração de Empresas e Sindicalismo. O organizador da obra, Armando Delmanto, de tradicional família botucatuense, bacharel em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco da USP, sempre atuou, profissionalmente, na advocacia empresarial, especialmente na área trabalhista, o que motivou a Editora Rideel Ltda. a convidá-lo a organizar o referido trabalho jurídico. Esta obra é uma síntese atualizada de todo o Direito do Trabalho, já que o texto da CLT tem sofrido constantes alterações ao longo de sua existência. Soube o autor de “Memórias de Botucatu”, selecionar cuidadosamente a legislação inovadora. O dinamismo do autor possibilitou organizar um conteúdo jurídico de fácil consulta o que nos leva a crer que é obra fadada a grande sucesso, e que, por isso mesmo, facilitará a vida de universitários e profissionais liberais”. Olavo Pinheiro Godoy – Escritor e Presidente do Centro Cultural de Botucatu/revista Peabiru nº 08, de março/abril de 1998.
Olavo Pinheiro Godoy – Presidente do Centro Cultural de Botucatu

Coletânea de artigos publicados no jornal “Vanguarda de Botucatu” (1970/1980), de vários autores, sob a coordenação de Delmanto. O “Jornal Jovem para a Nova Botucatu”., era o lema do Vanguarda. Teve a colaboração de grandes personalidades de nossa cidade e revelou inúmeros jovens para o jornalismo e a literatura. Alcides Nogueira - conceituado dramaturgo - teve suas primeiras crônicas publicadas no jornal. Prefácio do escritor Francisco Marins - 83 págs. – 1988
"O SONHO NÃO ACABOU" – edição de 1988

“...Vanguarda, o periódico sobre o qual nos incumbe falar, apareceu em 1970, com um programa definido e, como toda obra de moços, a alardear vanguardismo, que nascia do próprio nome e da esperança dos jovens que a criavam. Enfatizou, desde logo, o seu propósito cultural e passou a colher e estimular crônicas, artigos, poesia e matéria literária, dando incentivo, também, a autores iniciantes. Procurava interpretar o espírito de uma geração e apontar caminhos. Feitura gráfica razoável para a época e até com duas cores de impressão. Textos artesanalmente trabalhados. Boa revisão. Alguns avanços de crítica político-social... Tudo isso fez que o milagre da sobrevivência se realizasse por uma década, quando o rol de novas publicações indica vida curtíssima para a maioria dos títulos. Armando Delmanto, idealizador e mola propulsora de Vanguarda, descendente de velho tronco de militantes da nossa imprensa e da vida política de nossa cidade como Dante, Aleixo, Antônio e Osmar, ao avaliar o desempenho daquele órgão, diz hoje, com o mesmo entusiasmo “o sonho não terminou”. Com coragem e fibra, Delmanto reafirma que valeu a pena lutar e que, mesmo sem barretadas à política partidária, é possível ir-se à frente, embora os nomes dos órgãos jornalísticos passem a ser outros. Nós porém, lembramo-nos da sentença latina: “Ad augusta – per angusta...” (do prefácio do livro, de autoria do escritor botucatuense Francisco Marins, Presidente Emérito da Academia Paulista de Letras).
Francisco Marins - Presidente Emérito da Academia Paulista de Letras

A abertura política brasileira começou a desenhar-se no ano de 1977, quando a resistência ao regime militar encontrou, mais uma vez, nas tradicionais Arcadas do Largo de São Francisco (Faculdade de Direito da USP) o seu grito de resistência. O lançamento da “Carta aos Brasileiros”, em agosto/77, cuja elaboração foi coordenada pelo Professor Goffredo da Silva Teles, defendia com intransigência a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte como única forma de sair do impasse político-institucional brasileiro. Esse importante documento foi assinado, em seu primeiro momento, por 93 juristas. Delmanto apos sua assinatura de apoio na sede do Centro Acadêmico XI de Agosto. O lançamento do livro “CONSTITUINTE – O Que Todo Brasileiro Deve Saber Sobre A Assembléia Nacional Constituinte”, em 1981, de autoria do advogado Armando Moraes Delmanto, obteve ampla cobertura da imprensa e representou um marco positivo na divulgação e explicação da CONSTITUINTE. Com prefácio do escritor Fernando Morais e com uma distribuição dirigida às principais lideranças políticas do país, o livro Constituinte foi um sucesso. Em seu prefácio intitulado “A Saída, Onde Está a Saída?”, Fernando Morais destacava: “Em meio à peregrinação que venho fazendo por incontáveis cidades do interior do Estado de São Paulo em defesa da convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, recebo como um prêmio – e como um estímulo – este convite do companheiro Armando Delmanto para prefaciar seu livro sobre o tema. O livro, estou certo, pode ser entendido desde já como mais uma poderosa contribuição à cruzada que os democratas brasileiros vêm sustentando em prol não de uma Constituinte, mas da Assembléia Nacional Constituinte, soberana e livremente eleita pelo povo. A obra se reveste de valor especial quando se sabe de que lavra vem, Armando Delmanto é um combativo político de Botucatu, em São Paulo, um jovem que publicamente se recusou a compactuar com a corrupção que corrói as tripas desta país. Seu livro representa, sem dúvida, um importante esforço para divulgar, de maneira acessível e didática, sem os rebuscos elitistas da retórica, uma concepção coerente, democrática e popular de como reorganizar o Poder em nosso País, de modo a que este seja conduzido por seu legítimo soberano, o povo brasileiro...” No livro, Delmanto incorporou o texto da “Carta aos Brasileiros” para uma maior divulgação dos postulados do Estado de Direito. Da mesma forma e com o objetivo de ampliar os valores defendidos pela Constituinte, o autor também reproduziu, na íntegra, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, importantíssimo documento elaborado pelos representantes das Nações Democráticas, assinado em Paris em 10.12.1948.
"CONSTITUINTE: o que todo brasileiro deve saber sobre a Assembléia Nacional Constituinte"- edição de 1981

“Crítica feita no jornal Folha de São Paulo , de 03/05/81, sob o título “A Constituinte ao Alcance de Todos”, de autoria do jornalista e escritor Ricardo Kotscho: “Constituinte”, de Armando Moraes Delmanto (Edições Populares), mostra a necessidade da convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, livre e soberana, como única forma (pelo menos agora) de sepultar o regime autoritário implantado no Brasil há 17 anos. O principal objetivo do livro é apresentar a questão de forma simples e didática para que todo brasileiro possa discutir “essa tal de constituinte” de que tanto se fala. Delmanto não coloca a Constituinte como a solução para todos os problemas brasileiros , mas dá ênfase à prioridade da sua convocação como instrumento para ampliar a liberdade de organização em todos os níveis. Mostra, também, como seria um poder legitimamente constituído.R.K.”
Ricardo Kotscho - Crítico do jornal "Folha de São Paulo"

“Cumprimentos sua lúcida e erudita obra “Constituinte”. Li atentamente com real proveito. Do admirador reconhecido pelas palavras de estímulo”. Deputado Ulisses Guimarães em 29/05/81 (Presidente Nacional do PMDB e, posteriormente, presidente da Assembléia Nacional Constituinte/88).
Deputado Federal Ulisses Guimarães - Presidente da Assembléia Nacional Constituinte/88

