Armando Moraes Delmanto
 
 
 
 
 
 
 

A História Política do Brasil estava esperando por uma releitura que não tivesse o “texto pronto” dos escribas do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda da Ditadura do Estado Novo) e nem a versão dos remanescentes do antigo PRP – Partido Republicano Paulista, derrotados pela Revolução de 1930, mas com os quais Getúlio Vargas se aliou, em 1937, ao implantar o regime ditatorial do Estado Novo, “domesticar” São Paulo e estancar a marcha da construção da Democracia no Brasil.

Nesta releitura, o autor nos traz um relato real do período da normalidade constitucional brasileira de 1934/37. Sem os rebuscos frios das teses acadêmicas, mas com uma análise sociológica, fundamentada cuidadosamente em fatos e em registros da imprensa.

Na obra, o destaque para o cenário mágico da política em 1934, com a mobilização da intelligentzia paulista e o sucesso do moderno governo de Armando de Salles Oliveira que estavam mobilizando o país para a sucessão presidencial.

Com o Golpe do Estado Novo, as Casas Legislativas (Congresso Nacional. Assembléias Estaduais e Câmaras Municipais) foram fechadas, a Constituição Brasileira revogada e o caudilho Vargas passou a governar através de Decretos leis.

O Estado Novo (1937/45) implantou a Ditadura e sufocou a Nação Brasileira.

 
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"REQUERIMENTO N° 255, de 2010
Requer VOTO DE APLAUSO ao advogado, jornalista e escritor ARMANDO MORAES DELMANTO, pelo lançamento de seu livro "História da Vitória Política Paulista – 1934", registro da Revolução Constitucionalista, cujo objetivo era a retomada do estado de direito democrático.
REQUEIRO, nos termos do art. 222, do Regimento Interno, e ouvido o Plenário, que seja consignado, nos anais do Senado, VOTO DE APLAUSO a ARMANDO MORAES DELMANTO, que, em boa linguagem de autêntico memorialista, acaba de lançar o livro "História da Vitória Política Paulista – 1934", da Editora Peabiru, de Botucatu, SP.
Requeiro, ainda, que o Voto de Aplauso seja levado ao conhecimento do homenageado.
JUSTIFICATIVA
Natural de Botucatu, na região da Sorocabana/SP, Armando Moraes, jornalista, advogado formado pelas Arcadas e escritor, em seu novo livro, revela ser dono de texto que, em tudo se assemelha ao de um memorialista. Botucatu está de parabéns pelo brilhante filho. E o País vê enriquecida a história pátria, com uma descrição muito bem conduzida sobre o movimento Constitucionalista de São Paulo. Hoje, com tantas ameaças à democracia, algumas veladas, outras bem explícitas, faz bem a leitura "A História da Vitória Política Paulista de 1934"
A homenagem que ora formulo justifica-se pela boa contribuição de Delmanto às letras e à história pátria.
Sala das Sessões, 23 de março de 2010.
Senador ARTHUR VIRGÍLIO"
Voto de Aplauso - Senador ARTHUR VIRGÍLIO

"Caríssimo Armando Delmanto. Eis que recebo meu presente deste Natal de 2009: um exemplar de seu magnífico livro "História da Vitória Política Paulista". Copiando Jânio Quadros...eu Li, de um só fôlego e me seduziu sobremaneira sua ótica "cirúrgica" do capítulo 7, pág. 151: Cenário Político Paulista em 2010. A hora é Agora! Parece que foi concebido e escrito para sintetizar meus "sentimentos políticos". MAGNÍFICO!!! Parabéns e sobretudo mui grato pela gentil e fidalga deferência do exemplar autografado....Mais um tesouro à minha modesta biblioteca TFA Que a PAZ, a HARMONIA e a CONCÓRDIA sejam tríplice argamassa com que se liguem nossas justas aspirações para o ano novo que vem nascendo logo para uma renhida disputa política nacional. Grato, Saúde e Paz. Clóvis de Almeida Martins. Comandante, Professor/Orientador e ex-Venerável da Loja Guia Regeneradora de Botucatu."
Prof. Clóvis de Almeida Martins

"Caro primo. Parabéns pelo livro que realmente estava faltando...A começar da capa, que ficou linda, e do próprio título.
Obrigado, também, pelas referências a papai e ao meu sogro.
Sugiro que você mande um exemplar ao Dr Luiz Antonio Guimarães Marrey – Secretário da Justiça e neto do Marrey Jr. Abraço. Roberto Delmanto. Advogado Criminalista, Jurista e Escritor do Escritório "Delmanto Advocacia Criminal".
Roberto Delmanto - Advogado Criminalista

“Ao Dr Armando Moraes Delmanto, Grato pelo belo livro, que aprovo. Parabéns! Afetuoso abraço. Ives Gandra Martins. Professor Emérito da Universidade Mackenzie, sendo Professor Titular de Direito Constitucional e de Direito Econômico, Preside o Conselho de Estudos jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo e é Membro Efetivo e ex-presidente da Academia Paulista de Letras.”
Prof. Ives Gandra da Silva Martins

“Ao prezado Armando Delmanto. Agradeço o envio de seu livro com sua gentil dedicatória, que levei para inteirar-me dos meandros de nossa história política! Abraços, Ivette Senise Ferreira. Professora Titular e ex-Diretora da Faculdade de Direito/USP e Presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo.”
Prof. Ivette Senise Ferreira

“Prezado Colega. Agradeço sensibilizado a remessa de sua obra sobre a história da vitória política paulista de 1934. A sua obra, muito importante, porque lembra inclusive os trabalhos da Constituinte Federal daquele ano. Cordialmente. René Ariel Dotti. Advogado, Professor Titular de Direito Penal da Universidade Federal do Paraná, Membro da Comissão de Reforma do Sistema Criminal Brasileiro e Relator e Revisor do Anteprojeto de reforma do procedimento do júri.”
Prof. René Ariel Dotti

“Prezado Dr. Armando Delmanto. Agradeço a remessa de sua belíssima obra sobre a história de São Paulo. Fiquei particularmente sensibilizado pelo capítulo referente ao meu avô. A família Delmanto teve e tem uma longa folha de serviços prestados ao Estado de São Paulo e ao país e o seu trabalho faz juz a essa tradição de seriedade e dedicação à causa pública. Um abraço. Luiz Antonio Guimarães Marrey – Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.”
Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo - Dr. Luiz Antonio Guimarães Marrey

“Caro “quase primo” Armando, Desculpe-me por não haver escrito antes para comentar sobre seu livro. Confesso que li o livro de uma tirada só. Aproveitando um vôo aos Estados Unidos. Gostei muito...achei um trabalho corajoso, você convoca a elite a assumir seu verdadeiro papel na sociedade, visando estender a todos os benefícios da civilização e do verdadeiro desenvolvimento. Por isso sou seu soldado! Será uma luta dura, porque infelizmente o mundo caminha a passos largos para a “idiotização completa”. E é isso que faz luta boa ser lutada!...Um forte abraço. Carlos Antônio Barros Moura. Empresário e Diretor da Associação Comercial do Estado de São Paulo.”
Diretor da Associação Comercial do Estado de São Paulo - Carlos Antônio Barros Moura

“Prezado Armando. Estou encantado com seu livro-resgate sobre a epopéia cívica de 32. Agradeço penhorado a lembrança de meu nome. Continue. Abraços. Antonio Cláudio Mariz de Oliveira. Advogado Criminalista, ex- Secretário da Justiça e da Segurança Pública do Estado de São Paulo e ex-Presidente da OAB/SP.”
Advogado Criminalista - Dr. Antonio Cláudio Mariz de Oliveira

“Caro Dr. Delmanto. Com muita satisfação recebi seu livro, e com orgulho, sua generosa dedicatória .Muito grato. Parece um belo trabalho, justo achar, que terá sim a minha atenção, página rica de nossa história. Com um abraço, com tempero “botucatuense”. Horácio Lafer Piva. Empresário e ex-presidente da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.”
Horácio Lafer Piva. Ex-presidente da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

“Prezado Armando, Sinto-me honrado e muito alegre com sua consideração, ao receber como seu amigo, botucatuense, paulista e brasileiro, a significativa “História da Vitória Política Paulista – 1934”, de sua brilhante autoria, acompanhada de carinhosa dedicatória. Muito obrigado. Parabéns. José Antonio Pinheiro Aranha. Administrador e ex-diretor da Caixa Econômica do Estado de São Paulo”.
José Antonio Pinheiro Aranha

“Prezado Sr. Armando, Agradeço, sensibilizado, o envio do livro que acaba de editar apresentando a “História da Vitória Política Paulista - 1934”. Cumprimento - o pela iniciativa e pelo intenso trabalho de pesquisa desenvolvido. Coloco-me a sua disposição na Presidência do Conselho de Estudos Avançados - CONSEA da FIESP ou na Presidência do Conselho de Administração do CIEE. Abraços, Ruy Martins Altenfelder Silva.”
Ruy Martins Altenfelder Silva - FIESP

“Com muito orgulho, acabo de receber do meu primo Armando, um novo livro de sua brilhante autoria, desta vez contando um pouco da história da brava Gente Paulista, na luta contra a ditadura e em defesa da Democracia e da Constituição. Agradeço ao Armando, pela abnegada e incansável missão de manter viva a história, de Botucatu, de São Paulo, e especialmente da nossa família, verdadeiro berço de bravos patriotas e de exemplos de cidadania. Romualdo Del Manto (advogado) da “Del Manto, Kauffman & Menezes – Sociedade de Advogados”.
Romualdo Del Manto - Advogado

“Delmanto. Sinto-me lisonjeada com sua atenção ao dedicar-me um exemplar de seu livro. Um belo trabalho onde fatos históricos servem de parâmetro e aceno para o futuro, afim de que não se repitam arbitrariedades cometidas no passado. Louvo a importância de sua família na participação desses fatos históricos. Com meus agradecimento, o meu abraço , Jesumina Domene Dal Farra. Professora e escritora.”
Profa. Jesumina Domene Dal Farra

Repercutiu positivamente o lançamento do livro “História da Vitória Política Paulista – 1934”, do advogado botucatuense Armando Moraes Delmanto, lançado no início de 2010. Registrando a história política paulista no período da normalidade constitucional do Brasil, de 1934 a 1937, o livro mostra a realidade vivida pelo país e mostra, principalmente, a realidade vivida pelos paulistas após a Revolução Constitucionalista de 1932. Com uma grande venda de exemplares, alcançou a repercussão esperada. O livro não foi comercializado em livrarias, tendo sido vendido via internet. O autor recebeu inúmeros agradecimentos e mensagens de autoridades, professores, juristas, políticos e amigos:
Livro de Delmanto faz sucesso

“Muito agradeço o gentil encaminhamento de sua obra “História da Vitória Política Paulista – 1934”, cuja leitura ser-me-á de grande interesse e proveito intelectual. Com as saudações acadêmicas de estilo, que compõem a tradição das ARCADAS, nossa “ALMA MATER”, despeço-me cordialmente. Ministro Celso de Mello - Superior Tribunal Federal.”
Ministro Celso de Mello - Superior Tribunal Federal.

“Prezado Dr. Delmanto. Muito agradeço a cortesia de me haver enviado o livro “História da Vitória Política Paulista”. Já havendo tido tempo de um primeiro exame da obra, aproveito para manifestar a minha apreciação. Parabéns pela qualidade do trabalho e pelo espírito patriótico que o move .Com a manifestação de minha estima e consideração, subscrevo-me, Cordialmente. Manoel Gonçalves Ferreira Filho. Professor Titular (aposentado) de Direito Constitucional da Faculdade de Direito/USP, ex-Diretor da Faculdade de Direito/USP e ex-Vice-Governador do Estado de São Paulo.”
Prof. Manoel Gonçalves Ferreira Filho

“Caro Delmanto. Após seu amável e-mail recebi com grande satisfação o seu livro “História da Vitória Política Paulista – 1934”. Além da excelência do importante conteúdo histórico a sua preocupação com a construção da democracia brasileira é extremamente reconfortante por vir a saber que ainda existem paulistas com essa preocupação. Comungo desses pensamentos mas muitas vezes me sinto meio quixotesco. Nas minhas andanças por aí percebo que existem várias pessoas que teriam muito a contribuir porém não o fazem. A necessária e imprescindível organização da sociedade civil para auxiliar os governos a conduzir o processo de desenvolvimento, visto que eles ainda são absolutamente necessários porém não mais suficientes. Uma primeira dificuldade é que não estamos produzindo mais estadistas; a visão dos nossos políticos não vai além de quatro anos. A outra reside no fato que daqueles que poderiam e deveriam participar, metade é funcionário público e a outra metade vive às custas do governo: sobram muitos poucos com a independência necessária para esse mister. Da minha parte continuo acreditando e sempre que possível coloco o meu modesto tijolo nessa imensa construção.Aceite o meu abraço. Júlio Cerqueira César Neto. Professor de Hidráulica (aposentado) da Escola Politécnica da USP, Presidente da Fundação Agência Bacia Hidrográfica do Alto Tietê-Região Metropolitana de São Paulo, ex-Coordenador de Serviços Hídricos do Estado (1976), Diretor Planejamento do DAEE (1983, Membro do Conselho Superior de Meio Ambiente da FIESP.”
Prof. Júlio Cerqueira César Neto

“Caro Confrade Armando Moraes Delmanto. Recebi o “História da Vitória” horas atrás. Já li. Tão interessante, rico de informações, atual e histórico é o que percebi. Tomei várias notas para enriquecer o “Achegas” se houver – comigo- reedições. Fazer História é isso: Coletar a semeadura geral. Por exemplo: os episódios da indústria/loja/Hospital dos Delmanto, votações, cardosismo aí e na área nacional, ensino (Escola Profissional) ganharam espaço nas notas. Mas, confesso, o exemplar que me veio trouxe um exagero que o faz proibido de exibição: a dedicatória. Parabéns a São Paulo, ao ideal democrático, a tantos vultos ilustres e ao ilustre autor. Abraço forte e grato. Hernâni Donato. Escritor, Membro da Academia Paulista de Letras – APL e ex-presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.” Caro confrade Armando Delmanto. Muito obrigado pelo sábado (dia 20) que me proporcionou. É que reli todo seu livro sobre a “vitória paulista” em 32 e até... o futuro. A pesquisa e a exata, convincente e leve exposição da mesma, entusiasma e agrada. Rendeu-me várias anotações (além daquelas feitas na 1ª leitura). É livro que merece mais que a minha estante. Peço-lhe licença para ofertá-lo à Biblioteca do Centro Sobrigador da Revolução Constitucionalista que leva o meu nome no setor Lapa do MMDC. Parabéns, Hernâni Donato” (22/03/2010).
Hernâni Donato - Membro da Academia Paulista de Letras – APL

“De há muito não nos vemos nem nos falamos, por circunstâncias, quem sabe, fortuitas. Recebi seu belo livro “História da Vitória Política Paulista – 1934” e vou lê-lo com as recordações da infância, sobre a Revolução Paulista de 1932. Minha mãe era de Itapetininga e seus pais, vizinhos de Fernando Prestes, de quem eram compadres. Durante a revolução, grande parte da família se envolveu na luta pela nova Constituição. Meus pais doaram as alianças matrimoniais de ouro e passaram a usá-las de metal prateado. Meu tio, médico cirurgião e professor catedrático da Veterinária da USP, foi médico particular de Júlio Prestes. Em casa, aprendi a ser democrata e antigetulista. E, 1937, meu pai era vereador em Conchas e foi cassado pelo Getúlio. Muito lhe agradeço o envio do livro e dos números da revista Peabiru, estas no decorrer de 2009. Tenho certeza de que, com essa publicação, você vai contribuir e muito para esclarecimentos quiçá obscuros, de um período grandioso da gente paulista. Parabéns e obrigado mais uma vez. José Celso Soares Vieira. Professor, Musicista e Presidente Emérito da Academia Botucatuense de Letras – ABL”.
José Celso Soares Vieira - Presidente Emérito da Academia Botucatuense de Letras – ABL

“Caro Armando, Recebi seu “História da Vitória Política Paulista – 1934”. Ainda não li, mas pretendo fazê-lo brevemente pois, além de tudo, trata-se de assunto que muito me toca. Não conheço obra similar; todas abordam o assunto no contexto de outros eventos, como a própria revolução constitucionalista de 32 ou até como intróito à Constituição de 34. Cumprimento-o pela obra, agradeço-lhe pelo gentil envio e pela bondosa dedicatória. Forte abraço. Walter Paschoalick Catherino. Advogado ex-vereador de Botucatu e Executivo da Administração Indireta do Estado.”
Walter Paschoalick Catherino - Advogado

"Ao jovem amigo Armando M. Delmanto cumprimento cordialmente, agradeço a remessa de "A Juventude: participação ou omissão" e formulo meus melhores votos para o prosseguimento de sua carreira de jornalista e de escritor preocupado com os problemas dos jovens de nosso país. Lucas Nogueira Garcez — Ex-Governador do Estado de São Paulo e Presidente do Diretório Regional da Arena. S.P. 22/08/70".
Lucas Nogueira Garcez — Ex-Governador do Estado de São Paulo

“Amigo Armando. Recebi sua última obra literária “História da Vitória Política Paulista”, gentilmente a mim enviada por você. Parabéns pelo lançamento, aliás muito oportuno, nesta fase política que vive nosso Brasil. Atravessamos uma época negra para a política, pois não há mais respeito às coisas públicas, excesso e desmandos nos gastos públicos, com um único objetivo: permanência no cargo e a manutenção do poder, desprezando os interesses coletivos, usando dos mais torpes golpes morais e econômicos. Essas atitudes fazem com que os jovens fiquem descrentes da política, se afastando cada vez mais do acompanhamento das atitudes de nossos representantes, que abusam dos poderes que lhes foram outorgados, usando de seus mandatos para interesses pessoais, não existindo mais o interesse pelo bem da nação, respeito a filosofia e diretrizes dos partidos, com trocas de legendas, como se tenha sido eleito baseado unicamente pelos seus valores pessoais e não em parte pelos ideais pregados pelos seus partidos. Ao ler o seu livro, resgata-se o idealismo, a luta pela democracia, e o interesse de todos para a manutenção da ordem pública e respeito a legislação. Parabéns mais uma vez, e tenho esperança que os brasileiros acordem, e voltem a lutar pela real democracia, com brasilidade e respeito a coisa pública. Atenciosamente. Fulvio José Chiaradia. Economista, Empresário e Escritor.”
Fulvio José Chiaradia - Empresário

“Antes de tudo, um forte abraço. Sem encontro no tempo, desencontrados no espaço, felizmente presentes na tela mágica da memória. Admirei-me de sua rica produção intelectual, centrada na objetividade da história da nossa Botucatu. Antes que me esqueça: os Partidos Rivais (PRP e PD) festejaram a Chapa Única com grande comício na antiga praça do Espéria (de antigo cinema da rede Peduti, desativado em razão de incêndio). Em nome da juventude discursou Rivaldo Assis Cintra, então cursando o 2º ano do Ginásio Diocesano N.S. de Lourdes. Ficaria muito contente se esse importante (para mim) acontecimento figurasse em sua mais recente obra...” Rivaldo de Assis Cintra. Advogado.”
Rivaldo de Assis Cintra - Advogado

“Caro amigo Delmanto, Recebi e agradeço muito o envio do seu livro HISTÓRIA DA VITÓRIA POLÍTICA PAULISTA 1934. Já o incorporei a minha biblioteca paulista. Parabéns pelo trabalho. Do amigo sempre às ordens. Gilberto Fernando Tenor. Presidente de Honra do Club Philatelico Sorocabano, Secretário da Federação das Entidades Filatélicas do Estado de São Paulo e Membro da Academia Sorocabana de Letras”.
Gilberto Fernando Tenor - Academia Sorocabana de Letras

“A Juventude: participação ou omissão”: Com 118 páginas, o livro traz os principais artigos publicados na coluna diária “A Juventude”, no prestigioso jornal da Capital, “Diário Comércio & Indústria”. Foi durante o ano de 1969 essa experiência jornalística de escrever diariamente temas do dia a dia, reivindicações dos jovens, busca de espaço político, análise dos grandes acontecimentos políticos do mundo, etc. Ao publicar os principais artigos escritos, sempre se busca os temas referenciais, ou seja, busca-se colocar a atividade jornalística como uma formadora de opiniões, uma delineadora de rumos, uma crítica construtiva a favor do aperfeiçoamento da cidadania... Com o livro “A Juventude: participação ou omissão”, foi assim. Nos dizeres escritos na contra-capa, todo o perfil do livro: “A juventude, hoje e urgentemente, tem que se compenetrar de que é a equação e a solução de toda uma problemática. Somente a juventude pode, sem o niilismo da esquerda e a inércia da direita, realizar a missão de soerguimento moral e estrutural da Nação Brasileira, até agora preterido pela ausência e inconseqüência da própria juventude...”AD. Na apresentação do livro, o Prof. Francisco Carlos Sodero, professor de português do Colégio Dante Alighieri, escreu: “O jovem Armando Moraes Delmanto reúne, em livro, uma série de artigos publicados na imprensa paulistana, através do “Diário Comércio & Indústria”. Todos eles pertencem à seqüência “A Juventude”, o que já de início revela suas tendências, suas preocupações, sua problemática. Desarvorada, em grande parte, no mundo todo; guiada por falsos líderes, repetidores de “slogans” insignificativos, a juventude de nossos dias revoluteia pelas praças públicas, à procura de algo que lhe sacie a sede e a fome de verdade e de substância. Suas mais generosas energias, desperdiçam-nas em passeatas reivindicatórias de ninharias, de nugas anódinas. Armando Moraes Delmanto, desde 1963, fundando o “Tribuna do Estudante”, em Botucatu, vislumbrava a necessidade de uma orientação sadia, no sentido de democraticamente satisfatória, para os jovens de sua geração, e, desde essa oportunidade, não esmoreceu. Pelo contrário, ano a ano vem desenvolvendo suas atividades no sentido de procurar a solução dos problemas da juventude, sem o que não haveria base para a estruturação de um pensamento...” E no prefácio, escrito pelo jornalista Paulo Zingg, Presidente da API - Associação Paulista de Imprensa, o retrato da mensagem jovem do livro: “Neste livro, coletânea de artigos escritos em jornais, Armando Moraes Delmanto apresenta o seu depoimento de jovem sobre a juventude. Autêntico, vivido, real, sincero e brasileiro. Não é um alienado, adotando teorias que não encontram guarida nos seus países de origem, nem aceitando valores estranhos para a solução de nossos problemas. Porta-voz de uma geração, homem do interior com vivência política, universitário, Delmanto é, acima de tudo, um revolucionário capaz de mudar de atitude em face dos problemas, como diria Alberto Tôrres, para equacionar os desafios nacionais nas grandes linhas da modernização, da revolução tecnológica e da indispensável democratização da sociedade. E de apontar à juventude os grandes rumos, de desfraldar as grandes bandeiras e de rasgar os grandes horizontes...”
"A JUVENTUDE: PARTICIPAÇÃO OU OMISSÃO" – edição de 1970:

"A Juventude: participação ou omissão”. Querido Armando — Obrigado. Parabéns — Parece um sonho. Mas é uma realidade. O menino de ontem, o jovem de hoje, o homem de amanhã! Parabéns! Continue. Gratíssimo. O Senhor o ilumine e lhe dê coragem sempre. Seu velho amigo arcebispo. Frei Henrique Golland Trindade. Btu. 29/09/70”.
Dom Frei Henrique Golland Trindade - Arcebispo Metropolitano de Botucatu

"Prezado Armando. Ao meu ex-aluno e hoje amigo agradeço as provas de consideração e respeito que tem me dado enviando-me regularmente o "Vanguarda" e agora o seu livro "A Juventude: participação ou omissão". Como professora sinto-me plenamente realizada diante do que você está fazendo pelos jovens, pelo Brasil e pela humanidade. Embora tenha contribuído com multo pouco para sua formação, um ano somente, muito me envaideço de tê-lo na conta de meus ex-alunos Que este entusiasmo jovem e sadio contagie os bons e os leve a grandes empreendimentos para o bem da humanidade, grandeza de nossa Pátria e orgulho de nós, os velhos, que participamos dos seus ideais. Com toda admiração, os meus agradecimentos. Profa.Jair Conti. Btu. 21/06/70".
Profa.Jair Conti

“O botucatuense e acadêmico Dr. Armando Delmanto é um sincero e fiel minerador da nossa crônica histórica. Este terceiro volume de sua obra inteiramente dedicada a Botucatu é uma coletânea de “Memórias” que ele reuniu através da pesquisa nos arquivos os mais remotos à atualidade mais recente, fazendo do aparente anacronismo destas páginas um canto de amor telúrico, momento aprazível ao Leitor também apaixonado desta terra e de sua gente. Desfilam aqui, como num retrospecto saudosista figuras, fatos, conquistas, acontecimentos passados, contemporâneos, atuais que reavivam na memória de todos, lances verdadeiramente heróicos que muito dizem de nosso povo, da nossa riqueza, da nossa cultura, enfim, da nossa história. ´É um esforço nobre do Autor que através das personagens, dos fatos relatados, das épocas citadas nos oferece um pouco da nossa vida social, da Política, do nosso Desenvolvimento, da Educação e do nosso Progresso...” (Prefácio/Elda Moscogliato/1990)
Comentários sobre os outros livros de Delmanto - "TRILOGIAS DAS MEMÓRIAS DE BOTUCATU" (3 volumes) - "Memórias de Botucatu I"- 1ª. edição-19

“É verdade que tenha sido bastante citado em razão do livro “Achegas para a História de Botucatu”. De agora em diante terei que citar, em certas oportunidades, o Armando Delmanto de “Memórias de Botucatu”. Valiosas as suas pesquisas. Quero confiar que elas não se limitem ao agora publicado mas que se ampliem em assuntos e se aprofundem na meticulosidade apresentada. Quanto à forma, há muito é sabido ser você um – senão o – mais correto manipulador do nosso castigado idioma. Fui a uma reunião do CEHIS – Centro de Estudos Históricos e o presidente fez a apresentação do seu livro. Fui à reunião da Academia Paulista de Letras e o Diretor Bibliotecário fez o mesmo. Já se vê que também a distribuição está funcionando bem. Leve, por favor, meus cumprimentos ao capista.” (escritor Hernâni Donato-Membro da Academia Paulista de Letras e ex-Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo/Jornal de Botucatu/22/06/1990).
Hernâni Donato - Academia Paulista de Letras

“É sempre grato lermos algo que nos conduza ao passado e ao presente de nossa terra natal. Tudo isso alicerça o futuro e a nós cumpre alertar as gerações que estão nos sucedendo, que devem receber o bastão a fim de que a memória de nossa terra – muitas vezes omissa e distorcida – possa ser preservada para todo o sempre. Você está contribuindo com seu livro para esse trabalho. Nossos parabéns.” (Prof. Oswaldo Minicucci/Jornal de Botucatu/22/06/1990).
Prof. Oswaldo Minicucci