“Por iniciativa do Deputado José Yunes, a Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou, por unanimidade, um requerimento de saudação à Armando Moraes Delmanto. Referindo-se à obra, em certa parte o requerimento destaca: “Com rara felicidade, aponta o autor o contraste existente em nossa sociedade através do distanciamento econômico-social enorme que há entre seus membros, distanciamento este, aliás, que começa a ganhar proporções alarmantes. Apregoa por fim, o diligente vereador de Botucatu, a necessidade da convocação de uma Constituinte para, através da manifestação do Poder Soberano, ser reformulada a Ordem Jurídica, Econômica e Social Brasileira...”
Deputado Estadual José Yunes

“Li, com crescente entusiasmo, a sua obra “Constituinte”, que recebi com sua atenciosa dedicatória. Não posso, por um dever de justiça, deixar de apresentar-lhe meus cumprimentos pelo excelente trabalho, didático, enxuto, mas que traz espelhado o brilho de sua cultura e o vigor de seu idealismo em defesa da causa de toda a Nação Brasileira, que clama pelo restabelecimento pleno de seus direitos e de suas garantias sociais através de uma Assembléia Nacional Constituinte. Esse é o caminho que todos nós buscamos e o seu trabalho representa uma valiosa e patriótica contribuição para a conscientização popular. Parabéns!” Deputado Luiz Máximo- líder da Bancada do PMDB na Assembléia Legislativa. S.P. 29/04/81.( ao depois , no PSDB ,elegeu-se presidente da Assembléia Legislativa Paulista).”
Deputado Estadual Luiz Máximo

“Recebi seu excelente e significativo trabalho sobre Constituinte. Louvo obra e agradeço sua amável dedicatória cumprimentando bravo, coerente e consciente estudioso. Abraços.” Senador Pedro Simon- PMDB (posteriormente, governador do Rio Grande do Sul).”
Senador Pedro Simon

“Agradeço prezado companheiro envio excelente livro “Constituinte”. Muito didático e, creio, contribuirá para a cruzada da Constituinte. Saudações.” Deputado Alceu Collares, líder do PDT.(ao depois, prefeito de Porto Alegre).”
Deputado Federal Alceu Collares

“Ao prezado amigo e colega Dr. Armando Delmanto, acusando o recebimento de seu trabalho intitulado “Constituinte”, agradeço essa lembrança amável, bem como a gentil dedicatória, felicitando por mais esta publicação, prova incontestável da sua inteligência fértil e capaz. Com um abraço do Manoel Pedro Pimentel – Professor Catedrático da Faculdade de Direito da USP (ex-Secretário da Justiça e da Segurança Pública do Estado)”
Prof. Manoel Pedro Pimentel

“Armando. Li, de um só fôlego, o seu “Constituinte”. A identidade de idéias é tal, que me parecia tê-lo escrito. Não sei o que Deus me reserva, mas se chegar ao Governo, irei buscá-lo, sem escusas. No opúsculo está tudo. Síntese magnífica! Disse-lhe - lembra-se ? – que há pouco sobre a matéria. É uma espécie de “O Capital”, do qual todos falam, mas...poucos leram... Assim, é a Constituinte! Parabéns. Você tem em mim um admirador incondicional. Do Jânio Quadros – 08.VI.1981.” “Armando. Nossa idéias se casam, e são fundamentais. E a Constituinte, por exemplo. Você não poderia mandar-me o opúsculo? A sugestão do “jornal” está aceita. Com o seguimento natural da nossa e da política externa. Eloá e eu mandamos um abraço, extensivo à família. Do Jânio Quadros – 12.X.1981”. (ex-Prefeito de São Paulo, ex-Governador de São Paulo e ex-Presidente da República).
Jânio Quadros - ex-Prefeito de São Paulo, ex-Governador de São Paulo e ex-Presidente da República

O livro é uma coletânea de crônicas referentes à cidade de Botucatu: sua gente, suas coisas, seus problemas, suas perspectivas... Publicadas no jornal “Vanguarda de Botucatu”, durante o ano de 1970 - 110 págs. – 1976. Faz uma abordagem das Instituições Sociais da cidade, além de dar destaque às grandes batalhas travadas pelo desenvolvimento e progresso de Botucatu.
"CRÔNICAS DA MINHA CIDADE" – o Livro de Botucatu – 1976

“Caro Delmanto: Foi com satisfação que recebi o livro de sua autoria “Crônicas da Minha Cidade”, Agradeço a sua amável lembrança e cumprimento-o pela feliz idéia. Cordialmente. Prof. Manoel Gonçalves Ferreira Filho – Vice Governador do Estado de São Paulo – (jornal “Vanguarda de Botucatu”/set./1976)”.
Prof. Manoel Gonçalves Ferreira Filho – Vice Governador do Estado de São Paulo

“Armando: - Você comprova a expectativas que eu tinha a seu respeito como estudante: - dinâmico, realizador e democrata até à medula. Você tem o vírus da democracia, célula por célula. É uma herança, sem dúvida. Desde aquela monografia que você fez, no lº Colegial, e o lançamento do jornalzinho, senti, como diria Castro Alves, o despertar de uma vocação. Li o seu livro, reli, li de novo. Magnífico. Fui-me encontrar numa apresentação da qual ignorava a existência. Recompus-me num passado de recordação. Bravos. Pra frente! Prof. Agostinho Minicucci (jornal “Vanguarda de Botucatu/set./1976)".
Prof. Agostinho Minicucci

"Caro Armando Delmanto: Muito grato pela remessa de um exemplar do seu livro "Crônicas da minha Cidade". Afora o valor da obra qual mensagem de jornalismo, encontro nele abundância do ingrediente que sempre me emociona: o amor à terra natal. Principalmente em alguém que a deixou fisicamente mas permanece jungido a ela pelo coração. Grato também por me ter feito participar do seu livro mediante a transcrição de um escrito inteiramente despretencioso e desvalioso. Com os votos de sucesso, o abraço do Hernâni Donato (jornal “Vanguarda de Botucatu/set./1976)".
Hernâni Donato - Academia Paulista de Letras

"Caro Armando. Retornando de viagem, encontrei o seu livro "Crônicas da Minha Cidade". Em meu nome e no de Ruth agradeço a gentileza da dedicatória e faço votos para que você prossiga de vitória em vitória na sua curta, mas já tão expressiva existência como jornalista e homem voltado para a causa pública. Milton Mariano (jornal “Vanguarda de Botucatu/set./1976)".
Milton Mariano

“Ao prezado colega Armando Delmanto, muito agradeço a remessa das saborosas "Crônicas", que estou lendo com crescente interesse, bem como a amabilíssima dedicatória. Prossiga! Abraça-o o Antonio Chaves – Prof. Catedrático de Direito Civil da Faculdade de Direito da ÜSP (jornal “Vanguarda de Botucatu”/set./1976)".
Prof. Antonio Chaves

"Meu Caro Delmanto. Não foi surpresa nenhuma verificar quão agradável é a leitura de suas "Crônicas da Minha Cidade", que me enviou. Já naqueles saudosos tempos em que trabalhavamos juntos pintavam os germes do escritor que agora vejo florescem com galhardia. Tenho a mais absoluta certeza de que logo nos brindará com outros excelentes trabalhos. Queira recomendar-me ao seu caro Pai. Abraços. Prof. Francisco Carlos Sodero. Presidência do Conselho Regional do SENAI - S. P. (jornal “Vanguarda de Botucatu”/set./1976)
Prof. Francisco Carlos Sodero

"Jovem e prezado amigo. Saúde e paz. Muito obrigado pelo envio de "Crônicas da Minha Cidade", que dá seqüência à "Juventude: participação ou omissão". Vejo, com alegria, que você persevera em sua carreira de jornalista e escritor preocupado com os problemas de sua geração e da vida comunitária da sua encantadora e dinâmica Botucatu. Gostei muito da fotografia que você reproduziu na contra-capa: - Antônio e Armando Delmanto, abraçados e sorridentes, companheiros de ideal e de luta no "Vanguarda de Botucatu": - duas gerações dos Delmanto servindo exemplarmente à sua terra e à sua gente. Parabéns, Armando! Prossiga, para contentamento de seus amigos e admiradores, entre os quais se inclui o Lucas Nogueira Garcez (ex-Governador do Estado de São Paulo)- jornal “Vanguarda de Botucatu”/set./1976)"
Lucas Nogueira Garcez - ex-Governador do Estado de São Paulo

 
     
 
 
 
Histórico da Academia Botucatuense de Letras - Parte 5

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PRESENÇA DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS

EM BOTUCATU

Comemorativa dos 100 anos da Academia Paulista de Letras -1909 / 2009

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Olavo Pinheiro Godoy: Escritor, Membro da ABL e Coordenador do trabalho

A Academia Paulista de Letras celebra, no dia 27 de novembro de 2009, o centésimo aniversário de sua fundação. O que parecia milagroso ao Dr. Joaquim José de Carvalho, nas palavras que então teceu, ou seja o êxito pleno da iniciativa, ousada para o tempo, confirma-se nessa longa existência , durante a qual a instituição tem crescido no apreço da intelectualidade paulista e do Brasil, através das realizações que a projetam As comemorações do Centenário da Academia Paulista de Letras confirmam a vivacidade e atuação efetiva desses amantes da literatura no cenário cultural do país. Idealizada por um grupo de escritores, jornalistas, profissionais liberais e homens públicos, a buscar o culto e a defesa da língua numa produção intelectual plena e variada.

A fundação da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, suscitou o surgimento de academias regionais em todo o País. A primeira no Estado de Pernambuco.

Em São Paulo, ao Dr. Joaquim José de Carvalho, à frente de uma campanha exaustiva, devem-se o empenho e a coordenação dos esforços que levaram à criação da Academia Paulista de Letras, da qual foi o primeiro Secretário Geral e Procurador.

Avançando pelas frestas dos anos, as vozes, que nos chegam hoje do passado, arregimentam como outrora os valores do seu tempo, proclamam aos contemporâneos e sucessores a certeza da permanência da arte, do livre curso do pensamento. Avançando pelas frestas dos anos, elas instalaram-se entre nós esta noite, como se legitimassem, outra vez mais, o sonho que inventaram naquela noite de novembro de 1909, quando,inaugurando a Academia Paulista de Letras, deram inicio a uma fascinante jornada do espírito paulista.

Voltada precipuamente para a Cultura da Língua Portuguesa e da Literatura Nacional, uma das mais prestigiadas instituições paulistas, pela categoria intelectual de seus membros e para longa e crescente atividade que vem desenvolvendo, sobretudo no respeito às tradição, sem a qual as organizações do gênero tem pouca probabilidade de sobrevivência.

Acolhendo valores de todo o estado, sem nenhuma discriminação ou preconceito, tendo em vista somente o merecimento literário dos seus associados, constitui a Academia um centro de confluência das forças espirituais criadoras, no qual se representa e simboliza a tendência regional que fortalece a unidade da alma paulista.

Sob o primado da imaginação e da língua, a Academia Paulista de Letras celebra neste 27 de novembro de 2009, junto às academias amigas, aos brasileiros e paulistas de todas as gerações, o seu Primeiro Centenário.

A idéia de uma sessão da Academia Paulista de Letras no interior de São Paulo, foi inspirada pelo espírito de iniciativa do escritor Francisco Marins. Fato inédito na história da Academia de São Paulo. Com efeito, não se pode deixar de louvar tão importante iniciativa.

Uma academia que, em 1909, e até os nossos dias, deixou transparecer, em diversas instancias, seu vigoroso propósito de devotar-se à intransigente defesa da língua portuguesa, à unidade literária de São Paulo e do Brasil.

Idealizada pelo Dr. J.J. de Carvalho, médico carioca, formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e que, no inicio de sua carreira clinicou na vizinha cidade de Avaré; esse facultativo, logo após sua mudança para a capital do Estado, iniciou movimento para a fundação da nobre Academia de Letras.

É - nos grato saber que o presidente da Academia Paulista de Letras, à época da solenidade em Botucatu, Dr. Israel Dias Novaes, era natural de Avaré. É preciso não esquecer que hoje Hernâni Donato e Francisco Marins representam Botucatu na Academia Paulista como representaram Maria José Dupré ( Sra. Leandro Dupré ), Ibiapaba Martins e Oracy Nogueira.

Participando dos instantes constitutivos da história paulista, os acadêmicos vieram com o intuito de incentivar o hábito da leitura. Ler é conversar com os sábios, dizia Bacon. Monteiro Lobato afirmava que um país se faz com homens e livros.

Botucatu é essencialmente uma cidade cultural, cuja vocação é forte na área literária. A atividade literária sempre foi intensa na cidade. Incentivamos a literatura porque Botucatu é uma cidade com forte tradição cultural. Talvez por isso, além de terra natal de escritores renomados Maria José Dupré, Alceu Maynard de Araújo e Ibiapaba Martins, Botucatu pode se orgulhar de ser berço de dois acadêmicos da Paulista de Letras, os escritores e historiadores, Hernâni Donato e Francisco Marins.

A Academia Botucatuense de Letras, fundada em 9 de julho de 1972, bem examinada nas suas origens constituiu-se também sob a inspiração da afinidade de sentimentos. Nasceu sob a égide da posse de um filho da terra - Hernâni Donato - na Paulista de Letras. É formada por membros de várias áreas profissionais, tais como professores, médicos, advogados, promotora, músicos, artista plástico, arquiteto e dois arcebispos. A Academia Botucatuense de Letras possui, em seu quadro, membros efetivos, honorários e correspondentes.

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Não constituirá exagero afirmar que, sob certos aspectos, no que concerne às suas raízes, ela decorre mais da geração boêmia que movimentou a Botucatu cultural dos anos 30 do que do grupo de altos espíritos que moldou a consolidação de seus estatutos.

 

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HONROSA PRESENÇA

Pela primeira vez na história cultural da cidade Botucatu é recebida a visita da mais famosa instituição cultural de nosso Estado - a Academia Paulista de Letras - fundada em 1909 - e na qual figuram através dos anos nomes dos mais importantes da vida política e das letras: Alcântara Machado, Guilherme de Almeida, Mario de Andrade, Monteiro Lobato, Menotti Del Picchia, Mario Donato.

Foi marcante também a participação da entidade no maior movimento cultural do país, a Semana de Arte Moderna de 1922 e, também na Revolução Constitucionalista Paulista de 1932. Numerosos acadêmicos como Ibrahim Nobre, Cesar Salgado, Honório de Sylos, Miguel Reale, Guilherme de Almeida participaram daquela epopéia.