“Ignorava as origens, as raízes de Botucatu e o alentado depoimento esclareceu-me muitas dúvidas sobre os ciclos que o destino traçou. Não obstante eu não ser filho desta cidade, aqui radicado muito a estimo. Não se pode ficar indiferente ao solo em que vivemos, pois dele recebemos os haustos que retemperam a vida. Analisei todos os seus detalhes e francamente apenas um gigante e dinâmico trabalhador poderia produzir tão fecunda obra. O entusiástico abraço deste octogenário que ainda contempla o céu deste rincão, achando que a vida, apesar de seus percalços, traz intensas alegrias...” (Paschoal Laurival De Luca(Nenê De Luca)/Jornal de Botucatu/22/06/1990).
Paschoal Laurival De Luca (Nenê De Luca)

“Memórias de Botucatu 2”- edição de 1993: “Li “Memórias de Botucatu 2” de ponta a ponta, com muito prazer e proveito. Sou dos que gostam do gênero desses seus trabalhos. No caso particular, por se tratar de Botucatu e envolver instituições e pessoas que me mereceram sempre a maior consideração. Muitos personagens destas suas memórias foram ou ainda são de meu relacionamento e estima pessoal. Cumprimento-o por mais este serviço prestado à memória de Botucatu, que diz respeito à memória de São Paulo e do Brasil, com o mérito de fazer justiça, mantendo no coração do povo personalidade, vida e obra de cidadãos prestantes, a serviço do bem comum. Agradeço-lhe as citações de meu nome, como Secretário de Estado da Educação, no Governo Carvalho Pinto, ligado, assim, através da criação da Faculdade de Medicina, à sua terra e à sua gente, na qual contei, desde a adolescência, como conto ainda, com amigos de sempre. Fraterno abraço solidário do, Sólon Borges dos Reis (Vice-Prefeito de São Paulo e Secretário Municipal da Educação, tendo sido Secretário Estadual da Educação na criação da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu – FCMBB/Jornal de Botucatu/06/10/1993).).
Prof. Sólon Borges dos Reis (Vice-Prefeito de São Paulo)

“Recebi sua publicação sobre a nossa terra e agradeço-lhe a lembrança. A bi-memória de Botucatu, original e estética sem se descuidar dos aspectos tecnocientíficos, revela o seu talento literário, marcado desde os anos escolares, dos quais fomos participantes, como professor. Botucatu é uma cidade sui-generis, atípica, na concepção freudiana, pois ela cativa, atrai, envolve, prende, vela, enfaixa e protege seus filhos, sem abafá-los. Você teve o condão de esquadrilhar a sua história nos escaninhos da antropologia social e vivência humana. Está você compondo o tabuleiro rico e colorido, emotivo e emoldurado, das estórias da nossa História. Parabéns e esperamos o tri.” (Prof. Agostinho Minicucci, educador e escritor/Jornal de Botucatu/06/10/1993)).
Prof. Agostinho Minicucci

“Recebi o seu delicioso “Memórias de Botucatu II” e devoreio-o em uma sentada. Nada mais posso dizer além do que já foi dito, faltariam-me adjetivos. Espero, para deleite de todos nós, que você não pare por aí. Parabéns! Afetuoso abraço.” (Dr. Sebastião de Almeida Pinto Filho/Jornal de Botucatu/06/10/1993).
Dr. Sebastião de Almeida Pinto Filho

“Muito obrigado pelo exemplar do “Memórias de Botucatu 2”. Estava ansioso para lê-lo mais uma vez convocando esses vultos memoráveis. Um poder – e grande – aos que cultivam a História é o de poder fazer justiça...ao que estava esquecido. Principalmente aos que praticam essa História-cronicada em que você se desenvolve muito bem. Que fartura de informações, quantas ilações nos pequenos anúncios no “Jornal de Notícias” e na “Folha de Botucatu” que você reproduziu às págs. 78-1 e 78-2. Deu-se conta? Leio na crônica da Elda, na “A Gazeta” que me chega hoje, a morte de duas notáveis (e minhas professoras): dona Ziza e dona Eunice. Merecerão figurar no seu “Memórias 3”... Pág. 45: “Porquê a cidade, etc...”A verdade é que os líderes políticos e sociais, no 1º momento, gelaram o pedido da Faculdade de Medicina. Não acreditaram...Se a cidade queria uma Faculdade, pleiteariam a de Direito. Fácil, sem instalações, etc. Houve reunião no Gabinete do Emílio. Estudantes ( não guardei os nomes, 2 ou 3, o Faraldo, eu). Seria medicina ou nada...O Jânio ajudou e muito. Quando a idéia enraizou, os políticos acorreram. Isso é fato. Ainda vejo o Faraldo aos gritos! Falaremos mais. Obrigado. (Hernâni Donato - Membro da Academia Paulista de Letras e ex-Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo/Jornal de Botucatu/06/10/1993).
Hernâni Donato - Academia Paulista de Letras

“Recebi o exemplar do livro “Memórias de Botucatu 2”, de sua autoria, com sua gentil dedicatória. Quero agradecer a amabilidade de sua oferta, cumprimentá-lo pelo referido trabalho. À oportunidade peço que aceite minhas cordiais saudações.” (Antonio Ermírio de Moraes - Superintendente do Grupo Votorantim/Jornal de Botucatu/06/10/1993).
Antonio Ermírio de Moraes - Empresário

“Recebi o exemplar do livro “Memórias de Botucatu 2” que teve a gentileza de me enviar, bem como sua amável referência ao meu avô Comendador Pereira Ignácio. Grato por sua atenção, aceite meus cumprimentos e votos de muito sucesso. Atenciosamente. José Ermírio de Moraes Filho (Presidente do Grupo Votorantim).
José Ermírio de Moraes Filho - Empresário

“Muito agradecido por sua carta e pelos 2 volumes de Memórias de Botucatu. Vou ler esta obra com interesse...Estou lhe remetendo, em anexo, o livro “Contribuição para a História da Ciência no Brasil”, no qual reuni vários artigos, a maioria publicados em “O Estado de S. Paulo”. Agradecendo as referências de especial apreço a meu pai em sua carta e em seus livros, subscrevo-me atenciosamente, Osvaldo Vital Brazil (filho de Vital Brazil).
Osvaldo Vital Brazil - Cientista

“Estou encantado com o convívio de suas Memórias de Botucatu. Guardo de sua cidade a melhor das lembranças quando fui hóspede de Paganini e de Agnelo. Botucatu de Alcides Ferrari, Rafael Ferraz de Sampaio, Alceu Maynard de Araújo, Ibiapaba Martins, Francisco Marins, Hernâni Donato, Armando Delmanto e tantos outros amigos, é hoje poesia no coração do poeta. Ainda há pouco, recordava com Laudo Natel o encanto das noites de sua cidade e o carinho de sua gente. Um abraço muito grato do seu irmão em Arruda Camargo e Ibrahim Nobre. Paulo Bomfim (da Academia Paulista de Letras, considerado o Príncipe dos Poetas Brasileiros).
Paulo Bomfim - Academia Paulista de Letras

“Armando.Permita-me chamá-lo assim, porque você tem idade para ser meu filho. Gostei muito do livro “Memórias de Botucatu”. Lembrei-me de várias coisas e pessoas que você citou com tanta nitidez. A homenagem a meu pai, prestada nesse livro, deixou-me comovida e saudosa. Ele adorava Botucatu, não permitia que se falasse uma palavra que a prejudicasse. Tenho um neto estudando aí, Zootecnia. Parabéns pelo seu trabalho. Lourdes Ferrari Porchat (filha do Des. Alcides de Almeida Ferrari, Patrono do Fórum de Botucatu e ex.Presidente do Tribunal de Justiça do Estado).
Lourdes Ferrari Porchat

MOÇÃO DE CONGRATULAÇÕES “Apresentamos à Mesa, ouvido o Colendo Plenário “MOÇÃO DE CONGRATULAÇÕES E APLAUSOS” para com o escritor e advogado ARMANDO MORAES DELMANTO, pelo lançamento glorioso do livro “Memórias de Botucatu 2”, resgatando, mais uma vez, a memória de nossa cidade e eternizando a história de nosso povo. No livro “Memórias de Botucatu ” – volume 1 – Armando Moraes Delmanto aborda com profundidade e conhecimento a parte institucional de nossa cidade, porém, no volume 2, lançado no último dia 23 de julho, o talentoso escritor relata com riqueza de detalhes a história da Medicina de Botucatu, que é a grande responsável pelo desenvolvimento cultural e industrial do Município.” “de autoria do Presidente da Câmara Municipal de Botucatu, Vereador Fernando Carmoni e aprovado por unanimidade dos Senhores Vereadores/Jornal de Botucatu/06/10/1993).
MOÇÃO DE CONGRATULAÇÕES - Câmara Municipal de Botucatu

“...No primeiro volume das “Memórias”, o escritor abordou mais a parte institucional da cidade, como a origem do nome, do povo e das imigrações. O volume II é uma continuidade e procura abordar com riqueza de detalhes a história da medicina em Botucatu. ...O autor tenta mostrar que a medicina está diretamente ligada a Botucatu em cada etapa, em cada fase de sua história. Cita a UNESP, a Misericórdia Botucatuense, os principais Centros de Saúde e, principalmente, suas dificuldades para viabilizar sua implantação no município. Ele coloca essas instituições como sendo as grandes responsáveis pelo desenvolvimento cultural e industrial da cidade; e não se esquece de lembrar os nomes daqueles que trabalharam por essas conquistas. ...Para elaborar as mais de 200 páginas que são ilustradas com 34 fotos, Delmanto pesquisou durante três anos a medicina de Botucatu... ...O escritor, que faz das suas obras um universo de pesquisas, afirma que ainda há muito o que falar desta terra: “Muitos fatos marcantes ficaram sem registro, esquecidos no tempo. Isso dificulta as pesquisas. Por isso seria interessante que se criasse um arquivo histórico da cidade de Botucatu”, sugere.” (da reportagem especial do “Correio da Serra” (hoje, Diário da Serra), de autoria do jornalista Quico Cuter/Correio da Serra/18/07/1993.
Quico Cuter - Correio da Serra

“As razões sempre foram as mesmas: amor e prazer no que faz. Assim, há muitos anos que escrever virou uma das paixões obsessivas de Armando Moraes Delmanto. O primeiro livro aconteceu em 1970 – “A Juventude: participação ou omissão”. Vieram: “Crônicas da Minha Cidade”, em 1976, “Constituinte”, em 1981, “O Sonho não Acabou”, em 1988 e “Memórias de Botucatu” em 1990. No próximo dia 23, às 20 horas, no Centro Cultural, mais um: “Memórias de Botucatu 2”... Definitivamente o autor segue a vocação de Hernâni Donato, com o “Achegas para a História de Botucatu” e do saudoso Sebastião de Almeida Pinto, com “No Velho Botucatu”, que são verdadeiros cultos ao torrão natal...” (Renato Vieira de Melo, cronista e professor/Correio da Serra/18/07/1993).
Prof. Renato Vieira de Melo

“O tempo, na sua inexorável infinitude, marca a vida humana num compassar ininterrupto, e o homem, na sua complexa inteligência, tenta mensurá-lo, para sentir-lhe o perspassar contínuo. Situar-se perante ele, pois, é o sentir-se com envaidecida plenitude no mundo. Armando Delmanto, brilhante historiador das coisas do tempo de Botucatu, vem procurando resgatar fatos históricos de nomeada importância para a nossa vida cultural e, ao lançar, “Memórias de Botucatu 2”, transporta-nos para um passado de nossa gente que ajudou a construir o presente desta terra querida, numa perspectiva realística do futuro.” Prof. José Celso Soares Vieira – Presidente da Academia Botucatuense de Letras/Correio da Serra/18/07/1993.
José Celso Soares Vieira – Presidente da Academia Botucatuense de Letras

“O Armando Delmanto sempre se preocupou com as coisas de Botucatu. Desde o seu tempo de Ginásio Diocesano (hoje, La Salle), quando lançou a “Tribuna do Estudante”. Depois disso, muito tem feito para que o passado de Botucatu não se perca no esquecimento. Faz muito bem. É preciso que os que vierem saibam de nossa história. E é uma história rica de personagens e fatos. É uma história de heróis. Não de heróis que colocaram armas nas mãos, mas de heróis que enriqueceram nossa cultura e fizeram Botucatu respeitada e admirada. Parabéns, Armando! Botucatu precisa de gente como você. Botucatu precisa de pessoas que amem esta terra e não queiram vê-la esquecida. Que a rica memória de Botucatu fique mais enriquecida com suas palavras.” Bahige Fadel, educador, escritor e Membro da Academia Botucatuense de Letras/Correio da Serra/18/07/1993.
Prof. Bahige Fadel

“Armando Moraes Delmanto volta à carga com seu livro “Memórias de Botucatu 2”, para resgatar a história da gente botucatuense. Ao lado dos grandes nomes literários desta terra preocupados com o mister, Armando se destaca por sua vivacidade e leveza de estilo que a todos agrada. Oxalá sua obra atinja não apenas o público adulto – que já lhe é fiel – mas também a nossa juventude, tão carente de conhecimentos sobre sua própria terra. Que o sucesso desse lançamento lhe sirva de estímulo para outros tantos são meus sinceros votos.” José G. L. Lopes, educador, poeta e Membro da Academia Botucatuense de Letras/Correio da Serra/18/07/1993.
Prof. José Geraldo Luiz Lopes