Nas ultimas décadas a Academia tem acolhido entre seus 40 membros os mais distinguidos escritores, jornalistas, ensaístas e poetas de São Paulo.

Botucatu teve marcante participação na Academia e é das cidades de nosso interior talvez a que em maior número de membros efetivos participou ativamente dessa entidade.

Lembram-se os nomes de Alceu Maynard Araújo, Ibiapaba Martins, Oracy Nogueira e, atualmente, Hernâni Donato e Francisco Marins. Este último foi Presidente da entidade por dois períodos. O atual Presidente da Academia - Israel Dias Novaes, nascido em Avaré, viveu por longo período em Botucatu onde fez seus estudos ginasiais e Célio Debes tem aqui laços familiares.

Por todas essas razões e por estarem os acadêmicos paulistas participando da campanha pela vinda da Reitoria, através de Miguel Reale, Crodowaldo Pavan, IvesGandra da Silva Martins e outros, a vinda da Academia Paulista de Letras se torna um momento de glória para a cidade.

Na reunião conjunta que se deu no Teatro Municipal às 17 horas, do dia 29 de março de 2001, foram tratados temas importantes da cultura, ligados à educação, à formação do hábito de ler e à divulgação do livro entre a juventude.

ESCRITORES VISITAM

O CLUBE TAQUARA-POCA

Os acadêmicos paulistas foram recebidos pela manhã no Clubinho Taquara-Póca, pelos personagens dos livros infanto-juvenis da série literária do mesmo nome. O Grupo Chafariz de Teatro fez breve apresentação dos textos adaptados por Solange Rivas, da obra de Francisco Marins.

Após a visita, os acadêmicos foram recepcionados na casa de Elvira e Francisco Marins.

BANDA CEPRA TOCA PARA MEMBROS DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS

A UNIFAC-CEPRA teve uma participação significativa na Sessão Magna que reuniu a Academia Paulista de Letras e a Academia Botucatuense de Letras. A Instituição de ensino, além de ter dado todo o suporte de mídia ao evento, patrocinando a divulgação da sessão magna que reuniu em Botucatu os principais escritores de São Paulo, também fez questão de estar, ao vivo, homenageando os convidados ilustres que a cidade recebeu.

Os 35 componentes da Banda do Cepra - Centro Educacional Reinaldo Anderlini - participaram da recepção aos acadêmicos em frente ao Espaço Convivium, e também na chegada ao teatro Municipal Camilo Fernandez Dinucci.

Os estudantes conseguiram emocionar até mesmo a consagrada escritora Lígia Fagundes Telles, que afirmou ter " recordado seus tempos de infância" enquanto ouvia a apresentação da banda.

O escritor Francisco Marins também fez questão de ressaltar o apoio recebido da escola botucatuense. " Foram poucas as entidades que nos apoiaram neste evento histórico. E a UNIFAC-CEPRA merece o nosso obrigado,de público, pela colaboração e o apoio que ajudou a tornar este momento possível", disse o escritor a respeito.

Para a mantenedora da escola Cecília Anderlini, o que a instituição fez foi apenas honrar a memória de seu fundador, professor Reinaldo Anderlini, que sempre dizia: "Tudo o que puder farei para o engrandecimento cultural de Botucatu".

ACADÊMICO RECEBE A CHAVE DA CIDADE

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Por volta das 16 horas do dia 29 de março de 2001, os acadêmicos da Academia Paulista de Letras foram recebidos no Espaço Cultural "Convivium", então sede da Academia Botucatuense de Letras, pela Banda Marcial da UNIFAC/CEPRA. No local o Secretário Geral da APL, Erwin Theodor recebeu as chaves da cidade das mãos do então Vice Prefeito de Botucatu, Valdemar Pereira de Pinho. Após detalhada visita à biblioteca daquela entidade cultural os convidados dirigiram-se ao Teatro Municipal "Camilo Fernandez Dinucci" para a realização da Sessão Magna conjunta com a ABL. Evento que marcou as festividades do aniversário de Botucatu.

 

A SESSÃO CONJUNTA DA ABL E APL FOI UM SUCESSO

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Às vésperas do aniversário de Botucatu ( 14 de Abril ) e abrindo as festividades que comemoram a data, a cidade das "boas escolas" recebeu um presente de grande valor cultural e histórico: a visita especial e única de personalidades da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS, elementos representativos da cultura brasileira que, juntamente com a ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS, realizaram memorável sessão magna no Teatro Municipal "Camilo Fernandes Dinucci", no último dia 29 de março de 2001.

Na ocasião, estiveram presentes, além do corpo acadêmico da Academia Botucatuense de Letras e autoridades locais, os acadêmicos paulistas professor Miguel Reale, Erwin Theodor Rosenthal - Secretário Geral representando o Presidente da Academia Paulista de Letras, Israel Dias Novaes, Célio Debes - 1º Secretário da Academia Paulista, e Senhora, Benedito Ferri de Barros, o poeta Sólon Borges dos Reis, Anna Maria Martins, Crodowaldo Pavan, Cyro Pimentel e Senhora, Fábio Lucas, Geraldo Pinto Rodrigues, Hernâni Donato e Senhora, João de Scantimburgo e a escritora Ligia Fagundes Telles, Nilo Scalco e Senhora, Paulo José da Costa Jr. e Senhora, Francisco Marins e Elvira Bandeira de Mello Marins e a bibliotecária Maria Luiza.

A sessão que durou cerca de três horas foi dirigida pelo Presidente da ABL, José Celso Soares Vieira e secretariada pela acadêmica profa. Carmem Silvia Martin Guimarães, tendo começado com uma emocionada leitura, por Hernâni Donato, de uma poesia do acadêmico Paulo Bomfim, que não pode estar presente na solenidade :

O então Presidente da Academia Paulista de Letras, Israel Dias Novaes, por problemas de saúde, também não pode comparecer. Entretanto, também enviou uma mensagem, cujo conteúdo foi lido de forma emocionada pelo ex-presidente da OAB e amigo do acadêmico, Vasco Bassoi.

Ao fazer uso da palavra, o escritor botucatuense Francisco Marins ressaltou a importância impar da visita inédita dos membros da Academia Paulista de Letras em Botucatu: "Trata-se de um momento histórico para Botucatu e para a literatura brasileira", destacou ele, que já foi presidente da APL por duas vezes.

Um dos momentos mais contundentes da sessão conjunta envolveu uma explanação do acadêmico Fábio Lucas sobre a necessidade de uma maior divulgação do livro. Segundo ele, a era do vídeo está fazendo com que as pessoas pratiquem cada vez menos o habito da leitura: "Infelizmente, ainda existem muitas pessoas que não tem livros em suas casas", disse. "A leitura é de fundamental importância particularmente para os estudantes, e essa tem sido a luta de todos aqueles que trabalham com literatura", prosseguiu criticando a demasiada importância dada atualmente a artistas comerciais. "Artistas com pouco conteúdo vendem milhões de CDs, ao passo que escritores com conteúdo precisam mendigar para conseguir editar um livro".

Ao realizar um verdadeiro ensaio sobre a arte de ler, o acadêmico alertou para a necessidade de os livros saírem das estantes. "Precisamos entender que a leitura é quem dá nascimento ao livro".