“Sempre fui favorável ao ensino da história local e institucional em todos os níveis de ensino, pois não há como refletir sobre as experiências do passado, para bem conduzir o presente e prever situações futuras. É de conhecimento geral que o dr. Armando Delmanto irá lançar, em breve, novo e bem documentado estudo histórico local, enfocando episódios interessantes de Botucatu, hoje. Tal notícia não pode deixar de alegrar toda a comunidade botucatuense e de modo singular seus colegas da Academia Botucatuense de Letras, da qual o dr. Delmanto é membro atuante. Ao lhe antecipar meus parabéns, faço votos que o gesto do dr. Armando Delmanto – nova página aberta nos gloriosos capítulos elaborados pelos ilustres historiadores clássicos desta região – seja estímulo para novas pesquisas, descoberta de novos documentos e composição de novos estudos para sempre melhor conhecimento desta Pátria local, tão querida e amada.” Dom Vicente Marchetti Zioni – Arcebispo Emérito de Botucatu e Membro da Academia Botucatuense de Letras/Correio da Serra/18/07/1993.
Dom Vicente Marchetti Zioni – Arcebispo Emérito de Botucatu

“MEMÓRIAS DE BOTUCATU 3” – edição de 2000: “Retornei hoje a São Paulo depois de um descanso necessário. Cheguei no aniversário de São Paulo, com muita saudade de Botucatu. Na correspondência encontrei o presente de uma jóia – “Memórias de Botucatu III”. Corri os olhos ansioso e pude notar numa vista rápida que o livro deveria chamar-se “A Bíblia de Botucatu”. Ele é um misto de alta literatura, científica, histórica, modelo de pesquisa, calendário de projetos, antologia de vultos históricos, sociologia psicológica de um povo, poema de uma cidade, geografia comunitária, um projeto de História da Educação de Botucatu, enciclopédia de vultos históricos e, sem dúvida, o roteiro político da continuidade do progresso de uma cidade que nasceu com perfil de gigante para não ficar eternamente deitado. Você teve o dom de reunir séculos com estórias e histórias. Volto a dizer que o Delmanto é Botucatu, ou melhor, Botucatu é Delmanto. Preciso ler o “Memórias III” com mais vagar e sentimentos e essa leitura só pode ser feita na terra do Peabiru, isto é, a pátria do Delmanto. Agradeço-lhe, como sempre, as suas referências ao meu nome. Um abraço amigo do, Agostinho Minicucci, educador e escritor/ Almanaque Cultural de Botucatu/2000).
Prof. Agostinho Minicucci

“Começo melhor para o ano 2000 no campo histórico-cultural não poderíamos ter em Botucatu. Obrigado pelas “Memórias III”. Modo original de fazer História juntando o documento e a sua análise. Li-o, apenas retirado do envelope. Continue. Parece-me que mudaram o nome do aqüífero para Aqüífero MERCOSUL. É isso? E o “um inglês nascido em Botucatu”? Não se adiantou na pesquisa? O Paulo Henrique conseguiu algo? Na Inglaterra é que está a solução do enigma. Há décadas cheguei a esboçar um romance “A Fazenda” que não sendo a do Conde, seria aquela. O antigo editor Diaulas Riedel, menino-jovem passou ali férias de verão e com entusiasmo e minúcias, descreve-a. A Condessa, idosa, mantinha quiosque no Boi de Bologne no qual, no inverno, oferecia café brasileiro. De certo, da fazenda. Imagine escravos abrindo picada, do Porto Martins à fazenda e transportando ardósias francesas, veludos italianos, mudas de pinho de Riga, piano alemão para a casa sede. Boa tarefa será um volume – elaborado sem pressa – para a tal casa, a mais importante da região. Abraço, obrigado, Hernâni Donato, Membro da Academia Paulista de Letras e ex-Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo/Almanaque de Botucatu/2000.
Hernâni Donato - Academia Paulista de Letras

“Mal recebi e já mergulhei na leitura das “Memórias de Botucatu III”. Como sempre, você consegue aliar à pesquisa uma linguagem coloquial, o que torna a visão de nossa história ainda mais agradável e atraente. Fiquei emocionado com os detalhes da construção do nosso primeiro arranha-serra (bela expressão). As memórias do menino botucatuense misturam-se aos dados fornecidos pelo historiador. Como uma personagem do “Armacord”, também eu sempre imaginei a boate do Peabiru como palco de festas suntuosas e de encontros fortuitos. E, em minha cabeça, padres furibundos barravam o meu sonho felliniano. O Lawrence é material para novela! Que história mais fantástica. E fiquei comovido ao ver a foto da casa da Sra Leandro Dupré. Quero saborear cada página, pois sei que aprenderei muito com essa leitura. Mais uma vez você contribui, de forma incisiva, para que Botucatu não perca a sua identidade, e para que nós tenhamos muito orgulho desta cuesta.” Alcides Nogueira, escritor e dramaturgo/ Almanaque Cultural de Botucatu/2000.
Alcides Nogueira - Dramaturgo

“A Academia Botucatuense de Letras vem, através deste, congratular-se com V.Sa. pelo sucesso no lançamento do livro “Memórias de Botucatu III”, no início deste ano. Manter a história de nossa gente viva na memória dos mais velhos e fazê-la nascer na mente dos jovens é ato digno e louvável perante a Cultura. Continue sendo o elo entre o passado e o presente para manter vivo o futuro.” José Celso Soares Vieira – Presidente da Academia Botucatuense de Letras/ Almanaque Cultural de Botucatu/2000.
José Celso Soares Vieira – Presidente da Academia Botucatuense de Letras

“Agradeço a delicadeza do seu terceiro livro sobre “Memórias de Botucatu”. Meus parabéns. Comecei a lê-lo. Continue a usar sua pena, produzindo obras maravilhosas. Abençô-o.” Dom Antonio Maria Mucciolo – Arcebispo Metropolitano de Botucatu/Almanaque Cultural de Botucatu/2000.
Dom Antonio Maria Mucciolo – Arcebispo Metropolitano de Botucatu

O advogado Armando M. Delmanto lançou a CLT em tamanho menor para mais fácil e melhor manuseio, obtendo grande receptividade no meio jurídico. Organizador da “Consolidação das Leis do Trabalho”, da “Coleção de Leis Rideel” - Série Compacta, edições de 1996/97/98, proporcionou uma excelente e prática edição da CLT aos que militam na área jurídica e aos acadêmicos de direito em geral - 666 págs. - 1996/97/98.
CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – EDIÇÕES DE 1996/97/98

“As Leis Trabalhistas Se é verdade que no cenário jurídico do Brasil despontam valores expressivos, não menos verdade é a carência de livros práticos e objetivos, em que a didática assuma especial relevo, como elemento fundamental ao estudo e sistematização do Direito. Orientando sua intensa atividade intelectiva no sentido de fornecer aos advogados diretrizes que lhes possibilitem assimilação segura, o bacharel Armando Moraes Delmanto brinda-nos, em mais essa oportunidade, com obra inequivocamente valiosa, em que põe em prática seu espírito sensível e sua notável didática. Obra especial, dedicada antes de tudo aos acadêmicos de Direito e aos que militam na área jurídica, o livro CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) haverá, por certo, de alcançar magnífica receptividade, oferecendo inclusive, excelente subsídio a outras áreas como Administração de Empresas e Sindicalismo. O organizador da obra, Armando Delmanto, de tradicional família botucatuense, bacharel em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco da USP, sempre atuou, profissionalmente, na advocacia empresarial, especialmente na área trabalhista, o que motivou a Editora Rideel Ltda. a convidá-lo a organizar o referido trabalho jurídico. Esta obra é uma síntese atualizada de todo o Direito do Trabalho, já que o texto da CLT tem sofrido constantes alterações ao longo de sua existência. Soube o autor de “Memórias de Botucatu”, selecionar cuidadosamente a legislação inovadora. O dinamismo do autor possibilitou organizar um conteúdo jurídico de fácil consulta o que nos leva a crer que é obra fadada a grande sucesso, e que, por isso mesmo, facilitará a vida de universitários e profissionais liberais”. Olavo Pinheiro Godoy – Escritor e Presidente do Centro Cultural de Botucatu/revista Peabiru nº 08, de março/abril de 1998.
Olavo Pinheiro Godoy – Presidente do Centro Cultural de Botucatu

Coletânea de artigos publicados no jornal “Vanguarda de Botucatu” (1970/1980), de vários autores, sob a coordenação de Delmanto. O “Jornal Jovem para a Nova Botucatu”., era o lema do Vanguarda. Teve a colaboração de grandes personalidades de nossa cidade e revelou inúmeros jovens para o jornalismo e a literatura. Alcides Nogueira - conceituado dramaturgo - teve suas primeiras crônicas publicadas no jornal. Prefácio do escritor Francisco Marins - 83 págs. – 1988
"O SONHO NÃO ACABOU" – edição de 1988

“...Vanguarda, o periódico sobre o qual nos incumbe falar, apareceu em 1970, com um programa definido e, como toda obra de moços, a alardear vanguardismo, que nascia do próprio nome e da esperança dos jovens que a criavam. Enfatizou, desde logo, o seu propósito cultural e passou a colher e estimular crônicas, artigos, poesia e matéria literária, dando incentivo, também, a autores iniciantes. Procurava interpretar o espírito de uma geração e apontar caminhos. Feitura gráfica razoável para a época e até com duas cores de impressão. Textos artesanalmente trabalhados. Boa revisão. Alguns avanços de crítica político-social... Tudo isso fez que o milagre da sobrevivência se realizasse por uma década, quando o rol de novas publicações indica vida curtíssima para a maioria dos títulos. Armando Delmanto, idealizador e mola propulsora de Vanguarda, descendente de velho tronco de militantes da nossa imprensa e da vida política de nossa cidade como Dante, Aleixo, Antônio e Osmar, ao avaliar o desempenho daquele órgão, diz hoje, com o mesmo entusiasmo “o sonho não terminou”. Com coragem e fibra, Delmanto reafirma que valeu a pena lutar e que, mesmo sem barretadas à política partidária, é possível ir-se à frente, embora os nomes dos órgãos jornalísticos passem a ser outros. Nós porém, lembramo-nos da sentença latina: “Ad augusta – per angusta...” (do prefácio do livro, de autoria do escritor botucatuense Francisco Marins, Presidente Emérito da Academia Paulista de Letras).
Francisco Marins - Presidente Emérito da Academia Paulista de Letras

A abertura política brasileira começou a desenhar-se no ano de 1977, quando a resistência ao regime militar encontrou, mais uma vez, nas tradicionais Arcadas do Largo de São Francisco (Faculdade de Direito da USP) o seu grito de resistência. O lançamento da “Carta aos Brasileiros”, em agosto/77, cuja elaboração foi coordenada pelo Professor Goffredo da Silva Teles, defendia com intransigência a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte como única forma de sair do impasse político-institucional brasileiro. Esse importante documento foi assinado, em seu primeiro momento, por 93 juristas. Delmanto apos sua assinatura de apoio na sede do Centro Acadêmico XI de Agosto. O lançamento do livro “CONSTITUINTE – O Que Todo Brasileiro Deve Saber Sobre A Assembléia Nacional Constituinte”, em 1981, de autoria do advogado Armando Moraes Delmanto, obteve ampla cobertura da imprensa e representou um marco positivo na divulgação e explicação da CONSTITUINTE. Com prefácio do escritor Fernando Morais e com uma distribuição dirigida às principais lideranças políticas do país, o livro Constituinte foi um sucesso. Em seu prefácio intitulado “A Saída, Onde Está a Saída?”, Fernando Morais destacava: “Em meio à peregrinação que venho fazendo por incontáveis cidades do interior do Estado de São Paulo em defesa da convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, recebo como um prêmio – e como um estímulo – este convite do companheiro Armando Delmanto para prefaciar seu livro sobre o tema. O livro, estou certo, pode ser entendido desde já como mais uma poderosa contribuição à cruzada que os democratas brasileiros vêm sustentando em prol não de uma Constituinte, mas da Assembléia Nacional Constituinte, soberana e livremente eleita pelo povo. A obra se reveste de valor especial quando se sabe de que lavra vem, Armando Delmanto é um combativo político de Botucatu, em São Paulo, um jovem que publicamente se recusou a compactuar com a corrupção que corrói as tripas desta país. Seu livro representa, sem dúvida, um importante esforço para divulgar, de maneira acessível e didática, sem os rebuscos elitistas da retórica, uma concepção coerente, democrática e popular de como reorganizar o Poder em nosso País, de modo a que este seja conduzido por seu legítimo soberano, o povo brasileiro...” No livro, Delmanto incorporou o texto da “Carta aos Brasileiros” para uma maior divulgação dos postulados do Estado de Direito. Da mesma forma e com o objetivo de ampliar os valores defendidos pela Constituinte, o autor também reproduziu, na íntegra, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, importantíssimo documento elaborado pelos representantes das Nações Democráticas, assinado em Paris em 10.12.1948.
"CONSTITUINTE: o que todo brasileiro deve saber sobre a Assembléia Nacional Constituinte"- edição de 1981