O acadêmico também salientou aspectos daquele que é um dos grandes entraves sócio-educacionais do País, a taxa de analfabetismo. Mas também comentou uma grave variante desse problema, o chamado "analfabetismo funcional". Ainda assim, Lucas reiterou a potencialidade literária brasileira ao abordar uma pesquisa realizada por uma empresa inglesa sobre o comércio de livros no mundo. Segundo dados, o Brasil investe hoje no setor cerca de US$2,5 bilhões.

ACADÊMICO FABIO LUCAS

Tendo lecionado em cinco Universidades : Sete Americanas e uma Portuguesa. Foi Presidente por cinco vezes da Academia de Letras e da união brasileira de Escritores. Membro da Academia Paulista de Letras e do conselho Curador da fundação Padre Anchieta. Autor de 36 obras entre as quais da Social Fixão do Brasil, Vanguarda, História e Biologia da Literatura, razão e Emoção Literária do Barroco ao Moderno, Lideranças, As Mais Belas Histórias do Mundo, vindas do Século XVIII, Luzes e Trevas, Literatura e Comunicação na Era Eletrônica. Ex- Diretor da Faculdade Paulista de Ciências e Letras. Ex-Diretor do Instituto de Letras.

Edson Geraldo Luiz Lopes ocupa a cadeira nº 14 (ABL) cujo patrono é Manuel Bandeira. É professor de Língua Portuguesa e Inglesa, formado pela FFCL de Botucatu, atual UNIFAC, leciona no Colégio La Salle. Escreve assiduamente para o jornal "A Gazeta de Botucatu". Pronunciou belíssima oração:

BOTUCATU : CIDADE DA SENSIBILIDADE POÉTICA

Botucatu. . . cidade dos bons ares . . .

Cidade das boas escolas . . .

Princesa da serra. . .

Cidade universitária. . .

São muitos os cognomes a descrevê-la. . . a identificá-la. . . Mas há, em sua história, um rastro de poesia. . . Poesia formal, informal . . . das escolas, da inteligência , da universidade, da serra, do caboclo. . . Poesia total!

Aquiles de Almeida. . . Josephina Pinheiro Machado ( a Nina ) . . . José Pedretti Neto . . . Maria Lúcia Dal Farra. . . Marinez Stringheta. . . Bahige Fadel. . . Serrinha. . . Angelino. . . e tantos outros.

Em seu "Dicionário de Escritores Botucatuenses", publicado em 1999, Olavo Pinheiro Godoy elencou 441 escritores botucatuenses. Provavelmente, mais de 200 escreveram poemas. . . Se não o fizeram, gostariam de fazê-lo. . .

Aqui, a poesia se faz nas ruas, nos bares, nas igrejas, nos ranchos caboclos, no centro, na periferia, nas serestas, nos bancos escolares. . .

Neste solo, brotaram trovas, quadrinhas, sextilhas, odes, sonetos, cantigas, desafios, cururus, epopéias. . . e . . . modas sertanejas.

Não é diferente na atualidade. Botucatu agasalha em seu seio a "Associação de Poetas e Escritores Botucatuenses" ( APEB ), que desafia a era dos computadores - que tudo sabem e nada sentem - e lança em 2000, o quarto volume de "Antologia de Poetas Botucatuenses". São 58 autores. Crianças, jovens, adultos e idosos, estreantes e consagrados, sem preconceitos, em parceria com o Centro Cultural e a Prefeitura Municipal.

Permitam-me, senhoras e senhores, acrescentar a Botucatu mais um epíteto : cidade da sensibilidade poética. . .

É por isso que nos atrevemos a arriscar aqui este:

MOMENTO POÉTICO

Há uma eterna vontade de sair por aí, à toa,

Sem preocupação pela volta.

No caminho, rever velhas paredes,

Que guardam dentro de si

Tantos dramas e tantas esperanças

De adultos disformes e crianças inocentes . . .

Rever antigas estradas,

Cheias de romances e tragédias

Marcadas por pés e cascos

Nos mistérios que povoam o chão. . .

Rever esquinas incongruentes

Onde não se vêem os destinos de ninguém,

Porque, bem ou mal, decidem os destinos de todos. . .

 

No caminho, sentir no ar

Os odores que a vida nos propôs,

Cheios de náuseas e prazeres,

Angustias duradouras e enlevos efêmeros. . .

 

No caminho, abrir a camisa

E deixar bater no peito

O mesmo vento amigo

Que embalou alguns dos meus sonhos,

Minha infância e minha juventude,

Arrepiando o corpo, a alma, madrugada e tarde. . .

 

No caminho, descobrir de repente,

Não mais que . . . que. . . nada foi descoberto!

Não se sabe,em sã consciência,

Se houve caminho,

Ou se era definitivamente a volta.

Há uma eterna vontade,

Mas não me desfaço - não o consigo-

Dos velhos e tortos adjetivos. . .

 

Há uma pequena vontade, mas fica apenas na vontade,

Porque não tão eterna,

Porque não tão vontande!

Evanil Pires de Campos também falou excelente poesia. Ana Maria Martins falou sobre as mulheres na Academia Paulista de Letras.

A profa. Carmem Silvia relatou a biografia da profa. Maria Amélia Blasi de Toledo Piza que, por sua vez, falou sobre botucatuenses que se projetaram nas letras. Maria Amélia Blasi Toledo Piza ocupa a cadeira Nº 06 cujo patrono é o escritor Francisco Marins. Maria Amélia é Profa. Universitária, Mestre em Artes pela UNESP; Artista Plástica; cronista, articulista nos jornais e revistas da cidade e região. Discorreu sobre o tema: Botucatuenses escritores com projeção nacional e internacional.

Carmem Silvia ocupa a Cadeira Nº 09 cujo patrono, vivo, motivo de muito orgulho para ela, é Hernâni Donato. Também professora de Língua Portuguesa, articulista e cronista de jornais e revistas da cidade. Foi Supervisora do Ensino Médio do Colégio Santa Marcelina. Leu um poema seu intitulado "Saudade de Avô".

Bahige Fadel também é Prof. de Língua Portuguesa e atualmente é diretor da escola estadual Prof. José Pedretti Neto. Leciona no Curso Objetivo e no Colégio La Salle.

A Acadêmica Leda Galvão de Avellar Pires ocupante da cadeira Nº 4 declamou a poesia "Ilha Anchieta".

Evanil Pires de Campos é médico, poeta e escritor botucatuense. Membro da Sociedade dos Médicos Escritores e da Academia de Médicos Escritores é membro titular da Academia de Medicina de São Paulo e ocupa a cadeira Nº 19.

O ponto de intercessão do encontro incomum entre as duas Academias foi, sem dúvida, o escritor botucatuense Dr. Francisco Marins. O fato ensejou-nos a ocasião de conhecer de perto e até conversar com escritores, poetas e figuras famosas que, através de seus livros e poemas, já nos levaram, por esses anos afora, ao mundo da fantasia, dos sonhos, do faz-de-conta. . .

A organização do evento foi da ABL e do "Convívium" - Espaço Cultural Francisco Marins, com apoio do Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal de Botucatu, Câmara Municipal, Centro Cultural, Delegacia Regional de Ensino, Grupo Convivência e Unifac.

TROFÉU " FLOR ROXA DE TAQUARA POCA"

Na Sessão Magna entre as duas Academias aconteceu a entrega do troféu " A Flor Roxa de Taquara Poça", prêmio instituído pelo "Convivium" - Espaço Cultural Francisco Marins" à botucatuenses merecedores de reconhecimento. Na oportunidade foram homenageados (no ano de 2001) com a honraria o Prof. José Pedretti Neto ( In Memorian ) na área da Educação, tendo sido saudado pelo Dr. Adolfo Dinucci Venditto e o acadêmico Hernâni Donato, na área da Historiografia, saudado pelo Dr Armando Moraes Delmanto. Leilah Assumpção e o dramaturgo Alcides Nogueira - autor de novelas da Rede Globo, que discursou na ocasião, foram os primeiros botucatuenses homenageados com o troféu "Flor Roxa" em 1999 .

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Palavras da Profa. Laurentina Peres Pedretti :

ELVIRA E MARINS

A família José Pedretti Neto sente-se honrada e grata em receber, in memorian, o Troféu " A Flor Roxa de Taquara-Poca", numa noite festiva onde dois amigos em comum são homenageados : Hernâni e Pedretti.

A par do mérito atribuído a Pedretti, que lhe coroou tão curta existência, está o valor inestimável da amizade. Assim, Pedretti inicia um poema:

- Amigo, de onde vieste?

- Vim da vida, que foi minha vida.

- Regato fugindo molemente no bojo ventrudo dos guarus.

- Arco rolando, pião rodando.

- Vida minha de infância minha.

- Vim de Pratânia.

Continua o poeta:

Amigo, por que vieste?

- Vim para ser e por ser sou e serei e aqui sou porque vivo.

- Porque subi, por mim mesmo, a rampa da serra.

- E cheguei ao alto depois de vencer a planura.

- Vim pra me multiplicar e dividir-me com todos,em torno da mesa fraternal.

- Eis porque vim.

Você Marins, é esse amigo que veio. Amigo na adolescência, nos estudos, na convivência com os familiares, juntos na escola de jornalismo da Folha de Botucatu, do mestre Pedro Chiaradia, com Minicucci, Tilinho, Osmar, Milton, Adolfinho, Hernâni, o velho Tilio e tantos outros.

Amigo na correspondência , rica, sincera, simples, onde numa delas - permita-me, Marins - o escritor renomado, jovem acadêmico, na sua modéstia que lhe é peculiar, declinava da festa pomposa que estavam a lhe preparar em Botucatu.

Sinto-me constrangido - escreveu ele - em receber homenagens e distinções. Preferia uma reunião simples com os velhos amigos de luta. Mas não abro mão de orfeão interpretando três peças: Hino da Escola Normal; Tristeza do Jeca; e uma outra composição do Angelino.

É deste amigo e da querida Elvira que a família Pedretti Neto recebe esta honraria. Em nome daquele que escreveu o livro "Ensinar a Ensinar!. O nome daquele que, aos dez anos de idade, já acompanhava o pai nas lidas do jornalismo e tão pequeno era que um banquinho lhe permitia familiarizar-se com as letrinhas de chumbo.

Em seu nome, Pedretti, nós, sua família, agradecemos e somos os guardadores desse troféu , merecidamente lhe outorgado. Aos amigos de sempre, Elvira e Marins, nosso abraço afetuoso.

MIGUEL REALE : O PODER DA ORATÓRIA

Aos 90 anos de idade, o acadêmico Miguel Reale está em pleno vigor físico e intelectual. Nas palavras do escritor e membro da APL e da ABL (Academia Brasileira de Letras), João de Scantimburgo, ele " é uma das principais figuras da inteligência brasileira".

Autor de mais de 50 volumes entre artigos de jornal e tratados sociais, políticos, econômicos e filosóficos (seu campo predileto de discussão ), Professor Emérito da Academia de Direito do Largo de São Francisco (USP), Reale é também um mestre da oratória.

Muito aplaudido no Teatro Municipal, ele relembrou, em discurso inflamado, sua passagem por Botucatu na época da Revolução de 1932, quando ainda era um estudante de Direito (combateu como 3º Sargento) e o Batalhão a quem pertencia já estava em retirada. Após destacar a boa acolhida que teve em Botucatu, tendo pernoitado na Escola Normal, deixou claro a comprovação do grande boicote que sofreu a Revolução de 32, eis que foram encontrados, nessa noite, modernos fusis escondidos, sendo que os revolucionários paulistas tiveram que lutar com velhos fusis, sem preparo adequado e sem condições de combate... "

Com emoção, o grande tribuno que já exercera a Reitoria da USP, a Secretaria da Justiça e da Educação do Estado de São Paulo e era festejado Membro Efetivo das Academias Paulista e Brasileira de Letras, concluía o seu discurso, destacando a cidade de Botucatu e os seus intelectuais:

"Botucatu cresceu, desenvolveu-se, tornou-se o que é hoje; um dos centros universitários mais importantes do país, a merecer, sem dúvida, a ser o centro irradiador da cultura universitária na área do interior. E Botucatu desenvolveu-se através da sua espiritualidade e da sua inteligência merecendo, sem dúvida alguma, que seja chamada Morada da Inteligência. E é por ser a Morada da Inteligência que estamos aqui, nós da Academia Paulista de Letras para, numa reunião conjunta de parceria com a Academia Botucatuense de Letras, realizar aquilo que deve ser o anseio e a esperança da gente brasileira: a união complementar dos espíritos, o encontro das vontades e dos sentimentos para a realização de uma grande nacionalidade. E é porque Botucatu tem esse significado fundamental de intelectualidade que eu quero encerrar estas minha palavras com duas homenagens a homens que apreciei, que aprendi a admirar e a corresponder a um sentimento profundo de gratidão espiritual. Eu me refiro a Francisco Marins e a Hernâni Donato. Francisco Marins e Hernâni Donato dignificam e elevam esta cidade a nível da legislação intelectual e cultural do maior vulto nesse país. Um deles Francisco Marins, soube compreender como ninguém o espírito e o sentimento do adolescente e enriquecer o país com literatura modelar que repercutiria lá fora como uma manifestação fundamental do sentimento brasileiro na compreensão educacional das Letras e a grandeza realizadora do Livro. E Hernâni Donato mergulhou seu espírito na história brasileira e na história paulista e, historiador das batalhas, não viu as batalhas como um mero encontro de forças, mas como a significação de algo mais profundo na vivência dos valores da sociedade, de nossa gente, de nossa terra. E eu quero assim, ao terminar estas palavras, dizer: quem tem intelectuais como Hernâni Donato e Francisco Marins, merece ser sede de uma Academia de Letras e corresponder à maior expressão das Letras de São Paulo, que é essa nossa Academia de São Paulo. É com isso que eu quero saudar na pessoa desses dois intelectuais a gente de Botucatu e os meus colegas e confrades da Academia Botucatuense de Letras. De maneira que quero com essas palavras encerrar esse meu pronunciamento para dizer; comemoram-se os meus 90 anos.

Mas o que significaram 90 anos?

Significaram, apenas, o desejo de crescer em conjunto com a sociedade, ninguém se eleva acima da sociedade a que pertence. Porquanto se ele dá um passo para a frente, o povo o acompanha, o povo o compreende e ele pode, então, travar um diálogo no sentido mais profundo da compreensão, da terra em que se nasce e que se espera um dia se projetar com pleno desenvolvimento. O Brasil, no que se refere às Letras, no que se refere à arte literária, não é absolutamente um povo subdesenvolvido. Quem tem um Castro Alves ou um Machado de Assis, quem tem um Euclides da Cunha ou um Guimarães Rosa, não está na retaguarda dos povos da terra, mas, ao contrário, está à frente, cultuando os valores da beleza e realizando a arte da poesia, da pintura, como um Portinari, da arquitetura como um Niemeyer e assim por diante, também no campo da ciência, para que o Brasil possa ser como deve ser a grande expressão desse milênio, ou melhor, deste século que começa.