“Crítica feita no jornal Folha de São Paulo , de 03/05/81, sob o título “A Constituinte ao Alcance de Todos”, de autoria do jornalista e escritor Ricardo Kotscho: “Constituinte”, de Armando Moraes Delmanto (Edições Populares), mostra a necessidade da convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, livre e soberana, como única forma (pelo menos agora) de sepultar o regime autoritário implantado no Brasil há 17 anos. O principal objetivo do livro é apresentar a questão de forma simples e didática para que todo brasileiro possa discutir “essa tal de constituinte” de que tanto se fala. Delmanto não coloca a Constituinte como a solução para todos os problemas brasileiros , mas dá ênfase à prioridade da sua convocação como instrumento para ampliar a liberdade de organização em todos os níveis. Mostra, também, como seria um poder legitimamente constituído.R.K.”
Ricardo Kotscho - Crítico do jornal "Folha de São Paulo"

“Cumprimentos sua lúcida e erudita obra “Constituinte”. Li atentamente com real proveito. Do admirador reconhecido pelas palavras de estímulo”. Deputado Ulisses Guimarães em 29/05/81 (Presidente Nacional do PMDB e, posteriormente, presidente da Assembléia Nacional Constituinte/88).
Deputado Federal Ulisses Guimarães - Presidente da Assembléia Nacional Constituinte/88

“Por iniciativa do Deputado José Yunes, a Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou, por unanimidade, um requerimento de saudação à Armando Moraes Delmanto. Referindo-se à obra, em certa parte o requerimento destaca: “Com rara felicidade, aponta o autor o contraste existente em nossa sociedade através do distanciamento econômico-social enorme que há entre seus membros, distanciamento este, aliás, que começa a ganhar proporções alarmantes. Apregoa por fim, o diligente vereador de Botucatu, a necessidade da convocação de uma Constituinte para, através da manifestação do Poder Soberano, ser reformulada a Ordem Jurídica, Econômica e Social Brasileira...”
Deputado Estadual José Yunes

“Li, com crescente entusiasmo, a sua obra “Constituinte”, que recebi com sua atenciosa dedicatória. Não posso, por um dever de justiça, deixar de apresentar-lhe meus cumprimentos pelo excelente trabalho, didático, enxuto, mas que traz espelhado o brilho de sua cultura e o vigor de seu idealismo em defesa da causa de toda a Nação Brasileira, que clama pelo restabelecimento pleno de seus direitos e de suas garantias sociais através de uma Assembléia Nacional Constituinte. Esse é o caminho que todos nós buscamos e o seu trabalho representa uma valiosa e patriótica contribuição para a conscientização popular. Parabéns!” Deputado Luiz Máximo- líder da Bancada do PMDB na Assembléia Legislativa. S.P. 29/04/81.( ao depois , no PSDB ,elegeu-se presidente da Assembléia Legislativa Paulista).”
Deputado Estadual Luiz Máximo

“Recebi seu excelente e significativo trabalho sobre Constituinte. Louvo obra e agradeço sua amável dedicatória cumprimentando bravo, coerente e consciente estudioso. Abraços.” Senador Pedro Simon- PMDB (posteriormente, governador do Rio Grande do Sul).”
Senador Pedro Simon

“Agradeço prezado companheiro envio excelente livro “Constituinte”. Muito didático e, creio, contribuirá para a cruzada da Constituinte. Saudações.” Deputado Alceu Collares, líder do PDT.(ao depois, prefeito de Porto Alegre).”
Deputado Federal Alceu Collares

“Ao prezado amigo e colega Dr. Armando Delmanto, acusando o recebimento de seu trabalho intitulado “Constituinte”, agradeço essa lembrança amável, bem como a gentil dedicatória, felicitando por mais esta publicação, prova incontestável da sua inteligência fértil e capaz. Com um abraço do Manoel Pedro Pimentel – Professor Catedrático da Faculdade de Direito da USP (ex-Secretário da Justiça e da Segurança Pública do Estado)”
Prof. Manoel Pedro Pimentel

“Armando. Li, de um só fôlego, o seu “Constituinte”. A identidade de idéias é tal, que me parecia tê-lo escrito. Não sei o que Deus me reserva, mas se chegar ao Governo, irei buscá-lo, sem escusas. No opúsculo está tudo. Síntese magnífica! Disse-lhe - lembra-se ? – que há pouco sobre a matéria. É uma espécie de “O Capital”, do qual todos falam, mas...poucos leram... Assim, é a Constituinte! Parabéns. Você tem em mim um admirador incondicional. Do Jânio Quadros – 08.VI.1981.” “Armando. Nossa idéias se casam, e são fundamentais. E a Constituinte, por exemplo. Você não poderia mandar-me o opúsculo? A sugestão do “jornal” está aceita. Com o seguimento natural da nossa e da política externa. Eloá e eu mandamos um abraço, extensivo à família. Do Jânio Quadros – 12.X.1981”. (ex-Prefeito de São Paulo, ex-Governador de São Paulo e ex-Presidente da República).
Jânio Quadros - ex-Prefeito de São Paulo, ex-Governador de São Paulo e ex-Presidente da República

O livro é uma coletânea de crônicas referentes à cidade de Botucatu: sua gente, suas coisas, seus problemas, suas perspectivas... Publicadas no jornal “Vanguarda de Botucatu”, durante o ano de 1970 - 110 págs. – 1976. Faz uma abordagem das Instituições Sociais da cidade, além de dar destaque às grandes batalhas travadas pelo desenvolvimento e progresso de Botucatu.
"CRÔNICAS DA MINHA CIDADE" – o Livro de Botucatu – 1976

“Caro Delmanto: Foi com satisfação que recebi o livro de sua autoria “Crônicas da Minha Cidade”, Agradeço a sua amável lembrança e cumprimento-o pela feliz idéia. Cordialmente. Prof. Manoel Gonçalves Ferreira Filho – Vice Governador do Estado de São Paulo – (jornal “Vanguarda de Botucatu”/set./1976)”.
Prof. Manoel Gonçalves Ferreira Filho – Vice Governador do Estado de São Paulo

“Armando: - Você comprova a expectativas que eu tinha a seu respeito como estudante: - dinâmico, realizador e democrata até à medula. Você tem o vírus da democracia, célula por célula. É uma herança, sem dúvida. Desde aquela monografia que você fez, no lº Colegial, e o lançamento do jornalzinho, senti, como diria Castro Alves, o despertar de uma vocação. Li o seu livro, reli, li de novo. Magnífico. Fui-me encontrar numa apresentação da qual ignorava a existência. Recompus-me num passado de recordação. Bravos. Pra frente! Prof. Agostinho Minicucci (jornal “Vanguarda de Botucatu/set./1976)".
Prof. Agostinho Minicucci

"Caro Armando Delmanto: Muito grato pela remessa de um exemplar do seu livro "Crônicas da minha Cidade". Afora o valor da obra qual mensagem de jornalismo, encontro nele abundância do ingrediente que sempre me emociona: o amor à terra natal. Principalmente em alguém que a deixou fisicamente mas permanece jungido a ela pelo coração. Grato também por me ter feito participar do seu livro mediante a transcrição de um escrito inteiramente despretencioso e desvalioso. Com os votos de sucesso, o abraço do Hernâni Donato (jornal “Vanguarda de Botucatu/set./1976)".
Hernâni Donato - Academia Paulista de Letras

"Caro Armando. Retornando de viagem, encontrei o seu livro "Crônicas da Minha Cidade". Em meu nome e no de Ruth agradeço a gentileza da dedicatória e faço votos para que você prossiga de vitória em vitória na sua curta, mas já tão expressiva existência como jornalista e homem voltado para a causa pública. Milton Mariano (jornal “Vanguarda de Botucatu/set./1976)".
Milton Mariano

“Ao prezado colega Armando Delmanto, muito agradeço a remessa das saborosas "Crônicas", que estou lendo com crescente interesse, bem como a amabilíssima dedicatória. Prossiga! Abraça-o o Antonio Chaves – Prof. Catedrático de Direito Civil da Faculdade de Direito da ÜSP (jornal “Vanguarda de Botucatu”/set./1976)".
Prof. Antonio Chaves

"Meu Caro Delmanto. Não foi surpresa nenhuma verificar quão agradável é a leitura de suas "Crônicas da Minha Cidade", que me enviou. Já naqueles saudosos tempos em que trabalhavamos juntos pintavam os germes do escritor que agora vejo florescem com galhardia. Tenho a mais absoluta certeza de que logo nos brindará com outros excelentes trabalhos. Queira recomendar-me ao seu caro Pai. Abraços. Prof. Francisco Carlos Sodero. Presidência do Conselho Regional do SENAI - S. P. (jornal “Vanguarda de Botucatu”/set./1976)
Prof. Francisco Carlos Sodero

"Jovem e prezado amigo. Saúde e paz. Muito obrigado pelo envio de "Crônicas da Minha Cidade", que dá seqüência à "Juventude: participação ou omissão". Vejo, com alegria, que você persevera em sua carreira de jornalista e escritor preocupado com os problemas de sua geração e da vida comunitária da sua encantadora e dinâmica Botucatu. Gostei muito da fotografia que você reproduziu na contra-capa: - Antônio e Armando Delmanto, abraçados e sorridentes, companheiros de ideal e de luta no "Vanguarda de Botucatu": - duas gerações dos Delmanto servindo exemplarmente à sua terra e à sua gente. Parabéns, Armando! Prossiga, para contentamento de seus amigos e admiradores, entre os quais se inclui o Lucas Nogueira Garcez (ex-Governador do Estado de São Paulo)- jornal “Vanguarda de Botucatu”/set./1976)"
Lucas Nogueira Garcez - ex-Governador do Estado de São Paulo

 
     
 
 
 
Histórico da Academia Botucatuense de Letras - Parte 3

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Nem é preciso dizer que quando o Mestre Agostinho - Guardião da nossa Cultura! - prescreve tarefas, elas devem ser sempre cumpridas...

Mas é com prazer e orgulho que temos procurado divulgar a obra de Alceu Maynard Araújo. Já em nossa posse na ABL, destacavamos em nosso discurso que:

"Título: A bondosa indicação do Dr. Sebastião ou de como um escriba panfletário chegou à Academia.

"Se me cortam um verso, escrevo outro;

Se me prendem vivo, escapo morto;

E, de repente, eis eu aí de novo,

Exigindo a paz e exigindo o troco".

As coisas em nossas vidas nunca acontecem por acaso. Fui indicado para a Academia Botucatuense de Letras pelo saudoso médico e professor Dr. Sebastião de Almeida Pinto. Indicado, fui aceito pela gentileza de seus membros para ocupar a cadeira que tem por Patrono o notável escritor Paulo Setubal.

Mas a vida quis, o que muito me honra e sensibiliza, que houvesse um remanejamento, não muito normal em casos que tais, vindo eu a ocupar a cadeira que tem como Patrono o ilustre historiador e folclorista Alceu Maynard Araújo e, como antecessor, exatamente, aquele que me convidou e indicou para fazer parte deste seleto sodalício: o Dr. Sebastião de Almeida Pinto.

É uma dupla honra: suceder a tão ilustre botucatuense e ter como Patrono esse excelente folclorista.

O Dr. Sebastião foi professor de Alceu na sempre tradicional Escola Normal de Botucatu.

E o Dr. Alceu foi meu professor na Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Aqui, abro um parentêse.

A festa com que Alceu recebeu um botucudo, a atenção que me foi dispensada e os ensinamentos que desse Mestre aprendi, marcaram-me para sempre.

Fecho o parentêse.

Alceu e Tião sempre dedicados à história e à pesquisa. Ambos tendo por Botucatu um carinho e uma predileção marcantes. Nosso passado e nossas peculiaridades.Os desbravadores. Os nossos sonhos. As nossas decepções. As vitórias e derrotas da cidade e dos botucatuenses tiveram a atenção e o relato desses cultores da nossa história e do nossofolclore.

A eles, sucedo. Às suas qualidades, não tenho a pretensão.

"Se me cortam um verso, escrevo outro;

Se me prendem vivo, escapo morto;

E, de repente, eis eu aí de novo,

Exigindo a paz e exigindo o troco".

Novamente repito: A bondosa indicação do Dr. Sebastião ou de como um escriba panfletário chegou à Academia.

Do Dr. Alceu, em discurso histórico, o Dr. Sebastião de Almeida Pinto traçou o perfil. Foi esportista, professor, diretor, sociólogo, escritor, Patrono da cadeira nº 2 da Academia Botucatuense de Letras e membro da Academia Paulista de Letras, juntamente com Hernâni Donato e Francisco Marins.

Nascido em Piracicaba, Alceu, desde pequeno, foi criado em Botucatu, cidade que considerava como sua. Aqui fez suas amizades e estudos, culminando com sua diplomação pela Escola Normal de Botucatu. Formado Professor, Alceu foi lecionar em Pirambóia. Atento observador foi registrando os usos e costumes, as tradições, as crendices, as esperanças e os antepassados dessa gente boa do interior.

Transferindo-se para São Paulo, Alceu, que sempre foi conhecido como o "peito de ferro", por seu porte atlético, ingressou na Escola Superior de Educação Física da USP. Formado, lecionou em inúmeras escolas municipais. Na busca do saber, licenciou-se em Sociologia. Lecionou na Escola de Sociologia e Política, agregada à USP, onde tive o privilégio de ser seu aluno. Não satisfeito em sua busca do saber, bacharelou-se em Direito pela tradicional Faculdade de Direito do Largo de São Francisco - USP. Nesse tempo todo dedicava-se ao folclore: pesquisando, escrevendo artigos para jornais e revistas. Enfim, Alceu dedicou-se inteiramente à cultura, escrevendo, lecionando e dirigindo faculdades. Foi Vice-Diretor das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU, quando era Diretor da mesma, outro grande botucatuense, Mestre de todos nós, o Professor Agostinho Minicucci.