Obrigado."

O Secretário Geral da Academia Paulista de Letras, Erwin Theodor, representando o presidente Israel Dias Novaes, proferiu excelente discurso sobre a "Tradução na Academia". Eis um dos momentos Erwin de sua fala:

" . .. É, portanto com muita razão que, de há muito, acadêmicos da Academia Paulista de Letras dão destaque à tradução, lado a lado com seus trabalhos originais, e citando alguns entre os mais notáveis no campo, não queremos deixar de mencionar em primeiro plano José Bento Monteiro Lobato, que além de sua notável obra literária, de suas pesquisas e suas incursões político-industriais, foi excepcional e fecundo tradutor, não restrito apenas a pérolas da literatura mundial, mas revelando também obras de cunho filosófico, social e político ao publico brasileiro, tais como a "Filosofia da Vida" de Will Durant, que era "Best seller mundial", "A Formação da Mentalidade" de James H. Robinson e "Um Mundo Só", de Wendell Wilkie, na época candidato à presidência dos Estados Unidos além de muitos outros. Importante tradutor entre os acadêmicos já falecidos foi igualmente Carlos Alberto Nunes, que conta entre as obras por ele vertidas para o português algumas das que mais fortes influencias exerceram sobre toda a humanidade. Assim,traduziu os "Diálogos" de Platão,em 14 volumes, a Odisséia e a Ilíada de Homero, o Teatro Completo de William Shakespeare, em 21 volumes, além de Ifigênia , Estela e Clavigo, de Johann Wolfgang Goethe, as tragédias, de Friedrich Hebbel e outras ainda; uma realização verdadeiramente gigantesca! ... Com o que fica provado que tanto ontem quanto hoje os acadêmicos, lado a lado com sua própria produção literária, devotam-se à difusão da melhor literatura estrangeira em nosso idioma."

Discurso do Acadêmico (APL),

João de Scantimburgo, em homenagem aos 90 anos do Professor Miguel Reale:

"Nós estamos diante de um dos grandes nomes da cultura brasileira e foi comemorando os seus noventa anos, que foram postas em destaque as qualidades que ornam a sua personalidade, os atributos que fazem da sua personalidade uma das primeiras do Brasil. No campo da cultura o Professor Miguel Reale se destaca em primeiro lugar, não só pelo pensamento, como pela influência que exerce sobre larga proporção de estudiosos da filosofia e na sua específica profissão, no Direito. Professor de milhares de alunos: dez, vinte, trinta mil alunos, eles todos seguiram e seguem e espalham pelo Brasil inteiro as sua idéias, fazendo com que germine no direito o respeito à justiça e aos direitos humanos. O Professor Reale merece, portanto, neste momento, uma comemoração especial e é essa a dos seus noventa anos. Noventa anos de idade que não corresponde à sua juventude de espírito, basta ler os seus artigos no jornal "O Estado de São Paulo", cada 15 dias, para ver que se está diante de um escritor de raça, com o pensamento superior sobre os assuntos mais importantes do momento. Ainda agora, acaba de escrever três artigos sobre a importância dos imigrantes no Brasil. Um artigo que destaca o líder, um homem cuja inteligência foi posta não a serviço dos seus interesses pessoais, mas, dos interesses de todo Brasil e fora do Brasil. Aqueles que seguem o seu pensamento como está ocorrendo na França, em Portugal, na Itália e no Estados Unidos, o número de seus discípulos aumenta cada vez mais, graças ás suas teses de Direito e de Filosofia. É com o maior interesse que aqui proclamo o Professor Miguel Reale uma das primeiras figuras da inteligência brasileira! Que a presença dele, nesta sessão, é uma presença honrosa para todos os que aqui se encontram e para Botucatu também, porque Botucatu recebe e registra, no dia de hoje, a presença de uma das figuras principais e culminantes do Brasil. Nos seus noventa anos faz com que o Professor Miguel Reale seja um dos nomes que o Brasil, com todo o respeito que ele merece, lhe faz a reverência pela importância que ele tem para todos nós. Como amigo e como conselheiro, como professor e como dono da palavra, no sentido pleno dela: como orador e, sobretudo, como guia espiritual no campo filosófico que é um dos seus campos prediletos, porque se não fosse Miguel Reale, com o seu esforço, com o seu trabalho, com a sua pertinácia, com a sua determinação de fazer aquilo que propõe a fazer, o Brasil não teria tido o desenvolvimento filosófico que teve.

Obrigado."

A seguir, artigos referentes à Magna Sessão, escritos por Acadêmicos da ABL , no ano de 2001.

A ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS EM BOTUCATU

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Celso Vieira: Presidente da Academia Botucatuense de Letras

No próximo mês de março, nossa cidade vai ser palco de um dos maiores eventos culturais dos últimos tempos. Na verdade, Botucatu, que guarda na sua história um passado de glórias no tocante à excelência das escolas, à vivacidade do teatro, à riqueza da música e de seus magníficos compositores e interpretes, à plasticidade contagiante de seus pintores e escultores, à renomada pesquisa cientifica dos cientistas da UNESP, também cultiva com amor a literatura. Assim, será muito bem-vinda a Academia Paulista de Letras que, juntamente com a Academia Botucatuense de Letras, Câmara Municipal de Botucatu, Secretaria de Cultura e outras entidades, fará uma sessão especial em nossa cidade.

A vinda da APL se efetiva graças ao empenho do acadêmico Francisco Marins que muito tem prestigiado todos os grandes eventos culturais da cidade. No ano passado, em sessão solene da ABL, esse festejado escritor botucatuense comunicou aos presentes que era intenção do presidente da APL, Israel Dias Novaes, em trazer os membros dessa entidade cultural ao interior. Aí entrou, portanto, o dedo de nosso escritor que pleiteou para Botucatu a primeira vilegiatura de gente tão ilustre.

A APL, calcada nos princípios estatutários da Academia Brasileira de Letras, abriga em seu bojo personalidades representativas e famosas no concerto nacional e internacional. Provavelmente, os botucatuenses poderão ver de perto nomes como a romancista Lígia Fagundes Telles e o jurista Miguel Reale, também membros da ABL, o poeta Paulo Bonfim e muitos outros que engrandecem a Literatura Brasileira.

Mas na história da APL entra a gente botucatuense com notável participação. Escritores como Alceu Maynard de Araujo, Ibiapaba Martins, Célio Debes, Hernâni Donato, Francisco Marins, Israel Dias Novaes fizeram ou fazem parte dessa entidade. Alguns deles não nasceram em nossa cidade, entretanto, aqui estudaram, aqui amaram, aqui viveram boa parte de suas vidas. Acrescente-se, ainda, o fato de o escritor Francisco Marins ter sido presidente da APL por duas vezes, nas gestões de 1981 a 1983.