Participou da elaboração da Enciclopédia da Cultura e Folclore Nacional, autor de "Medicina Rústica" e "Pentateuco Nordestino", Alceu teve vida produtiva e granjeou o respeito e a admiração de seus pares.

Não tendo nascido em Botucatu, orgulhava-se de ser considerado autêntico botucudo.

Sendo o primeiro botucatuense a entrar para a Academia Paulista de Letras, logo foi seguido por Francisco Marins e Hernâni Donato.

O Prof. Alceu Maynard Araújo, Patrono da cadeira nº 2 de nossa Academia, enriqueceu a cultura botucatuense e tornou-se modêlo exemplar para a nossa juventude...Na verdade, Alceu Maynard Araújo representou, com dignidade e brilho, a cultura nacional. Entre os inúmeros cargos de destaque que ocupou, ressalte-se o de Grande Secretário de Cultura do Grande Oriente (GOB) de São Paulo.

Obras Literárias

Durante sua fértil produção literária, Alceu Maynard escreveu os seguintes livros e albuns ilustrados com fotos e desenhos:

Chuvisco de Prata - 1931, Caminhos Apenas... - 1939, Seis Lendas Amazônicas - 1943, Acampamento Ajuricaba - 1946, Cururu - 1946, Danças e Ritos Populares de Taubaté - 1948, Folias de Reis de Cunha - 1949, Rondas Infantis de Cananéia - 1952, Documentário Folclórico Paulista - 1952, Instrumentos Musicais e Implementos - 1954, Literatura de Cordel - 1955, Canta Brasil - 1957, Ciclo Agrícola, calendário religioso e magias ligadas às plantações - 1957, Cem melodias folclóricas - 1957, Poranduba Paulista - 1958, Alguns Ritos Mágicos - 1958, Folclore do Mar - 1958, A Congada Nasceu em Roncesvales - 1959, Medicina Rústica - 1961, Chefes do Governo Paulista - 1961, Brasil - Paisagens e Costumes - 1962, Novo Dicionário Brasileiro (verbetes de folclore) Melhoramentos - 1962, Folclore Nacional - 1964, Escorço de Folclore de uma Comunidade - 1962, Discuros de Posse na Academia Paulista de Letras - 1965, Artesanato e Desenvolvimento - "O caso cearense"- José Arthur Rios"- 1970, Pentateuco Nordestino - 1971 e Cultura Popular Brasileira - 1971.

Esse o perfil do "botucatuense" Alceu Maynard Araújo !

(Revista Peabiru - março/abril/99 - AnoIII - nº 14)

FRANCISCO MARINS: "A SAGA DO CAFÉ"

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Maria Amélia Blasi de Toledo Piza: Educadora, Musicista e Artista Plástica é Membro da ABL

Uma Academia de Letras com patrono atuante, produzindo, escrevendo, proferindo conferências e sendo entrevistado por alunos interessadíssimos, penso eu que é só a nossa. Que ainda duplica a dose, pois tem dois patronos vivos e ativos: Hernâni Donato e Francisco Marins. Por isso, falar da obra deles significa dar uma informação obtida até o dia de hoje, porque eles lá estão, produzindo mais e com alguns escritos novos quase prontos para editar.

É um grande prazer para nós contar com a presença amiga de Francisco Marins, residindo em Botucatu. Dentro de sua instituição "Convívio Cultural", no coração da cidade, este escritor devotado reuniu uma preciosa biblioteca destinada às crianças, jovens e adultos. Em suas salas acolhedoras, tem reunido palestrantes eminentes e ouvintes interessados. Agasalha a Academia Botucatuense de Letras que realiza alí suas reuniões quinzenais e dispõe de uma sala para seus trabalhos de pesquisa. Expõe alí uma galeria valiosa de trabalhos de arte, desde os originais dos "Bicos de pena" que ilustraram suas obras até uma coletânea expressiva de artistas da cidade. No "Convívio" coletou criteriosamente documentos que formam um embasamento seguro para a pesquisa histórica da região, recebendo alí estudiosos que desejam pesquisar este rico manancial ou simplesmente trocar idéias com ele.

O personagem Francisco Marins1 proporciona numerosos e ricos enfoques. Hoje, entretanto, vamos destacar um único tema de sua vasta produção literária, e mesmo assim, para focalizá-lo sob uma determinada ótica: a linha construtiva da "Saga do Café", tetralogia premiadíssima .

A "Saga do Café"

A história da conquista do interior paulista transparece na obra de Marins abrangendo um período de tempo que se estende de 1842 até 1924.

Em meio à rede de acontecimentos políticos que vão determinando as linhas de ação dos personagens, forma-se uma delicada trama de amor, dedicação, patriotismo, perseverança diante das dificuldades, determinação diante dos desafios. Estas atribulações humanas, expostas ao longo da história de um casal central - Otacílio e Maria Amélia-, dão a justa medida da têmpera de aço em que foi forjado o paulista.

O autor situa este período espaço- temporal primeiro no território que "medeia os rios Tietê e Paranapanema", para depois expandí-lo pela região noroeste. Pousa o pensamento central onde tem suas próprias raízes: a cidade de Botucatu, nascida sob a égide de Nossa Senhora das Dôres e de Santana, pequena freguesia em 1846, elevada a vila em 1855. Ler Marins, é ver com outros olhos os logradouros desta cidade, voltando à sua nomenclatura antiga, reencontrando seus chafarizes, suas matas e revivendo tantos episódios realmente acontecidos. Se a fantasia de Marins preenche os interstícios, ligando e dando um sentido a episódios que afluem soltos nas crônicas e recordações dos moradores, sua fidelidade ao espírito desta gente recria sêres humanos tão reais como os que palmilharam este chão. O dom de levar seus leitores a penetrar e compartilhar o passado, revivendo suas emoções, despertando neles a convicção de sua própria condição de paulista conquistou para Marins um lugar marcante na literatura brasileira.

No primeiro volume da tetralogia , Clarão na Serra, é focalizado o início do desbravamento das terras do oeste paulista. O pioneiro enfrenta o índio e luta com o rival pela posse da terra. Segue-se o esforço do plantio, as dificuldades com a mão de obra escassa, a libertação dos escravos que já faziam parte dos agrupamentos humanos. Fazendeiros truculentos, jagunços assassinos, desenham com sua desmedida ambição a trama movimentada e forte.

Grotão do Café Amarelo, agraciado com o prêmio "Jabuti", focaliza o período que medeia entre 1889 e 1904, quando se inicia a chamada "corrida do café" e a paisagem agreste do primeiro texto se transforma na região cultivada e trabalhada pelo homem. A preocupação dos colonos já assentados é agora com a colheita, com o preparo de novos trechos de cultura. Neste volume, com a fixação do homem e a formação das primeiras comunidades rurais, transformando-se uma delas pouco a pouco em vila, surge a trama de um romance, com seus personagens se relacionando, planejando e construindo o dia a dia de uma cidade de interior. Está presente nele o amor, a dedicação, o idealismo. É descrito o trabalho dedicado do médico Vital Brazil executando as primeiras experiências com o soro anti-ofídico . Desfilam, descritas com maestria, os personagens de bandidos, mulheres corajosas, homens rudes, lendas e costumes da época e do lugar.

Obra que os botucatuenses lêem com emoção, colocando-se, graças ao talento mágico do romancista no centro da ação dos momentos históricos que marcaram profundamente sua cidade natal. ...E a Porteira Bateu nos põe em contacto com a realidade cafeeira do começo do século e com as lutas do desbravamento da Noroeste. Com o avanço das culturas de café, segue a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil - façanha de heróicos exploradores a vencerem florestas e rios e ao mesmo tempo formando fazendas e povoados. Neste volume Marins traça um retrato vivo e realista da expedição do Padre Claro, na região de Bauru e do rio Feio. O toque mais dramático, no entanto, está reservado para a narrativa da terrível geada de 1918, que arrasou em uma noite a maior lavoura de café do mundo.

Atalho sem Fim, quarto volume da saga, aborda o início da derrocada da cultura do café, episódios da Revolução de 1924 em São Paulo.

O golpe desferido na cultura do café vai sendo pouco a pouco absorvido, e a diversificação da lavoura destina as terras à criação do boi e à cultura do algodão. Surge a figura do boiadeiro, os costumes e lendas ligados às viagens das boiadas desde Mato Grosso. Os acontecimentos políticos extravasam das grandes cidades: a Revolução Paulista de 1924, o bombardeio da cidade de São Paulo, as lutas sociais, os interesses econômicos, a fuga dos revolucionários, fazem parte da trama deste volume.

1 Francisco Ferrari Marins (1922), nascido em Botucatu, desde muito jovem escrevia em jornais e revistas estudantis, vários deles fundados e dirigidos por ele, além de colaborar em importantes periódicos nacionais. Desde 1945 dedicava-se à literatura infanto-juvenil, produzindo uma série de livros ambientados na vida rural brasileira, bem como ligados a importantes fatos históricos, referentes à nossa terra ou à história universal. Aos 32 anos foi agraciado com seu primeiro importante prêmio: "Carlos de Laet", conferido pela Academia de Letras pela narrativa intitulada A Aldeia Sagrada, obra que revelava ao jovem a realidade de Canudos. Dois anos depois, conquista o prêmio "Fábio Prado", da Associação Brasileira de Escritores, com Volta à Serra Misteriosa, segundo volume da série "Roteiro dos Martírios".

A incursão do escritor Marins no terreno da ficção para adultos tem início com a publicação do romance Clarão na Serra , em 1961, premiado pela Prefeitura Municipal de São Paulo. Este vem a ser o primeiro volume de uma "saga do café", que vai completar-se com Grotão do Café Amarelo", publicado em 1964 , ...E a Porteira Bateu, em 1968, e Atalho sem Fim, em 1986.

(Revista Peabiru - março/abril/97 - Ano I - nº 02)

HERNÂNI DONATO: INTELECTUAL BOTUCATUENSE

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Carmem Sílvia Martin Guimarães: professora, escritora e Membro da ABL

Neste inseguro momento (ou quiça, surpreendente momento), quando se fala, se escreve, se discute sobre clonagem e são procuradas leis inusitadas que possam atender aos possíveis clones humanos, imbuo-me do prazer e do dever de apresentar e de defender o indivíduo, o inimitável, o único porque sendo único é indivisível. Inteiro. É o não clone. É o meu patrono na Cadeira número 9 da Academia Botucatuense de Letras - Hernâni Donato.

Escrever sobre ele, em sua totalidade de Homem, constitui agora minha missão. Portanto...

...Dai-me então, ó Musa, a voz forte e firme

Que eu canto o peito ilustre

Cantando espalharei por toda parte

Se a tanto me ajudar o engenho e arte."

Camões

Tecei meus lábios para que deles brote o verdadeiro mel que adoça a verdade e encanta a alma!

Iluminai minha caminhada rumo à vida e à obra de meu confrade.

Hernâni Donato nasceu no ano da realização da Semana de Arte Moderna, 1922, no dia da Padroeira do Brasil e no dia da criança - 12 de outubro. Esse filho de Adélia e Antônio estaria com um futuro dignamente traçado: um literato botucatuense a desabrochar na puberdade, quando, aos doze anos, em parceria com seu colega de infância, Chiquito (Francisco Marins) escreveu uma novela repleta de aventuras : "O Tesouro". Brasileiro, paulista, botucatuense, amante de sua terra e de sua gente, demonstrou, em todos setores em que atuou, a força do regionalismo que o prendia a Botucatu. A sua face-criança ficou aqui presa, nas ruas de terra vermelha onde brincava ou nas águas (naquele tempo, límpidas) do rio Lavapés onde nadava com seus colegas. Essa face é delineada no livro de contos "Proezas e Vitórias do Menino de Caná". Afinal, o que fez o Menino de Caná ? Tal indiozinho sempre esteve disposto a trabalhar em prol de sua tribo para trazer-lhe felicidade. Esse espírito de trabalho ficou marcado em Hernâni nas palavras de minha antecessora na Cadeira 9, em sua noite de posse:"...desde muito cedo, Hernâni Donato assumiu um encargo: ser trabalhador. Fez de tudo um pouco., desde aprendiz de alfaiate até sitiante. Aprendendo a disciplina do trabalho e somando a ela os bons hábitos adquiridos de seus familiares personificados na figura do avô de Caná, Hernâni atinge o sucesso, pois este não chega por magia...o esfôrço e a perseverança é que fazem com que as aptidões natas sejam desenvolvidas em plenitude."

No livro infantil "Os Meninos que se tornaram estrelas", Hernâni penetra na psicologia infantil, fazendo com que as crianças civilizadas se aproximem das origens indígenas e passem a admirá-las. Assim como os velhos indígenas se preocupam com o manter vivas as lendas e costumes de seu povo, Hernâni tem a mesma ânsia dos velhos índios: mostrar-nos a cultura lendária dos índios brasileiros, não dentro do enfoque ufanista dos escritores românticos, mas sim dentro do pensamento moderno, engajado, de que "um povo sem memória é um povo sem história".

O jovem escritor colaborou com vários jornais da cidade e região. Fez seus estudos no Curso Anexo à Escola Normal (EECA) onde se formou professor primário. Não se acomodou à rotina. Quis alçar novos vôos diferentes do bando. No dia 01/01/1947 partiu para São Paulo. Na metrópole, a visão nova de um mundo massificado e progressista lhe inspirou uma série de contos, entre os quais destacamos "Babel".