Botucatu continua sendo berço de escritores. Os meios artísticos nacionais já consagraram a dramaturgia de Leilah Assumpção e de Alcides Nogueira, no teatro e nas novelas de televisão. Maria Lúcia Dal Farra é respeitadíssima nos meios universitários e na critica literária, além da poesia. Dentre os poetas, Francisco Moura Campos também sobressai com versos elogiados pelo poeta maior Carlos Drummond de Andrade. Ainda na ambiência local, Bahige Fadel, Edson Lopes, Elda Moscogliato, Vanice de Andrade Camargo Alves e muitos, muitos outros, enriquecem nossa literatura com obras de méritos insuspeitos.

A Academia Paulista de Letras vai encontrar em nossa cidade pessoas que sabem valorizar todos os ramos do saber humano, e que guardam, sobretudo, um carinho especial pelos escritores, não como os detentores da verdade suprema, porém, como os grandes magos, capazes de transportá-las da dureza real da vida diária para o mundo fantástico do faz-de-conta e dos sonhos.

Dia inesquecível de uma Primeira Secretária

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Carmem Sílvia Martin Guimarães

"15h do dia 29 de março de 2001. O "Convivium- Espaço Cultural Francisco Marins", dignamente preparado pela equipe de Dr. Marins e sua esposa, Elvira, está repleto de membros da Academia Botucatuense de Letras, autoridades, convidados. Aguardam a chegada dos membros da Academia Paulista de Letras. Fato inédito para Botucatu: pela primeira vez, a APL se locomove da Capital para visitar uma filha do interior. Essa dádiva foi conseguida através de seu Presidente Emérito, o filho botucatuense, Francisco Marins.

A banda marcial do CEPRA organiza-se para receber os visitantes. Jornalistas e fotógrafos movimentam-se, escolhendo os melhores ângulos para entrevistas e fotos. Animação intensa. Todo cuidado devotado anteriormente à recepção haveria de se tornar sucesso imenso.

De repente, um: "Chegaram! Chegaram!".

Mais agitação. Movimentação em direção ao portão de entrada pra recebê-los. O ônibus para. Abre-se a porta e, um a um, calmamente, os acadêmicos (alguns acompanhados de seus cônjuges) descem. Qual bando de crianças alegres, em dia de excursão, sorriem, acenam, falam da viagem. Cabelos grisalhos... Abraços, cumprimentos, como se já nos conhecessem pessoalmente há tempos! A grande família acadêmica está ali reunida, pela primeira vez, ao som da banda marcial do CEPRA que toca belamente em sua honra. Recepção típica da interiorana Botucatu. Da Botucatu de todas as inspirações culturais.

Logo na entrada do jardim, o Vice-Prefeito, Valdemar Pereira de Pinho, entrega ao Secretário Geral da APL, Erwin Theodor Rozenthal, digno representante do Presidente da APL - Israel Dias Novaes (ausente por motivo de saúde), as chaves da cidade de Botucatu. Nesse momento, a APL se torna cidadã botucatuense. Segue-se recepção, palavras de boas-vindas do confrade Bahige Fadel , coquetel, as conversas... ah! as tantas conversas!

Não dá para acreditar que estou diante das melhores cabeças culturais de São Paulo! O Primeiro Secretário da APL - Célio Debes( e senhora), Benedito Ferri de Barros, Sólon Borges dos Reis, Anna Maria Martins, Crodowaldo Pavan, Cyro Pimentel (e senhora), João de Scantimburgo(e senhora),Hernâni Donato(e senhora), Nilo Scalco (e senhora), Paulo José da Costa Júnior(e senhora), a bibliotecária da APL, Maria Luísa, Miguel Reale e a adorável Lygia Fagundes Telles!

A sessão magna entre as duas entidades ocorreu no Teatro Municipal Camilo Dinucci, às 17h. Foi aberta pelo Presidente da Academia Botucatuense de Letras, José Celso Soares Vieira, que depois de ter composto a mesa diretora, passou a direção da solenidade ao Acadêmico Francisco Marins.que representa, historicamente, o elo entre as duas Academias, sendo.Membro Efetivo da APL e seu Presidente por dois mandatos Houve uma interação total entre as duas Academias, tendo seus componentes se manifestado através de prosa e de verso. Hernâni Donato recitou uma poesia enviada pelo Acadêmico Paulo Bomfim- "Eu vou para Botucatu"- que emocionou os botucatuenses. Relembro os últimos versos:

(...)E um dia quando a saudade

Encilhar o meu cavalo,

Eu telefono ao Marins,

Peço ao Hernâni Donato

O mapa do Peabiru,

E galgarei esas serras

Repetindo nas quebradas:

- Eu vou pra Botucatu!

O advogado botucatuense, Vasco Bassói, leu a mensagem enviada por seu grande amigo e Presidente da APL, Israel Dias Novaes. O Acadêmico Fábio Lucas abordou o tema analfabetismo e a importância do incentivo à leitura no Brasil. Outros acadêmicos botucatuenses se manifestaram: Maria Amélia Blasi de Toledo Piza, Edson Geraldo Luís Lopes, Evanil Pires de Campos, Bahige Fadel, Leda Galvão de Avelar Pires e Carmen Sílvia Martin Guimarães, enfocando vários assuntos e declamando poesias.

A poesia que recitei foi dedicada a meu avô, Tarcísio Pinto da Silva Paes, que muito contribuiu para eu ser o que sou hoje.

Saudade de Avô

Sou eu hoje

toda uma voz que clama

pede

implora

pelo tempo

em que meu avô contava estórias

de Pedro Malasartes

de Jerônimo, o "Herói do Sertão"

de bruxas

de belos altivos príncipes

que, se não eram encantados,

passavam a ser

ao toque mágico

da voz de meu avô.

E nesse instante,

eu era Princesa

eu era Rainha

eu era Pobre Camponesa

por Jerônimo salva

no final da tardinha.

Eu era a flor

que enfeitava a trança da heroína!

Ou eu era apenas

uma atenta observadora

no fundo do palácio

(Ou no fundo da vida...)

E como a vida era bela!

Francisco Marins declarou que "aquele era um momento histórico marcante para a Literatura Brasileira e, particularmente, para Botucatu." Miguel Reale, 90 anos, mestre da oratória, relembrou sua passagem por Botucatu na época da Revolução Constitucionalista de 1932, quando ainda era estudante de direito. Disse:

"Hoje Botucatu está desenvolvida, é um centro universitário de peso e faz por merecer sediar uma Academia de Letras".

Sobre os dois botucatuenses que fazem parte da APL, falou:

" Marins é um mestre da literatura modelar, ao passo que Hernâni mergulhou seu espírito na história brasileira. Eles dignificam a cidade!"

O clímax da solenidade foi a entrega do prêmio "A Flor Roxa de Taquara Poca". Esse prêmio concedido, a cada dois anos, a botucatuenses merecedores de reconhecimento é entregue pelo "Convivium Espaço Cultural Francisco Marins". Nessa noite, foram homenageados: Professor José Pedretti Neto, in memorian,(meu professor de Psicologia) e Hernâni Donato( meu Patrono na Cadeira 9 da ABL).

Eu, como era a 1ª. Secretária da ABL, tive o orgulho de compor a mesa diretora onde só havia homens e tive orgulho maior ainda de me sentar ao lado de Miguel Reale, de falar com ele, de trocar idéias com ele e de até rir com ele!

Noite que iniciou, gloriosamente, as comemorações dos 146 anos do município de Botucatu!

Noite de encantamento cultural!

Noite inesquecível para mim!"