Sem o amor que engrandece, fortifica e partilha os momentos alegres e tristes, o homem não pode viver. Tudo isso Hernâni encontrou em Nely Marta, jovenzinha de Foz de Iguaçu com quem se casou e tiveram os filhos: M.Cláudia, M.Flávia e Antônio André. E porque acreditava e crê no amor, elaborou uma obra dedicada ao Amor: "Grandes Amores da História da Lenda" - uma verdadeira enciclopédia sobre o afeto.

Profissional competente atuou como publicitário em várias agências de propaganda como a Standar Propaganda e a Norton Propaganda. Dirigiu jornais e revistas. Produziu para a televisão um programa de grande audiência por muitos anos: "O Céu é o Limite". Foi indicado por Guilherme de Almeida como chefe do setor de propaganda da Comissão do Quarto Centenário de S. Paulo.

O Espírito de pesquisa histórica crescia cada vez mais nesse incansável buscador de verdades - o nosso "Fernão Lopes Botucatuense". Publicou, em 1947, o famoso livro "Achegas para a História de Botucatu", a epopéia de Botucatu, do século XVIII até a atualidade. Não podemos nos esquecer da obra "Revolução de 32", indicadora do patriotismo e do amor à Constituição.

Além de redigir diversos ensaios, elaborou biografias variadas, proferiu e ainda profere inúmeras palestras, fez traduções graças ao conhecimento de outras línguas. Suas inúmeras viagens resultaram em material precioso a ser utilizado em seus romances, que foram buscados pelo cinema. "Chão Bruto" teve duas versões cinematográficas, filmado em Águas da Prata, concorreu no festival de Santa Marguerita e foi considerado o melhor roteiro; "Selva Trágica" foi produzido por Herbert Richers e filmado na fronteira do Brasil-Paraguai; "O caçador de Esmeraldas", produzido por Oswaldo Massaini, tinha também no elenco nada mais que Hernâni, que fez uma "ponta", quando a bandeira partia em busca de esmeraldas.

Entre seus romances, três ocupam lugar de destaque no panorama literário: "CHÃO BRUTO"- 1956 - Tem como enredo o problema entre posseiros e grileiros pela luta das terras de ninguém, nas zonas da noroeste paulista, quando se discutia na Assembléia Legislativa, na imprensa e nas ruas o destino do Pontal do Paranapanema, onde vivem as personagens. Livro atual, pois hoje revivemos a luta pelas terras do Pontal. Hernâni já falava pela boca de seus personagens: "Ai, bom Jesus, que as coisas recomeçam. Mudam os homens e os nomes, mas a cobiça é sempre a mesma !". "A terra passa de mão em mão carregada pelo dinheiro, raptada pela força conquistada pelo sangue, alcançada pelo embuste, a trapaça, a safadeza, o ardil...".

O "Chão Bruto" vai continuar a existir enquanto houver homens buscando um pedaço de terra para sobreviver. A luta pela terra é universal. Muitos "Capitães Paulos" estão a comandar capangas em busca de terras de pobres "Libêncios e Juventinos". Essa universalidade é que torna essa obra imortal.

"SELVA TRÁGICA" - 1959 - O local, bem conhecido do escritor, é na fronteira entre Brasil e o Paraguai. O personagem mais importante é o mate ou a erva. Personagens secundários seriam a terra, o tempo, o sonho...Só depois pe que surgem os humanos, que acabam seus dias tragados pela rainha da selva - a erveira - e escravizados de forma vil e inumana pelo monopólio de uma empresa comercial - implacável e feroz - a "Companhia". Porém, dentro daquela escravidão, surge um líder que enxerga mais longe e que se doa para defender os oprimidos: é o Luisão, que muito se assemelha ao Chico Mendes. Sindicalista, instiga o povo à luta: " A Companhia cobre e abafa os gemidos e os gritos da gente pobre dos ervais. Lá fora é preciso gritar! O Governo é que pode nos ajudar se chegar a nos ouvir ! Mas o governo só ouve ribombos; soluços, não. O governo está longe, tem a vista fraca demais e a erva está no meio do mato e não nos palácios do governo. Agora vamos lutar contra outro tipo de poder: o dinheiro, a política, o suborno, a malícia."

"FILHOS DO DESTINO"- 1980 - Desenrola-se no centro-sul paulista, junto a um ramal da Sorocabana, na região de Botucatu, na época em que São Paulo, com bilhões de cafezais é a maior lavoura organizada do mundo e vacila entre a agricultura e a industria, de 1895 a 1932. O colono italiano ruma para o campo para substituir o negro liberto. Mostra-nos, com emoção especial, o drama do imigrante, desde sua chegada ao porto de Santos até a arribada nas lavouras, seu trabalho, seus costumes, sua dor, e, principalmente, seu enriquecimento e ascensão social, quando os fazendeiros perderam seu poderio com a crise de 29 e as revoluções de 30 e 32.

Escreveu também outros romances tais como "Núpcias com a Morte", romance policial, publicado no jornal "A Última Hora" e "Rio do Tempo", 1972, sobre a vida de Antônio Francisco Lisboa, o "Aleijadinho".

Hernâni Donato vive, atualmente, em São Paulo, dividindo seu tempo entre a família e a vida profissional e variadas atividades culturais. Continua trabalhando na Editora Melhoramentos. É o atual Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Realiza muitas pesquisas, redige inúmeros prefácios de livros. Foi o atualizador da XVª edição do livro "História do Brasil", de Hélio Viana. Recebeu quatro prêmios destinados a obras históricas com a redação do "Dicionário das Batalhas Brasileiras".

Membro Essencial da Sociedade Geográfica Brasileira, Membro homenageado do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba; Membro do Conselho de Honrarias e Mérito do Estado de São Paulo; Membro de várias Academias de Letras (Santos, Botucatu, Brasília e Mato Grosso), freqüentando, assiduamente, a Academia Paulista de Letras e a Academia Paulista de História, onde é seu vice-presidente. Disse-nos que "Peabiru" continua sendo sua obsessão, pois há 52 anos realiza pesquisas sobre ele. Tem sido procurado pela Rede Globo para terminar o romance "Nenê Romano", sobre uma mulher extraordinária. O intelectual botucatuense teve o ano de 1996 repleto de glórias e vitórias para todos nós: Prêmio "Ateneu Rotário" pelo conjunto da obra (Rotary Clube de São Paulo); eleito para a Academia Lusíada de Ciências, Artes e Letras; eleito para o Clube Machado de Assis, de Lisboa; eleito para o Instituto Brasileiro de Geografia e História Militar do Brasil, Rio de Janeiro. O livro "Selva Trágica" foi, pela segunda vez, passado para o teatro em Dourados, MS, com grande sucesso.

Quando a saudade aperta, vem para a velha Botucatu visitar os familiares e curtir os netos - Rodrigo, Bruno, Fernanda e Natália. Tivemos o prazer de conversar com ele na última Sexta-Feira Santa e o vimos, junto à família e de mãos dadas com os netinhos acompanhando a procissão do Senhor Morto. Passos firmes, cabeça ereta, coração contrito.

Este homem que recebeu tantas medalhas, prêmios e títulos, recebeu dois notáveis: Mister Eficiência" e "Amigo Especial", ganhos em Punta de Leste, que comprovam seu reconhecimento no exterior e a amizade de seu interior, em estar sempre pronto a atender os que o buscam. Amigo e eficiente, carga semântica profunda de dois adjetivos aderentes e inerentes à personalidade única de Hernâni, de cujo peito brotaram trechos marcantes e dos quais jamais iremos nos esquecer. Entre eles, citamos: "...o coração do homem, a vida mesma, é que nem o destino de uma chama - ergue-se, brilha e morre ! Se na altura em que brilha a gente não puder aquecer a vida de outro alguém - não terá valido viver porque há coisa mais triste que o bruxuleio de uma vida desamparada de bem querer ?" (Chão Bruto).

Querido Patrono, cito-lhe um trecho de Fernando Pessoa (na figura de seu heterônimo Ricardo Reis) que sintetiza sua pessoa:

"Para ser grande, sê inteiro: nada

Teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és

No mínimo que fazes."

Salve, Hernâni!

Botucatuense!

Brasileiro!

INTEIRO!

(Revista Peabiru - maio/junho/97 - Ano I - nº 03)

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Editorial

"A estrada aí está à espera de nossos passos..."

"Procuro renascer todos os dias. Não concordo em morrer vivo. Sou um rebelde de paletó e gravata, um grão que teima em não virar massa, um pássaro que persiste no canto dentro da gaiola dos horários. Gosto de morar em pessoas, de falar dialetos de ternura e de dar asas a tudo o que me cerca. Creio na alquimia de certos encontros e que a eternidade é uma questão de garra e de graça..."

Paulo Bomfim

A revista Peabiru traz para a intelligentzia botucatuense uma edição especialmente dedicada ao ANIVERSÁRIO DE BOTUCATU e ao CENTENÁRIO DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS, através da homenagem que presta aos 6 acadêmicos que bem representaram e representam a nossa cidade na APL e, com justiça, reproduz (jornal "Vanguarda de Botucatu", de abril de 1979) o momento mágico da APL, quando a dupla botucatuense Marins/Hernâni assumiu, respectivamente, a sua presidência e a secretária geral.

E para essa homenagem cultural aos nossos acadêmicos na APL, nada mais apropriado para a ocasião que as palavras do poeta Paulo Bomfim na abertura deste editorial. E tem mais. Ao lado, trazemos a poesia com a qual o poeta soube homenagear a cidade. Sim, Paulo Bomfim prestou significativa homenagem à nossa cidade com a poesia "EU VOU PRA BOTUCATU". E, já em 1993, escrevia carta exaltando Botucatu. Assim é o poeta...

Verdadeiramente é um privilégio: o Príncipe dos Poetas Brasileiros homenageando Botucatu e, ele mesmo, Paulo Bomfim, sendo homenageado pela revista Peabiru - como o Decano dos Acadêmicos da APL - em uma justa homenagem de Botucatu ao CENTENÁRIO da Academia Paulista de Letras!

Particularmente, trago boas lembranças de Paulo Bomfim. Ainda calouro da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco tive a oportunidade de conhecê-lo... Através de meu padrinho no jornalismo - o saudoso jornalista Arruda Camargo - participei no final dos anos 60 de reunião na casa do poeta, quando fui por ele apresentado à "verdadeira instituição cultural" que era Aureliano Leite e para a "lenda viva", o "Tribuno da Revolução Constitucionalista", Ibrahim Nobre... Imaginem o que isso significou para um jovem estudante "botucudo" que chegava à capital cheio de sonhos e encontrava, de uma só vez, os referenciais maiores da alma paulista...

Aqui abro um parêntese.

Na minha adolescência sempre sonhara em seguir carreira naquele que representava, para mim, a maior UNIVERSIDADE DO BRASIL, ou seja, o jornal "O Estado de São Paulo". Era sonho, não há dúvida... Em 1965, indo para São Paulo para fazer os cursinhos preparatórios para as faculdades de direito e de sociologia e política, reforcei essa escolha durante as aulas no cursinho do Prof. Tolosa. Já cursando as faculdades de Sociologia e Política e de Direito, conheci e fiquei amigo do Arruda Camargo, já respeitado jornalista que fazia excelentes editoriais para os melhores jornais paulistas. Com ele aprendi que jornalismo é uma missão e que o trato com a notícia e seu comentário podem trazer efeitos irreparáveis à comunidade...

O Arruda Camargo foi quem abriu as primeiras portas para mim. Em 1969, eu já tinha coluna diária no "DCI - Diário do Comércio e Industria", além de coluna nos semanários "Shopping News" e "City News". O tema era sempre a participação dos jovens na renovação política e na construção da cidadania. Essa atuação nos jornais serviu para amenizar a frustração de não ter podido trabalhar no Estadão: no ano de 1967, já havia sido bem sucedido em entrevista para começar como revisor no jornal, através de seu então redator-chefe, jornalista Flávio Galvão, quando recebi pedidoirrecusável de meu pai para fazer um trabalho político junto ao novo governador. Mudança radical no rumo de meus projetos... Mas a causa sempre foi boa: Botucatu!

Fecho o parêntese.

Em saudação ao aniversário de Botucatu, trazemos a matéria "HISTÓRIA DE UMA CIDADE", com as 3 principais versões do significado do nome da cidade. Ainda referente a esse tema, a matéria "BOCATATU" nos mostra que nem sempre o nome e a sua pronúncia tem sido feitos com acerto.

A pesquisa do escritor Olavo Pinheiro Godoy nos traz o perfil e a importância dos 6 representantes da cultura botucatuense na APL - ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS. É honroso para qualquer cidade possuir representação cultural desse porte... Os dois principais eventos histórico-culturais de Botucatu estão apresentados com destaque na seqüência do tema.

Assim, procurando preservar a nossa memória histórica, trazemos alguns registros do momento cultural máximo de Botucatu que foi o encontro entre a APL - Academia Paulista de Letras (em sua primeira reunião fora da Capital) e a ABL - Academia Botucatuense de Letras, em noite comemorativa realizada no Teatro Municipal "Camilo Fernandes Dinucci". Da mesma forma, a fundação e instalação solene, em 1973, de nossa ABL - Academia Botucatuense de Letras...

A posse de nosso novo Arcebispo Metropolitano, Dom Maurício Grotto de Camargo tem o necessário destaque no artigo de Sebastião Pires Mendes. A esperança de que os tempos áureos e construtivos pelos quais passou a Igreja Católica em Botucatu, principalmente nas gestões dos saudosos Dom Lúcio, Dom Luiz Maria de Sant'Ana e Dom Henrique Golland Trindade, sirvam de exemplo da indispensável interação pastor/comunidade para a sua consolidação e sucesso.

A revista Peabiru tem dado destaque, sempre, à importância de o poder público municipal alavancar a cultura em Botucatu. No entanto, temos perdido muito nos últimos tempos...

Nos 8 anos da gestão anterior nos distanciamos do mapa cultural do estado, perdemos as apresentações teatrais organizadas e apresentadas por todo o interior (Secretaria Estadual da Cultura) e perdemos o privilégio de fazer parte - em escala menor é verdade - dos grandes festivais de inverno, quando a música clássica encantava a população. Tendo o Festival de Inverno de Campos de Jordão como centro dos acontecimentos, Botucatu apresentava, todo ano, inesquecíveis eventos musicais na cidade.

Vamos dar a volta por cima! Basta ter vontade política e trabalho, muito trabalho. Já fizemos oficialmente contato com a Secretaria Municipal de Cultura. Esperamos que Botucatu volte a dar importância à esse importante setor e passe a fazer parte do circuito cultural promovido pela Secretaria Estadual da Cultura.

A revista Peabiru, neste ano de 2009, reitera os seus objetivos e espera contar com a colaboração e apoio de todos.

A Direção.

São Paulo, 27 de setembro de 2008.

Caríssimo Armando,

Tanto me agradou o número 26 de Peabiru que uma hora depois de recebida, estava, toda, lida. A magreza é excelentemente compensada pela estatura. Avalio o que lhe terá custado de trabalho, especialmente na espinhosa área da angariação.

Se você me enviar mais dois exemplares farei incorporação dos mesmos no magnífico setor filatélico do Instituto Histórico e Geográfico.

Este ano quase todo - afora o tributo de tempo e texto para a Melhoramentos - venho trabalhando na reedição do Sumé-Peabiru, com tantos acréscimos, incluindo documentos fotográficos que cogitamos desmembrar a obra em dois volumes.

Espero que "a receptividade" supere a esperada. Parabéns a Botucatu por ter o Armando M. Delmanto.

Abraço, grato,

Hernâni Donato.

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BOTUCATU NO CENTENÁRIO

DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS

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Olavo Pinheiro Godoy - Escritor e Membro da ABL

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A Academia Paulista de Letras celebra, no dia 27 de novembro de 2009, o centésimo aniversário de sua fundação. O que parecia milagroso ao Dr. Joaquim José de Carvalho, nas palavras que então teceu, ou seja o êxito pleno da iniciativa, ousada para o tempo, confirma-se nessa longa existência, durante a qual a instituição tem crescido no apreço da intelectualidade paulista e do Brasil, através das realizações que a projetam como um dos fatos históricos consideráveis do seu tempo.

A fundação da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, suscitou o surgimento de academias regionais em todo o País. A primeira no Estado de Pernambuco.

Em São Paulo, ao Dr. Joaquim José de Carvalho, à frente de uma campanha exaustiva, devem-se o empenho e a coordenação dos esforços que levaram à criação da Academia Paulista de Letras, da qual foi o primeiro Secretário Geral e Procurador.

Fundada em 1909, voltada precipuamente para a Cultura da Língua Portuguesa e da Literatura Nacional, uma das mais prestigiadas instituições paulistas, pela categoria intelectual de seus membros e pela longa e crescente atividade que vem desenvolvendo, sobretudo no respeito à tradição, sem a qual as organizações do gênero tem pouca probabilidade de sobrevivência .

Acolhendo valores de todo o estado, sem nenhuma discriminação ou preconceito, tendo em vista somente o merecimento literário dos seus associados, constitui a Academia um centro de confluência das forças espirituais criadoras, no qual se representa e simboliza a tendência regional que fortalece a unidade da alma paulista.

A Academia Botucatuense de Letras, bem examinada nas suas origens constituiu-se também sob a inspiração da afinidade de sentimentos. Nasceu sob a égide da posse de um filho da terra - Hernâni Donato - na Paulista de Letras. Não constituirá exagero afirmar que, sob certos aspectos, no que concerne às suas raízes, ela decorre mais da geração boêmia que movimentou a Botucatu cultural dos anos 30 do que do grupo de altos espíritos que moldou a consolidação de seus estatutos.

Cesar Salgado, da Academia Paulista de Letras , testemunha ocular do nascimento da Botucatuense de Letras, em sua sessão solene de instalação ocorrida em 17 de março de 1973, afirmou que ela era " oriunda de um pacto entre os espíritos amigos, tornava a cidade dos "bons ares" a mais nova "morada da inteligência" pela dedicação de seu povo à cultura e ao saber.

Botucatu sempre se destacou como cidade das "Boas Escolas" que, desde o alvorecer do século vinte deram um ar "intelectual" aos "bons ares" que seu povo respira. Francisco Marins, Hernâni Donato, Ibiapaba Martins, Alceu Maynard de Araujo e Oracy Nogueira , homens de letras ligado à terra por nascimento e, ou por afinidades familiares, exerceram influência decisiva no curso da evolução de nossa cultura e na divulgação, em âmbito nacional, de nossa terra. Ambos, para lembrar apenas os que mais se destacaram em realizar o pensamento comum - trouxeram à idéia da corporação literária a porção de austeridade e a constância de propósitos com que se consolidam as instituições de sua espécie.

Mesmo no caso desse grupo, foi a amizade que uniu e identificou os seus componentes, no período que imediatamente precede a instalação da Academia Botucatuense de Letras. Basta lembrar a importância , para essa criação, dos encontros promovidos pelo Centro Cultural, ao tempo em que o Dr. Arnaldo Moreira Reis o dirigiu.

O poeta e acadêmico Trajano Pupo Jr. participante da primeira tentativa de fundação da Academia, nos longínquos anos 30, afirmava que era costume um encontro mensal em que se reuniam jornalistas e pessoas gradas, " para uma hora de agradável convívio".Tinha ruído e juventude. E já era, de certa forma, um começo de distorção evolutiva no roteiro boêmio daquela geração.

Desse primeiro grupo participou, como ouvinte, o sociólogo Oracy Nogueira, filho de família radicada em Botucatu, cujo pai era atuante Delegado de Ensino. Foi aluno do Ginásio Diocesano. Participou ativamente da Revolução Constitucionalista alistando-se no "Batalhão Diocesano" de cuja constituição, treinamento e idas e vindas deixou bom relato. Foi ao seu tempo, redator do mais antigo bi-semanário da cidade, o "Correio de Botucatu" e, de publicações estudantis. Bacharel em Ciências Sociais da Escola Livre de Sociologia e Política. Considerado um dos grandes nomes da Sociologia Paulista é autor de extensa bibliografia com destaque para os livros " Negro Politico, Politico Negro : A Vida do Doutor Alfredo Casemiro da Rocha, Parlamentar da Republica Velha" e "A Ascensão Social dos Mulatos em Botucatu e de Escravos e Libertos posterior a 13 de Maio de 1888".

Foi para o Rio de Janeiro para trabalhar no Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, a convite de Darcy Ribeiro. Voltando para São Paulo integrou-se à Universidade de São Paulo - 1968 , como docente na área de sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Oracy Nogueira foi membro titular da Academia Paulista de Letras ocupando a cadeira de Nº 36.

Outro intelectual ligado à Botucatu por laços familiares foi o folclorista Alceu Maynard Araujo, titular que foi da cadeira nº 30 da Academia Paulista de Letras. Alceu Maynard, como literariamente se tornou conhecido, nasceu em Piracicaba (SP) a 21 de dezembro de 1913. Residindo em Botucatu, realizou seus estudos primários nesta cidade, onde diplomou-se professor pela tradicional Escola Normal Oficial em 1930. Revelou-se desde cedo o seu pendor literário através dos jornais locais. Bacharelou-se em Educação Física e em Ciências Políticas e Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Em Botucatu, foi secretario do trimensário " O Movimento" ( 1931 ), ministrou aulas na Escola primária de Pirambóia. Homem de intensa vida intelectual, extrovertido, entregou-se, sobremaneira, à pesquisa do folclore nacional publicando centenas de artigos em diversos jornais e revistas brasileiras. Dele, destacamos a substanciosa obra " Cultura Popular Brasileira".

Em verdade, na modéstia que lhe era característica, Alceu Maynard foi uma das mais eminentes personalidades de sua geração; geração, aliás, que deu a São Paulo e ao Brasil uma notável constelação de grandes nomes.

Francisco Marins, nascido em Pratânia , na época distrito de Botucatu,SP, a 23 de novembro de 1922. Aos 12 anos já manifestava pendor pela literatura. Por ter passado a infância em contato com a vida rural, onde colheu inspiração para seus livros, os quais iriam refletir os costumes e a história da formação brasileira. Bacharel em Direito pela tradicional faculdade do Largo de São Francisco, dirigiu, em 1946, a revista "Arcádia" representativa dessa escola. Colaborou na "Folha de Botucatu" com uma série de contos sertanejos, e estudos críticos "Pitangas e Gabirobas".

Autor de renome em nossa literatura infanto-juvenil ligada a temas de cunho histórico-social e de realidade atual, estreou Francisco Marins, naquele gênero, com o livro " nas Terras do Rei Café" expandindo essa obra na série "Taquara-Poca". Lourenço Filho assim descreveu a obra de Marins : "Processou em três ciclos sucessivos e correspondentes à ordem natural das grandes idades do homem : histórias para crianças, novelas juvenis, romances para gente grande. Não há caso igual, em escritores de nota, seja no estrangeiro, ao que saibamos."

Escritor eminentemente voltado à terra paulista, publicou a grande obra de ficção de fundo histórico, sobre o café : romances enfocados na "Saga do Café" dentre eles "Clarão na Serra", "Grotão do Café Amarelo", " ...E a Porteira Bateu" e " Atalho Sem Fim".

Retratou o modo de viver do sertanejo e, como Carlos Alberto Nunes evocou : " A minha roça é a flor da terra em que planto, nascida da pureza das águas de que bebo. Minha terra não tem imundícies nem podridões : é uma terra limpa que tem o cheiro bom de raiz. A gente gosta de cavá-la , porque é macia e tem-se confiança quando se lhe entrega a semente, porque ela cria com amor as plantas recém-nascidas. Mora nela a água que nasce no meu domínio e vive contente, correndo e cantando, que brinca nos pedregulhos, salta do morro abaixo e vai deitar-se nas chapadas. . ."

Francisco Marins, botucatuense, tomou posse da cadeira nº 33 da Academia Paulista de Letras no dia 25 de março de 1966, exercendo a presidência no período de 1979 a 1982.

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Escritor do Peabiru, como afirmou Francisco Marins em seu discurso de recepção na Academia Paulista de Letras, Hernâni Donato entra para a literatura paulista determinando tempo, espaço e mentalidade com a obra "Filhos do Destino", uma história do a cultura do café.

Botucatuense que ama a "pátria pequena", retratou a sua história no livro "Achegas para a História de Botucatu" atualmente em sua 4ª edição. Nasceu a 12 de outubro de 1922 ( dia das Crianças, Nossa Senhora Aparecida e da América ). Como Marins, freqüentou os bancos escolares da famosa Escola Normal e, aos 12 anos colaborava em jornais locais. Seu primeiro livro " O Livro das Tradições" retrata o seu amor à história local.

Historiador, a sua contribuição em obras publicadas espelha uma vida dedicada ao estudo e culto ao passado, sem perder a característica de um intelectual preocupado com a realidade brasileira. Merecem destaque seus livros : "Filhos do Destino", " Chão Bruto", "Selva Trágica", "O Rio do Tempo - Romance do Aleijadinho", "O Caçador de Esmeraldas", "Sumé e Peabiru - Mistérios Maiores do Século da Descoberta", "Dicionário das Batalhas Brasileiras", "A Revolução de 32", " Breve História do Brasil", " Cem Anos da Melhoramentos", " Cotidiano Brasileiro no Século XVI" forma um pequeno monumento no difícil gênero de rever o passado, reafirmado com o dizer de Wilson Martins ; " Chão Bruto parece-me ser a maior criação novelística que a inteligência de São Paulo deu até agora ao Brasil".

Hernâni Donato tomou posse na cadeira nº 20, em 24 de maio de 1972, exercendo atividades na Comissão Permanente de Redação e Publicações.

Ibiapaba Martins ( Ibiapaba de Oliveira Martins ), conforme seu registro de nascimento ) foi eleito para a Academia Paulista de Letras, a 9 de fevereiro de 1984, na vaga do Prof. José Carlos de Ataliba Nogueira ( Cadeira nº 29 ), que tem por patrono Paulo Eiró e fundador Valdomiro Silveira. Empossado a 30 de maio do mesmo ano, em sessão solene, sob a presidência do acadêmico Lycurgo de Castro Santos Filho, foi recebido pelo acadêmico Francisco Marins, que o saudou. Nasceu em Botucatu (SP) a 27 de setembro de 1917. Estudou as primeiras letras no Grupo Escolar Modelo de Botucatu. Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo, militou durante muitos anos, na imprensa, dedicando-se à critica de artes plásticas, às grandes reportagens e à direção da redação de jornais como "Correio Paulistano", "Diários Associados" e "Ultima Hora". Estreou como romancista com "Falam os Muros da Cidade" (1950) seguindo "Sangue na Pedra", "Bocainas do Vento Sul", "Noites do Relâmpago", "Trilhos de Prata", "Maria dos Cem Hectares", " A Flor e o Estandarte", "Antes do Horizonte", "Carta para a Mãe do Tempo".